Características farmacológicas tefin

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Farmacocinética
Em um estudo conduzido em indivíduos saudáveis durante 14 dias, 6g da preparação do cloridrato de butenafina na forma de creme foram aplicados uma vez ao dia no dorso da pele (3.000cm2) de 7 indivíduos e 20g foram aplicados uma vez ao dia nos braços, no tronco e na região inguinal (10.000cm2) de outros 12 indivíduos. Depois de 14 dias de tratamento, o grupo com dose de 6g apresentou uma média de concentração plasmática máxima, Cmáx, de 1,4 + 0,8ng/mL com um Tmáx, de 15 + 8 horas.
No grupo com dose de 20g, a média Cmáx foi de 5,0 +2,0ng/mL, com uma média Tmáx de 6 + 6 horas e média AUC0-24h de 87,8 + 45,3ng.h/mL. Observou-se uma queda bifásica das concentrações plasmáticas do cloridrato de butenafina com as meias-vidas estimadas, respectivamente, em 35 horas e maiores que 150 horas. Setenta e duas horas depois da aplicação da última dose, as concentrações plasmáticas médias reduziram-se para 0,3 + 0,2ng/mL para o grupo com dose de 6g e 1,1 + 0,9ng/mL para o grupo com dose de 20g. Baixos níveis de cloridrato de butenafina permaneceram no plasma 7 dias após a apl icação da última dose (média: 0,1 + 0,2ng/mL para o grupo com dose de 6g e 0,7 + 0,5ng/mL para o grupo com dose de 20g). A quantidade total (ou porcentagem da dose) do cloridrato de butenafina absorvido através da pele para a circulação sistêmica não foi quantificada. Determinou-se que ometabólito primário na urina foi obtido através de hidroxilação na cadeia terminal t-butil lateral.
Em 11 pacientes com tinea pedis, a preparação de cloridrato de butenafina foi apli cada nos pacientes até cobrir a área de pele afetada e a área imediatamente adjacente, uma vez ao dia durante 4 semanas, e uma única amostra de sangue foi coletada entre 10 e 20 horas depois da administração, 1, 2 e 4 semanas após o tratamento. A concentração plasmática do cloridrato de butenafina variou de indetectável a 0,3ng/mL.
Em 24 pacientes com tinea cruris a preparação de cloridrato de butenafina foi aplic ada pelos próprios pacientes até cobrir a área de pele afetad e a área imediatamente adjacente, uma vez ao dia durante 2 semanas (dose diária média: 1,3 + 0,2g)Uma. única amostra de sangue foi coletada entre 0,5 e 65 horas depois da última dose e a concentração plasmática do cloridrato de butenafina variou de indetectável a 2,52ng/mL (média + DP: 0,91 + 0,15ng/mL). Quatro semanas depois da interrupção do tratamento, a concentração plasmátic a do cloridrato de butenafina variou de indetectável até 0,28ng/mL.
Microbiologia
O cloridrato de butenafina é um derivado de benzilamina com um modo de ação semelhante ao da classe alilamina de drogas antifúngicas. A hipótese é de que o cloridrato de butenafina age inibindo a epoxidação de escaleno, bloqueando assim a biossínt ese de ergosterol, um componente essencial das membranas das células fúngicas. Os derivados de benzilamina, como as alilaminas, agem em um passo mais inicial na biossíntese de ergosterol do que a classe dos azólicos de drogas antifúngicas. Considerando as similaridades entre as estruturas e características funcionais entre a butenafina e drogas da classe alilamina, um potencial mecanismo anti-inflamatório pode ser compartilhado entre as duas classes. O cloridrato de butenafina demonstra inerente propriedade anti-inflamatória, in vivo, conforme demonstrado pela redução da resposta erite matosa cutânea após irradiação UVB.
Dependendo da concentração da droga e da espécie do fungo testado, o cloridrato de butenafina age como um agente fungicida tanto in vitro quanto in vivo.
O cloridrato de butenafina demonstrou ser ativo contra a maioria das cepas dos seguintes micro- organismos, tanto in vitro quanto em infecções clínicas:
Epidermophyton floccosum Malassezia furfur Trichophyton mentagrophytes Trichophyton rubrum Trichophyton tonsurans