Advertências alfast

ALFAST com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de ALFAST têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com ALFAST devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Cloridrato de alfentanila deve ser administrado apenas por pessoas treinadas no uso dos agentes anestésicos intravenosos e no manuseio dos efeitos respiratórios de opioides potentes.
Antagonistas opioides, tal como a naloxona, equipamentos de ressuscitação e intubação devem estar prontamente disponíveis.
Devido à possibilidade de depressão respiratória tardia, o paciente deve ser monitorizado mesmo após a cirurgia. Cloridrato de alfentanila, administrado em doses iniciais de 20 mcg/kg, pode causar rigidez muscular, particularmente do tronco, de intensidade e incidência em geral dose-dependente.
Administração de cloridrato de alfentanila em doses indutoras (> 130 mcg/kg) produzirá rigidez muscular de início imediato e mais precoce que com outros opioides. Esta rigidez pode envolver todos os músculos esqueléticos, incluindo os do pescoço, extremidades e músculos torácicos. A incidência pode ser reduzida por: 1) Administração rotineira de bloqueadores neuromusculares; 2) Administração de até ¼ da dose total paralisante de um agente bloqueador neuromuscular, imediatamente antes da administração de cloridrato de alfentanila; se ocorrer a perda da consciência, a dose paralisante total do bloqueador neuromuscular deve ser administrada ou 3) Administração simultânea do cloridrato de alfentanila e a dose paralisante total do bloqueador neuromuscular, quando o cloridrato de alfentanila for usado em doses anestésicas administradas rapidamente.
O bloqueador neuromuscular deve ser apropriado para o estado cardiovascular do paciente e equipamentos adequados para a depressão respiratória devem estar disponíveis.
Seguindo-se à administração de cloridrato de alfentanila pode ocorrer uma queda transitória da pressão arterial. A magnitude deste efeito pode estar exagerada no paciente hipovolêmico ou na presença de medicação sedativa concomitante. Como os outros opioides, a alfentanila pode causar bradicardia, um efeito que pode ser marcado e rápido no início de ação, mas que pode ser antagonizado pela atropina. Cuidados especiais devem ser tomados após o tratamento com fármacos que deprimem o coração ou que aumentam o tono vagal, tais como anestésicos ou beta bloqueadores que podem predispor à bradicardia ou hipotensão. A frequência cardíaca e a pressão arterial devem ser monitorizadas cuidadosamente. Se ocorrer hipotensão e bradicardia a velocidade de administração de alfentanila deve ser reduzida e outras medidas apropriadas instituídas. Assistolia após bradicardia tem sido registrada em ocasiões muito raras em pacientes não atropinizados sendo submetidos a cirurgias. Portanto, é aconselhável ter um agente anticolinérgico disponível para a administração se for clinicamente indicada.
Se outro opioide ou depressor do sistema nervoso central for utilizado concomitantemente com a alfentanila, o efeito dos fármacos será aditivo.
Cuidado deve ser tomado se o paciente recebeu inibidor de monoaminoxidase nas últimas duas semanas.
Significante depressão respiratória poderá ocorrer após administração de alfentanila em doses maiores que 1 mg. Se necessário, a naloxona pode ser administrada para reverter a depressão respiratória e outros efeitos farmacológicos da alfentanila. Mais que uma dose de naloxona poderá ser necessária em vista de sua curta meia-vida.

Depressão respiratória
Depressão respiratória é relacionada à dose e pode ser revertida por agente antagonista opioide específico, mas doses adicionais podem ser necessárias, pois a depressão respiratória pode ser mais longa do que a ação do antagonista opioide. Analgesia profunda é acompanhada de acentuada depressão respiratória e perda da consciência, que pode persistir ou recorrer no período pós-operatório. Portanto, os pacientes devem ser supervisionados apropriadamente. Equipamento de ressuscitação e antagonistas opioides devem estar prontamente disponíveis. Hiperventilação durante a anestesia pode alterar a resposta do paciente ao CO2, afetando desta forma a respiração no período pós-operatório.

Rigidez muscular
Indução de rigidez muscular, podendo incluir músculos torácicos, pode ocorrer, podendo ser evitada com as seguintes medidas: injeção intravenosa lenta (o suficiente para doses mais baixas), pré-medicação com benzodiazepínicos e relaxantes musculares. Movimentos (mio) clônicos não epiléticos podem ocorrer.

Doença cardíaca
Bradicardia e possivelmente parada cardíaca podem ocorrer se os pacientes tiverem recebido quantidade insuficiente de agentes anticolinérgicos, ou quando cloridrato de alfentanila é combinado com relaxantes musculares não vagolíticos. Bradicardia pode ser tratada com atropina.

Condições especiais de dosagem
Assim como ocorre com outros opioides, cloridrato de alfentanila pode induzir a hipotensão, especialmente em pacientes hipovolêmicos.
Medidas apropriadas para manter a pressão arterial estável devem ser tomadas. O uso de injeção rápida em bolus de opioides deve ser evitado em pacientes com comprometimento cerebral; em tais pacientes diminuição transitória na pressão arterial média tem sido acompanhada, ocasionalmente, por uma redução breve na pressão de perfusão cerebral.
Pacientes com uso crônico de terapia com opioides ou com histórico de abuso a opioides podem necessitar de doses maiores.
É recomendada redução da dose em pacientes idosos e em paciente debilitados. Assim como ocorre com outros opioides, cloridrato de alfentanila deve ser titulado com cautela em pacientes com qualquer uma das seguintes condições: hipotiroidismo não controlado, doença pulmonar, diminuição da reserva respiratória, alcoolismo, insuficiência hepática ou renal. Tais pacientes podem necessitar de monitoramento pós-operatório prolongado.
Depressão respiratória, parada respiratória, bradicardia, assistolia, arritmias e hipotensão podem ocorrer. Assim, os sinais vitais devem ser monitorizados continuamente.
A dose inicial de cloridrato de alfentanila deve ser adequadamente reduzida em idosos e pacientes debilitados. Em obesos (mais que 20% do peso ideal) a dose deve ser determinada em função do peso corrigido.
Em pacientes com função hepática comprometida e em pacientes geriátricos a depuração plasmática de cloridrato de alfentanila pode estar reduzida e a recuperação pós-operatória retardada.
As doses indutoras de cloridrato de alfentanila devem ser administradas lentamente (acima de 3 minutos), pois podem ocorrer hipotensão e queda do tono vascular o que pode requerer infusão intravenosa de líquidos antes da indução, principalmente em pacientes hipovolêmicos.
A aplicação de diazepam antes ou concomitantemente com altas doses de cloridrato de alfentanila pode produzir vasodilatação, hipotensão e resultar em uma recuperação mais demorada.
Para evitar bradicardia, é recomendado administrar-se intravenosamente uma pequena dose de um anticolinérgico antes da indução.
Caso ocorra bradicardia, ela pode ser tratada com atropina e a parada cardiorrespiratória com os métodos de ressuscitação usuais.
Os efeitos hemodinâmicos do relaxante muscular e o grau de relaxamento desejado devem ser considerados na seleção do bloqueador neuromuscular.
Após uma dose indutora de cloridrato de alfentanila, as necessidades de anestésicos inalatórios ou mesmo a infusão de cloridrato de alfentanila são reduzidas de 30 a 50% para a primeira hora de manutenção.
A administração de cloridrato de alfentanila deve ser descontinuada pelo menos 10 a 15 minutos antes do fim da cirurgia.
A depressão respiratória pode ser revertida com o uso de um antagonista opioide, como a naloxona, mas pelo fato da depressão causada pelo cloridrato de alfentanila poder ser mais prolongada do que a ação do antagonista opioide, cuidados devem ser tomados, como por exemplo, usar doses adicionais do antagonista opioide.
Como ocorre com os outros opioides potentes, a analgesia profunda é acompanhada por marcada depressão respiratória, perda da consciência e uma menor sensibilidade à estimulação pelo CO2, que podem persistir ou reaparecer no período inicial pós-infusão ou recorrer no período pós-operatório. Cuidados devem ser tomados no período de recuperação e deve ser estabelecida e mantida respiração espontânea adequada na ausência de estímulos ou suporte ventilatório. Hiperventilação intraoperatória pode posteriormente alterar a resposta pós-operatória ao CO2. Monitorização pós-operatória adequada deve ser empregada, particularmente após cloridrato de alfentanila em altas doses ou em infusão, para se assegurar de que uma respiração espontânea adequada tenha se estabelecido e se mantido na ausência de estimulação, antes de se enviar o paciente para a sala de recuperação. Após ter cessada a infusão, o paciente deve ser mantido sob vigilância por um período de pelo menos 6 horas. O uso prévio de medicação opioide pode aumentar ou prolongar os efeitos depressores respiratórios da alfentanila.
O risco de depressão respiratória prolongada está aumentado nos pacientes nos quais houve uso concomitante de cimetidina ou eritromicina com cloridrato de alfentanila.
Em 3 a 10% da população ocorre metabolização lenta com prolongamento dos efeitos da alfentanila.
Nas situações em que há necessidade de alta precoce, os pacientes devem ser orientados para não dirigir nem operar máquinas por um período de 24 horas após a administração de alfentanila.
Cloridrato de alfentanila pode mascarar a evolução clínica de traumas de crânio.
Cloridrato de alfentanila deve ser usado com cautela em pacientes com doença pulmonar ou com reserva respiratória diminuída, pois os opioides podem diminuir o fluxo inspiratório e aumentar a resistência pulmonar. Durante a anestesia isto pode ser contornado com o uso de ventilação assistida ou controlada.
Em pacientes com disfunção renal ou hepática, hipotireoidismo não controlado ou alcoolismo, cloridrato de alfentanila deve ser administrado com cautela.
Pacientes em terapia crônica com opioides ou com história de abuso a opioides podem necessitar de doses maiores de cloridrato de alfentanila.

Carcinogênese, mutagênese e fertilidade
Não foram feitos estudos suficientemente longos para se avaliar o potencial carcinogênico de cloridrato de alfentanila. Os estudos realizados mostram que doses intravenosas únicas de cloridrato de alfentanila, tão altas quanto 20 mg/kg (aproximadamente 40 vezes a dose humana mais alta), não produziram alterações cromossômicas ou mutações letais.

Gravidez (Categoria C)
Não foi estabelecida a segurança em mulheres grávidas embora estudos em animais não tenham demonstrado efeitos teratogênicos. Como outros fármacos, os possíveis riscos devem ser considerados contra os potenciais benefícios para a paciente.
Não é recomendado administrar-se cloridrato de alfentanila durante o parto (incluindo-se cesariana), uma vez que alfentanila atravessa a barreira placentária e pode suprimir a respiração espontânea no período neonatal. No entanto, se cloridrato de alfentanila for administrado nesta condição, deve-se ter imediatamente disponível um equipamento de ventilação assistida para uso, caso seja necessário, para a mãe e o bebê. Um antagonista opioide para a criança deve estar sempre disponível. A meia-vida do antagonista opioide pode ser menor do que a meia-vida de alfentanila e, portanto, a administração repetida do antagonista opioide pode ser necessária.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião- dentista.

Lactação
Cloridrato de alfentanila pode passar para o leite materno. Desta forma, amamentação ou uso de leite materno não é recomendado até 24 horas após a administração de cloridrato de alfentanila.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
É recomendado que os pacientes não dirijam veículos ou utilizem máquinas por pelo menos 24 horas após a administração de cloridrato de alfentanila.

Crianças
A ligação proteica em recém-nascidos é 75% e aumenta em crianças para 85%. A depuração plasmática em recém- nascidos é aproximadamente 7,2 ± 3,2 mL/kg/min e aproximadamente 4,7 ± 1,7 mL/kg/min em crianças entre 4,5 e 7,75 anos. O volume de distribuição no estado de equilíbrio foi de 1230 ±520 mL/kg em recém-nascidos e 163,5 ± 110 mL/kg em crianças. A meia-vida é 146 ± 57 minutos em recém-nascidos e 40,2 ± 8,9 minutos em crianças.

Insuficiência hepática
Após a administração de dose única intravenosa de 50 mcg/kg, a meia-vida final em pacientes cirróticos é significativamente mais longa que nos controles. O volume de distribuição permanece inalterado. A fração livre de alfentanila aumenta em pacientes cirróticos para 18,5% comparada com 11,5% nos controles. Este aumento na fração livre juntamente com a redução na depuração de 3,06 mL/min/kg nos controles para 1,60 mL/min/kg em pacientes cirróticos resultará em um efeito mais prolongado e pronunciado.

Insuficiência renal
O volume de distribuição e a depuração da fração livre são semelhantes em pacientes com falência renal e controles saudáveis. A fração livre de alfentanila em pacientes com falência renal é aumentada de 12,4 para 19% comparada com 10,3 para 11% em controles. Isto pode resultar em um aumento nos efeitos clínicos de alfentanila.

Este medicamento pode causar doping.