Características farmacológicas relenza

RELENZA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de RELENZA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com RELENZA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Propriedades farmacodinâmicas Mecanismo de ação
O zanamivir é um inibidor potente e altamente seletivo da neuraminidase, uma enzima de superfície do vírus influenza. A neuraminidase viral auxilia na liberação de partículas virais recém-formadas das células infectadas. Ela pode facilitar GDS 10 IPI 02 Página 2 de 9 o acesso do vírus pelo muco a superfícies de células epiteliais, permitindo a infecção viral de outras células. A inibição dessa enzima é refletida na atividade in vitro e in vivo contra a replicação do vírus influenza tipos A e B, englobando todos os subtipos conhecidos de neuraminidase do influenza A. A atividade do zanamivir é extracelular. Ele reduz a propagação do vírus influenza tipos A e B, inibindo a liberação de vírions infecciosos de influenza a partir das células infectadas do epitelio do trato respiratório.
A replicação do influenza está limitada ao tecido epitelial superficial do trato respiratório. A eficácia da administração tópica do zanamivir nesse local foi confirmada em estudos clínicos. Dados de ensaios clínicos demonstraram que o tratamento de infecções agudas pelo vírus influenza com zanamivir, em comparação ao placebo, produz uma redução da disseminação viral a partir do trato respiratório, sem induzir o surgimento de vírus com suscetibilidade reduzida ao zanamivir.
Em uma análise combinada de pacientes com o vírus influenza tipo B (n=163), entre eles 79 tratados com o zanamivir, um benefício diário do tratamento duas vezes maior foi observado (IC de 95%: 0,50 a 3,50). Devido ao número limitado de pacientes tratados que tinham asma grave ou outra doença crônica das vias respiratórias, bem como doenças crônicas instáveis ou imunodepressão, não foi possível demonstrar a eficácia e a segurança de Relenza® nestes grupos. Houve relatos muito raros de pacientes tratados com Relenza® que desenvolveram broncoespasmo e/ou redução da função respiratória, que pode ser aguda e grave. Alguns desses pacientes não tinham nenhuma história prévia de doença das vias respiratórias. Qualquer pessoa que desenvolva tais reações deve interromper o uso de Relenza® e buscar avaliação médica. A eficácia e a segurança deste medicamento em pacientes com doença que requeira hospitalização imediata não foram demonstradas. Uma análise integrada de dados sobre indivíduos com alto risco (entre eles pessoas com idade igual ou maior que 65 anos e/ou com uma ou mais, simultaneamente, das seguintes condições: doença cardiovascular, respiratória, metabólica, endócrina ou comprometimento imunológico) demonstrou redução estatisticamente significativa do tempo para alívio dos sintomas clinicamente significantes de gripe e também da incidência de complicações que requerem o uso de antibióticos. O zanamivir teve perfil de segurança aceitável em adultos, crianças e também em idosos que tinham condições médicas crônicas subjacentes (população de alto risco). O perfil de segurança, conforme avaliado com base nos eventos adversos relatados, foi semelhante ao do placebo e não foi diferente entre estas populações.
Propriedades farmacocinéticas Absorção
Estudos farmacocinéticos em humanos demonstraram que a biodisponibilidade oral absoluta do medicamento é baixa (média de 2%). Estudos semelhantes de zanamivir administrado por inalação oral indicam que aproximadamente 10% a 20% da dose é absorvida sistemicamente, atingindo concentrações séricas com picos geralmente dentro de uma a duas horas. A pequena absorção do medicamento resulta em baixas concentrações sistêmicas. Portanto, não há exposição sistêmica significativa ao zanamivir após inalação oral. Não se observou evidência de modificações na cinética após repetidas doses com inalação oral.
Distribuição
Através da inalação oral, o zanamivir é amplamente depositado em altas concentrações em todo o trato respiratório, sendo fornecido, assim, ao local da infecção do vírus influenza. Após dose única de 10 mg, as concentrações do medicamento foram medidas na camada epitelial das vias aéreas, o principal local de replicação do vírus. As concentrações depois de 12 e 24 horas, respectivamente, foram de cerca de 340 e 52 vezes acima da IC50 mediana da neuraminidase viral. As elevadas concentrações do zanamivir no trato respiratório resultam no início rápido de inibição da neuraminidase viral. Os dois maiores locais de deposição são a orofaringe e os pulmões (média de 77,6% e de 13,2%, respectivamente).
Metabolismo
Foi demonstrado que o zanamivir é excretado por via renal como droga inalterada e não é metabolizado
Eliminação
A meia-vida sérica do zanamivir após administração por inalação oral varia de 2,6 a 5,05 horas. Ele é totalmente excretado na urina na forma inalterada. O clearance total varia de 2,5 a 10,9 l/hora, conforme aproximação pelo clearance urinário. A eliminação renal é completada dentro de 24 horas.
Populações especiais de pacientes Idosos
Com a dose terapêutica diária de 20 mg, a biodisponibilidade é baixa (de 10% a 20%). Como resultado, não ocorre exposição sistêmica significativa dos pacientes ao zanamivir. Qualquer alteração da farmacocinética que possa haver devido à idade, provavelmente, não terá consequências clínicas. Assim, não se recomenda nenhuma modificação de dose para idosos. Crianças Em um estudo aberto de dose única, a farmacocinética do zanamivir foi avaliada em 24 pacientes pediátricos com idade de 3 meses a 12 anos, que usaram formulações de inalação nebulizada (10 mg) e de pó seco (10 mg). A exposição sistêmica nas crianças foi semelhante à de 10 mg de pó inalado em adultos.
Pacientes com insuficiência renal
Com a dose terapêutica diária de 20 mg, a biodisponibilidade é baixa (de 10% a 20%). Como resultado, não ocorre exposição sistêmica significativa dos pacientes ao zanamivir. Considerando a ampla margem de segurança deste medicamento, o possível aumento da exposição em pacientes com insuficiência renal grave não é considerado problemático e nenhum ajuste de dose é necessário.
Pacientes com insuficiência hepática
O zanamivir não é metabolizado. Portanto, não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática.