Reações adversas sandrena

SANDRENA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de SANDRENA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com SANDRENA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



As reações adversas são, geralmente, leves e, raramente, levam à descontinuação do tratamento. Se ocorrerem reações adversas, na maioria dos casos ocorrerão durante os primeiros meses de tratamento e serão transitórias. A reação adversa mais comum relacionada ao tratamento com SANDRENA® é sensibilidade mamária, que ocorre em 4,7% das pacientes.

Sistema

Comuns (> 1/100, < 1/10)

Incomuns (> 1/1.000, < 1/100)

Raras (> 1/10.000, < 1/1.000)

Metabólico e nutricional

Edema, aumento de peso

 

 

Distúrbios psiquiátricos

 

Alterações da libido e do humor

 

Distúrbios do sistema nervoso

Cefaleia

Enxaqueca

 

Distúrbios vasculares

 

 

Hipertensão, tromboembolia venosa

Distúrbios gastrintestinais

Náusea, vômito, cólicas estomacais

 

 

Distúrbios hepatobiliares

 

 

Alterações na função hepática e ducto biliar

Distúrbios da pele e tecido subcutâneo

 

 

Exantema

Distúrbios do sistema reprodutor e das mamas

Sensibilidade/dor mamária, sangramento inesperado ou spotting

 

 

Distúrbios gerais ou condições do local de administração

Irritação da pele

 

 



Câncer de mama
Muitos estudos epidemiológicos e um estudo randomizado controlado com placebo, o WHI, indicaram que a terapia de reposição hormonal prolongada aumenta o risco de câncer de mama em mulheres em tratamento ou recentemente tratadas. O risco relativo (RR) de câncer de mama associado com a terapia de reposição hormonal com estrogênio isolado foi estimado em níveis semelhantes no estudo MWS e na reanálise de 51 estudos epidemiológicos, nos quais mais de 80% das pacientes utilizaram terapia de reposição hormonal com estrogênio isolado. No estudo MWS a estimativa foi de 1,30 (intervalo de confiança de 95%: 1,21-1,40) e na reanálise, 1,35 (intervalo de confiança de 95%: 1,21-1,49). Diversos estudos epidemiológicos indicaram que o tratamento combinado de estrogênio-progestagênio aumenta o risco de desenvolver câncer de mama quando comparado ao tratamento com estrogênio isolado. No estudo MWS, o risco de câncer de mama associado com diferentes tipos de tratamento combinado de estrogênio-progestagênio foi maior (RR = 2,00; intervalo de confiança de 95%: 1,88 – 2,12) do que com o uso de estrogênio (RR = 1,30; intervalo de confiança de 95%: 1,21 – 1,40) ou tibolona isolada (RR = 1,45; intervalo de confiança de 95%: 1,25 – 1,68), quando comparado ao risco apresentado por mulheres que nunca utilizaram terapia de reposição hormonal. De acordo com o estudo WHI, o risco de câncer de mama em todas as pacientes, após 5,6 anos de tratamento combinado de estrogênio-progestagênio, é estimado em 1,24 (intervalo de confiança de 95%: 1,01 – 1,54), em comparação ao placebo.

Riscos absolutos calculados a partir dos estudos MWS e WHI
O estudo MWS estimou, a partir da incidência média conhecida de casos de câncer de mama em países desenvolvidos, que:
• Para mulheres não submetidas à terapia de reposição hormonal, espera-se que aproximadamente 32 em cada 1.000 apresentem câncer de mama diagnosticado entre 50 e 64 anos de idade.
• Em usuárias atuais ou recentes de terapia de reposição hormonal com estrogênio isolado, o número de casos adicionais para cada 1.000 usuárias é estimado em:
➢ entre 0 e 3 (melhor estimativa = 1,5) para 5 anos de uso
➢ entre 3 e 7 (melhor estimativa = 5) para 10 anos de uso

• Para usuárias atuais ou recentes de terapia de reposição hormonal combinada, o número de casos de câncer de mama adicionais para cada 1.000 usuárias é estimado em:
➢ entre 5 e 7 (melhor estimativa = 6) para 5 anos de uso
➢ entre 18 e 20 (melhor estimativa = 19) para 10 anos de uso

O estudo WHI estimou que haverá 8 casos adicionais de câncer de mama invasivo por 10.000 mulheres-ano após 5,6 anos de tratamento combinado de estrogênio-progestagênio (EEC + AMP), em mulheres entre 50 e 79 anos de idade. De acordo com o estudo, estima-se que no período de 5 anos:
• No grupo tratado com placebo, 16 em 1.000 mulheres terão diagnóstico de câncer de mama invasivo.
• Em usuárias de terapia de reposição hormonal combinada de estrogênio-progestagênio (EEC + AMP), o número de casos adicionais de câncer de mama é estimado entre 0 e 9 (melhor estimativa = 4) em 1.000 mulheres.
O número de casos adicionais de câncer de mama em mulheres que utilizam terapia de reposição hormonal independente da idade de início do uso (entre 45 a 65 anos de idade) (ver item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

Câncer endometrial
Em mulheres com o útero intacto, o risco de hiperplasia e câncer endometrial aumenta com a duração do uso de estrogênio isolado. Estudos epidemiológicos demonstram que a melhor estimativa do risco de câncer endometrial é de 5 em cada 1.000 mulheres que não utilizam terapia de reposição hormonal e foram diagnosticadas com câncer endometrial entre 50 e 65 anos de idade. Para as mulheres tratadas com estrogênio isolado, o risco de câncer é de 2 a 12 vezes maior, dependendo da duração do tratamento e da dose de estrogênio, quando comparado a mulheres não submetidas à terapia de reposição hormonal. A combinação de um progestagênio com o tratamento de estrogênio diminui significativamente o risco aumentado de desenvolver câncer endometrial (ver item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

Outros eventos adversos relatados em associação com o tratamento de estrogênio-progestagênio
• Tumores dependentes de estrogênio, benignos e malignos, incluindo câncer de endométrio
• Tromboembolia venosa, isto é, trombose venosa profunda na perna ou área pélvica e embolia pulmonar, ocorrem mais frequentemente em usuárias de terapia de reposição hormonal do que em não usuárias (ver itens “4. CONTRAINDICAÇÕES” e “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”)
• Infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral
• Colecistopatia
• Doenças da pele e do tecido subcutâneo: cloasma, eritema multiforme, eritema nodoso, púrpura vascular
• Provável demência (ver item “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”)

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.