Resultados de eficácia riopan

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O uso de antiácidos como o magaldrato na terapia dos transtornos cloridropépticos mantém sua importância devido à capacidade comprovada de neutralização quase imediata do pH intragástrico, o que se reflete na redução da sintomatologia.1 A eficácia clínica está estabelecida há várias décadas, e recentes evidências indicam que o uso de antiácidos como primeiro passo na terapêutica escalonada (step-up) das doenças ácido-relacionadas é tão eficaz quanto o uso dos IBPs, além de econômica. A ação do magaldrato sobre o pH intragástrico foi avaliada em um estudo comparativo em voluntários adultos com um antiácido à base de carbonato de cálcio e carbonato de magnésio (doses equimolares) e com um placebo; a pH-metria intragástrica por um período de três horas mostrou elevação consistente do pH durante os primeiros 30 minutos após a administração dos antiácidos, com diferença significativa em relação ao placebo (p<0,05). Somente o Riopan® proporcionou aumento estatisticamente significativo do pH durante os primeiros 5 minutos, demonstrando um início de ação mais rápido.4 Estes resultados confirmam os observados em um estudo sobre o perfil circadiano do pH gástrico em pacientes sob cuidados intensivos tratados com magaldrato: 10 ml a cada duas horas mantiveram o pH entre 6 e 7 num período de 24 horas.
Nos sintomas de refluxo gastroesofágico, magaldrato proporcionou o desaparecimento dos sintomas em 73,9% dos pacientes em comparação com 81,6% do alginato de sódio (NS).
Magaldrato (100 mmol/dia) foi comparado com ranitidina (300 mg/dia) na cicatrização de úlceras gástricas e foi mais eficaz do que a ranitidina contra dor noturna (p<0,05). As taxas de cicatrização após quatro semanas foram respectivamente de 65% e 79% e de 80% e 83% após oito semanas. Admitindo-se um processo de cicatrização contínua, metade das áreas das úlceras estava cicatrizada em 2,5 semanas com magaldrato e em 3 semanas com ranitidina (p>0,05).
Um estudo comparativo com cimetidina (duplo-cego, double-dummy) com controle endoscópico em pacientes com úlcera duodenal demonstrou índice de cicatrização de 80% com o magaldrato e de 55% com o bloqueador H2 ao final de oito semanas de tratamento, embora as dores diurnas e noturnas tenham diminuído igualmente em ambos os grupos.8 Em um estudo nacional, doses muito baixas de magaldrato (88 mmol/dia) foram comparadas mediante controle endoscópico com a dose padrão de cimetidina (800 mg/dia) na cicatrização de úlceras duodenais, tendo-se relatado índices de cicatrização de 80,8% com magaldrato (10 ml após o desjejum e o almoço e 20 ml ao deitar) e de 88% com cimetidina (400 mg pela manhã e à noite) (sem significância estatístico), após oito semanas de terapia, confirmando que o magaldrato é tão eficaz quanto a cimetidina na cicatrização da úlcera péptica.9
Em um estudo multicêntrico com 1.196 pacientes que apresentavam gastrite, mais de 70% dos sintomas analisados haviam desaparecido com o uso de magaldrato na dose de 800 mg quatro vezes ao dia por quatro semanas.10
Na gastrite hemorrágica aguda, observou-se controle da hemorragia em 89% dos pacientes com a administração de magaldrato.11 Outro estudo relatou controle completo da hemorragia gástrica em 92% dos casos tratados com magaldrato.12 A profilaxia de hemorragia gastrintestinal em pacientes com doenças graves, hospitalizados por longos períodos, foi avaliada em comparação com placebo, tendo-se verificado a ocorrência de sangramento em 23% dos pacientes tratados com placebo e em 1,9% dos tratados com magaldrato (800 mg a cada 4 h) (p<0,01), o que levou à conclusão de que o magaldrato é um antiácido eficaz e seguro na prevenção de hemorragias em pacientes hospitalizados.