Superdosagem mantidan

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Mortes já foram relatadas por superdosagem de amantadina ( 1g). Devido ao fato de ter havido alguns casos de tentativa de suicídio com a amantadina, as prescrições devem conter a menor quantidade necessária para o tratamento. A toxicidade aguda pode ser atribuída aos efeitos anticolinérgicos da amantadina. Superdosagem pode resultar em toxicidade cardíaca, respiratória, renal e no SNC. As alterações cardíacas incluem anormalidades do batimento cardíaco, taquicardia e valor elevado da pressão arterial sem o diagnóstico de hipertensão. Edema agudo de pulmão e insuficiência respiratória aguda já foram relatados, assim como insuficiência renal. Efeitos no SNC incluem insônia, ansiedade generalizada, agitação e inquietação, distúrbio agressivo, contratura de músculo, transtornos hipercinéticos, anormalidades da marcha, tremores, confusão, transtornos mistos da conduta e das emoções, transtornos delirantes, alucinações, transtornos mentais e comportamentais, letargia, sonolência e coma.
Pode haver exacerbações de crises convulsivas em pacientes epiléticos. Hiperpirexia também já foi observada em casos de superdosagem.
Não existe antídoto específico contra a amantadina; no entanto, a administração endovenosa lenta de fisostigmina nas doses de 1 e 2 mg a intervalos de 1 (uma) a 2 (duas) horas em adultos e na dose de 0,5 mg a intervalos de 5 (cinco) a 10 (dez) minutos, até um máximo de 2 mg/hora em crianças têm sido consideradas efetivas no tratamento da toxicidade causada pela amantadina ao SNC. Em casos agudos de superdosagem, medidas gerais de suporte, incluindo lavagem gástrica, devem ser empregadas. Deve-se forçar a ingestão de fluídos e, se necessário, deve-se fazer a reposição de fluidos endovenosa. O pH urinário influencia a taxa de excreção da amantadina e a administração de fármacos que acidificam a urina pode aumentar a eliminação da amantadina. A pressão arterial e a frequência cardíaca devem ser monitoradas, pois há risco de anormalidades do batimento cardíaco e hipotensão. Também se deve monitorar alterações eletrocardiográficas, a frequência respiratória, a temperatura, os eletrólitos sanguíneos, o débito urinário e o pH urinário. Há risco de convulsões, assim, sedação e terapia anticonvulsivante podem ser necessárias, bem como terapia antiarrítmica e pressórica.

Sugestão de conduta:
Para reduzir a absorção – descontaminação gástrica com carvão ativado; após ingestão oral recente, efetuar lavagem gástrica. O vômito não deve ser induzido devido ao risco de crises convulsivas.

Para aumentar a eliminação – acidificantes urinários devem ser usados para aumentar a eliminação da amantadina, já que a taxa de excreção da amantadina aumenta rapidamente quando a urina está ácida.

Tratamento específico – a administração intravenosa de fisostigmina pode ser usada para tratar a toxicidade sobre o SNC. Quando necessários antiarrítmicos apropriados, anticonvulsivantes e terapia pressórica devem ser administrados; no entanto, deve-se ter cuidado na administração de agentes adrenérgicos, tais como o isoproterenol, pois a atividade dopaminérgica da amantadina pode induzir arritmias malignas. Um sedativo pode ser administrado se for observada hiperatividade.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.