Características farmacológicas saridon

SARIDON com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de SARIDON têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com SARIDON devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



1. Características farmacológicas
Saridon® é uma associação de três substâncias medicamentosas: propifenazona, paracetamol e cafeína. A propifenazona é um derivado pirazolônico, tem propriedades analgésicas, antipiréticas e antiinflamatórias. O efeito analgésico ocorre devido a inibição da síntese de prostaglandinas. O efeito antipirético ocorre devido a ação no centro termoregulador do hipotálamo. O início da analgesia ocorre 30 minutos após a administração oral e se mantém por 3 horas. O pico plasmático é alcançado após 30 minutos e a meia vida é de aproximadamente de 2 a 2,5 horas.
A propifenazona tem um ótimo perfil de segurança se comparada com outros pirazolônicos. Não existe evidência de efeito teratogênico ou embriotóxico. O paracetamol tem propriedades analgésicas, antipiréticas e fraco efeito antiinflamatório. O paracetamol inibe a síntese de prostaglandinas e essa sua ação, ocorre predominantemente no SNC em detrimento da periferia. Tal fato pode ser responsável, em parte, por sua bem documentada capacidade de reduzir a febre e induzir analgesia, efeitos que envolvem ações sobre o tecido neural e também pela sua fraca ação antiinflamatória.
Assim sendo, quando empregado em doses analgésicas – antipiréticas não apresenta efeitos antiinflamatórios. O início do efeito analgésico ocorre após 45 minutos e diminui após 3 horas. O pico plasmático é alcançado 60 a 90 minutos após a administração oral e a meia vida é de cerca de 3 horas. O paracetamol é indicado para pacientes com alergia aos antiinflamatórios não esteróides e para indivíduos com maior suscetibilidade aos efeitos colaterais gastrintestinais. É o analgésico mais prescrito durante a gestação devido a sua baixa toxicidade fetal. A cafeína é uma metilxantina que tem um efeito estimulante generalizado no metabolismo, principalmente no sistema nervoso central e cardiovascular. Quando a cafeína é administrada associada a outro analgésico causa aumento da biodisponibilidade da droga administrada concomitantemente. Isto melhora a eficácia analgésica e permite o uso de doses 40% menores, mas com o mesmo efeito. A cafeína é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal atingindo pico plasmático em 1 a 2 horas. É metabolizada no fígado e excretada na urina. Os principais fatores que influenciam a eliminação da cafeína são idade (a eliminação é mais rápida em crianças), tabagismo (é mais rápida em tabagistas) e gravidez (é mais lenta nas gestantes).