Características farmacológicas interferon alfa-2b humano recombinante

Interferon Alfa-2b Humano Recombinante com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Interferon Alfa-2b Humano Recombinante têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Interferon Alfa-2b Humano Recombinante devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



O sistema imune é constituído por um complexo de células diferentes que recebem e emitem diversos sinais dirigidos às células brancas do sangue, regulando, assim, os mecanismos de defesa do organismo. Os mediadores desta interação são proteínas, peptídeos e outras substâncias que por sua atividade recebem o nome de imunomoduladores. Os imunomoduladores biológicos são constituídos por um grupo de moléculas com propriedades específicas, muitas delas química e biologicamente muito bem caracterizadas e outras por descobrir. Um elemento desse grupo é o Interferon. Os Interferons são glicoproteínas que possuem diversas ações biológicas dentre elas efeitos antivirais, imunomoduladores, antiproliferativos complexos. Sua produção e liberação endógena ocorre em resposta a vírus e outros indutores, com exceção de exotoxinas bacterianas, poliânions, alguns compostos de baixo peso molecular e microorganismos com crescimento intracelular. Os primeiros ensaios clínicos realizados com Interferon datam de 1970 e utilizavam o tipo a produzido em leucócitos de doadores normais, ampliando­se os estudos à medida em que se melhorava e aumentava a produção. Produziu-se um salto quantitativo ao se utilizarem as técnicas de ADN recombinante para produzir o INTERFERON a-2b Humano Recombinante. Interferon a-2b recombinante é uma proteína produzida para uso por injeção. É produzido por uma técnica ADN recombinante expressa em Escherichia coli. Uma grande gama de vírus ARN e ADN é sensível ao Interferon, porém o mecanismo e grau do efeito é variável com o vírus. A sua atividade antiviral está baseada no fato de se combinarem aos receptores superficiais celulares específicos e inibirem a penetração, proliferação e liberação dos vírus; sendo o principal efeito a inibição da síntese proteica viral. O mecanismo pelo qual o Interferon exerce sua atividade antitumoral não é bem compreendido. Acredita-se, contudo, que exerça ação antiproliferativa em células tumorais e modulação da resposta imune do hospedeiro, que possui papel importante na atividade antitumoral. A atividade biológica do Interferon é restrita a um número limitado de espécies além do homem. Estudos “in vitro” demonstraram atividades antiproliferativas e imunomodulatórias. “In vivo” mostrou inibir o crescimento de tumores em ratos. Não apresenta absorção oral. A concentração plasmática máxima é atingida 4 a 8 horas após administração intramuscular ou subcutânea. A fração de dose aparentemente absorvida após injeção intramuscular é maior que 80%. É filtrado nos rins através do glomérulo e segue para rápida degradação proteolítica durante reabsorção tubular renal. É rapidamente inativado, apresentando meia-vida inicial de 40 minutos e terminal de 5 horas aproximadamente (entre 3,7 a 8,5 horas). É excretado, em quantidade mínima, pelos rins, o que sugere a reabsorção quase que completa. O metabolismo hepático e a subseqüente excreção biliar possuem mínima importância na eliminação do Interferon.