Características farmacológicas erradic ug

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Não existem estudos realizados com ERRADIC UG®, mas segue descrição de dados obtidos individualmente com cada fármaco.
Omeprazol: age por inibição da H+K+ATPase, enzima localizada especificamente na célula parietal do estômago responsável por uma das etapas finais no mecanismo de produção de ácido no estômago. Assim, por meio dessa ação seletiva, há diminuição da acidez tanto pela redução da secreção ácida basal como da secreção estimulada pela pentagastrina. A longa duração de ação está relacionada à biodisponibilidade sistêmica e não à concentração plasmática. O efeito é completamente reversível, sem aumento da secreção ácida de rebote ao final do tratamento. O omeprazol não exerce efeito sobre os receptores acetilcolinérgicos e histamínicos, não modifica o esvaziamento gástrico e não altera a secreção do fator intrínseco (ao contrário dos outros antagonistas histamínicos H2). Com relação à inibição da secreção ácida, pode haver variação reversível dos níveis séricos de gastrina e secretina. O omeprazol não altera a concentração plasmática da insulina, glucagon, hormônios tireoidianos e paratireoidianos. Também não age sobre a prolactina nem sobre os hormônios sexuais. O omeprazol é totalmente metabolizado, principalmente no fígado. Seus principais metabólitos plasmáticos são sulfona, sulfito e oxiomeprazol, sem atividade significante. Cerca de 80% dos metabólitos são excretados na urina e 20%, nas fezes.
Apesar da meia-vida de eliminação aproximada de meia a três horas, a inibição da produção ácida estende-se por um tempo maior. A ingestão concomitante com alimentos pode retardar sua absorção, mas não altera a quantidade total absorvida.
Amoxicilina: é um antibiótico aminopenicilínico semissintético betalactâmico com amplo espectro de ação sobre muitos microrganismos gram-positivos e gram-negativos, estável no suco gástrico. A amoxicilina age inibindo a biossíntese do mucopeptídio das paredes celulares. Possui ação bactericida rápida e o perfil de segurança de uma penicilina. É bem absorvida no trato gastrintestinal e não é afetada pela presença de alimentos. A amoxicilina não possui alta taxa de ligação proteica, sua taxa de ligação é cerca de 18%. Difunde-se rapidamente na maioria dos tecidos e fluidos orgânicos, com exceção do cérebro e líquor; possui boa penetração nas secreções brônquicas e altas concentrações urinárias do fármaco inalterado, com meia-vida aproximada de 60 minutos. Cerca de 60%-70% de amoxicilina são excretados inalterados pela urina durante as primeiras seis horas após a administração de uma dose padrão. Cerca de 10%-25% da dose inicial é eliminada na urina como ácido peniciloico inativo. A eliminação é retardada pela probenecida. Doses de 500 mg resultaram em níveis plasmáticos de 5,5 mcg/mL a 7,5 mcg/mL, uma a duas horas após administração oral.
Claritromicina: é o primeiro membro dos antibióticos designados quimicamente como azalídeos, derivados dos macrolídeos pela inserção de um átomo de nitrogênio no anel lactônico. Seu mecanismo de ação é idêntico ao da eritromicina, inibe a síntese proteica através da ligação à subunidade ribossomal 50S dos microrganismos suscetíveis. A síntese de ácido nucleico não é afetada. Após administração oral em humanos, a claritromicina é amplamente distribuída pelo organismo. A presença de alimento prolonga ligeiramente o início de sua absorção, mas não afeta a extensão de sua biodisponibilidade, podendo, portanto, ser administrada na presença de alimentos. As concentrações séricas máximas foram observadas dentro de duas horas após administração de dose oral em indivíduos sadios em jejum. As concentrações séricas máximas de estado de equilíbrio foram atingidas em dois ou três dias, de aproximadamente 2 mcg/mL a 3 mcg/mL após dose oral de 500 mg a cada 12 horas. A biodisponibilidade oral é de cerca de 55%. A claritromicina concentra-se nos fagócitos e fibroblastos. A taxa de ligação proteica varia conforme a concentração (entre 0,02 mcg/mL e 0,05 mcg/mL). Sua biotransformação é hepática, e a concentração plasmática máxima é atingida entre cinco e sete horas após doses de 500 mg a cada 12 horas. A eliminação é principalmente na urina (30% inalterada e 15% como metabólito ativo). O clearance renal da claritromicina aproxima-se da taxa de filtração glomerular normal. As concentrações plasmáticas de equilíbrio da claritromicina em pacientes com disfunção hepática foram semelhantes aos outros pacientes normais. Nos pacientes com disfunção hepática, as concentrações do metabólito ativo foram menores, porém foram compensadas pelo aumentado clearance renal. A farmacocinética da claritromicina se mostrou alterada nos pacientes com comprometimento da função renal.