Informações mio-citalgan

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Em MIO-CITALGAN estão combinados: as vitaminas neurotrópicas B1, B6, B12, um miorrelaxante, um analgésico e um discreto estimulante cortical. Vitamina B1 – A tiamina é essencial para o metabo­lismo dos hidratos de carbono. Funciona como coenzima nas reações de descarboxilação oxidativa do ácido pirúvico até acetil-coenzima A, ponte entre a glicólise anaeróbia e o ciclo do ácido cítrico, necessária para a síntese de proteínas e lipídios, assim como do neurotransmissor acetilcolina. Funciona também como coenzima na descarboxilação oxidativa do 2-oxoglutarato até succinato no ciclo do ácido cítrico. A tiamina age, ainda, como coenzima da transcetolase, que desempenha importante papel no ciclo da pentose fosfato. Esse ciclo representa uma via metabólica adicional à glicólise, para a utilização da glicose. É uma importante fonte de energia para diversos processos metabólicos, especialmente os de oxirredução nas mitocôndrias. Vitamina B6 – A piridoxina, convertida no organismo em fosfato de piridoxal, atua como coenzima de cerca de 60 enzimas, relacionadas em sua maioria com o metabolismo de proteínas e aminoácidos. Desempenha importante papel na síntese de neuro­transmissores como a noradrenalina, dopamina, serotonina, GABA e histamina. Participa de reações de degradação de aminoácidos, em que um dos produtos finais é a acetil-coenzima A, necessária à produção de energia e à síntese de proteínas, lipídios e acetilcolina. O fosfato de piridoxal atua como coenzima na primeira etapa da síntese de esfingosina, substância que ocupa posição chave no metabolismo dos esfingolipídios, componentes essenciais nas membranas celulares das bainhas de mielina. Uma vez que os esfingolipídios têm renovação metabólica muito rápida, a preservação da integridade estrutural e funcional do sistema nervoso requer síntese constante de esfingosina, dependente da vitamina B6. O fosfato de piridoxal atua também como coenzima da lisil-oxidase, enzima que induz o entrela­çamento das fibrilas de colágeno, originando tecido conjuntivo elástico e resistente. Vitamina B12 – A cianocobalamina participa do metabolismo lipídico, glicídico e protéico e da produção de energia pelas células. É necessária às reações de transmetilação, tais como, a formação da metionina a partir da homocisteína, da serina a partir da gIicina e a síntese de colina a partir da metionina. Também toma parte na formação de bases pirimidínicas e no metabolismo de purina, além de estar envolvida na síntese do desoxirribosídio do ácido nucléico. Favorece a regeneração de formas ativas de folato e a entrada do metilfolato nos eritrócitos. A vitamina B12 é essencial para o crescimento normal, a hematopoese, a produção de células epiteliais e a manutenção da bainha de mielina no sistema nervoso. Ela é necessária sempre que há reprodução celular e, conseqüentemente, ocorre síntese de ácido nucléico. Doses elevadas de vitaminas B12, B6, e B1 segundo numerosos relatos, exercem efeito antálgico em casos de neuropatias dolorosas, além de favorecerem a regeneração das fibras nervosas lesadas. Paracetamol – É um derivado sintético do p-aminofenol, que produz analgesia e antipirese por mecanismo semelhante ao dos salicilatos. O paracetamol tem ação antiinflamatória inferior à dos salicilatos em algumas con­dições não-reumáticas. É rapidamente absorvido a partir do trato gastrintestinal, alcançando concentrações plasmáticas máximas dentro de 10 a 60 minutos. Ao contrário dos salicilatos, o paracetamol não diminui o tempo de protrombina e produz menor incidência de irritação e sangramento gástricos que os salicilatos. Constitui, assim, uma alternativa vantajosa para os pacientes nos quais está contra-indicado o uso de salicilatos (p. ex., pacientes com úlceras pépticas) e naqueles para os quais seria nocivo o prolongamento de tempo de sangramento ocasionado pelo ácido acetilsalicílico. Carisoprodol – Atua no sistema nervoso central e tem efeitos miorrelaxantes e sedativos, sem deprimir a condução neuronal, a transmissão neuromuscular ou a excitabilidade muscular. É desconhecido o seu mecanismo preciso de ação. Sua ação terapêutica inicia-se 30 minutos após a administração oral e dura de 4 a 6 horas. É utilizado com analgésicos, para o alívio de dor e des­conforto associados a condições músculo-esqueléticas agudas. Cafeína – É uma xantina com propriedades estimulantes sobre todos os níveis do sistema nervoso central. Estimula a córtex cerebral, produzindo aumento da vigilância, melhora na coordenação psicomotora e fluxo de pensamentos mais rápido e mais claro. A cafeína estimula a musculatura esquelética voluntária, aumentando a força de contração e diminuindo a fadiga muscular.