Reações adversas letrozol

LETROZOL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de LETROZOL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com LETROZOL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Resumo do perfil de segurança
O letrozol foi bem tolerado de forma geral em todos os estudos, tanto em primeira linha como em segunda linha no tratamento do câncer de mama avançado, bem como no tratamento adjuvante de câncer de mama inicial e no tratamento adjuvante estendido em mulheres que receberam terapia prévia padrão com tamoxifeno.
Aproximadamente um terço das pacientes tratadas com letrozol nos cenários metastático e neoadjuvante, aproximadamente 81% das pacientes no cenário adjuvante (tanto para os braços de letrozol e tamoxifeno), 87-88% dos pacientes nos braços de tratamento sequenciais, com uma duração mediana de tratamento de 60 meses, e aproximadamente 80% das pacientes no cenário adjuvante estendido (tanto para os braços de letrozol e placebo, numa duração mediana de tratamento de 60 meses) apresentaram reações adversas. Geralmente as reações adversas observadas são principalmente de natureza leve a moderada, sendo a maioria associada à privação de estrógeno.
Os relatos de reações adversas mais frequentes nos estudos clínicos foram: ondas de calor, artralgia, náuseas e fadiga. Muitas das reações adversas podem ser atribuídas às consequências farmacológicas normais da privação de estrógeno (por ex. ondas de calor, alopecia e sangramento vaginal). As seguintes reações adversas ao medicamento, listadas na tabela 9, foram reportadas a partir de estudos clínicos e de experiências pós-comercialização com letrozol.

Tabela 1- Resumo tabulado das reações adversas ao medicamento a partir dos estudos clínicos
As reações adversas estão dispostas por ordem de frequência, onde as mais frequentes aparecem primeiro, usando a seguinte convenção: muito comum (=> 10%), comum (=> 1%, < 10%), incomum (=> 0,1%, < 1%), rara (=> 0,01%, <0,1%), muito rara (< 0,01%), não conhecidas (não podem se estimadas a partir dos dados disponíveis).

Tabela 1 – Reações adversas ao medicamento
Infecções e infestações
Incomum: infecção do trato urinário
Neoplasmas benignos, malignos e não especificados (incluindo cistos e pólipos)
Incomum: dor tumoral1
Distúrbios nos sistemas sanguíneo e linfático
Incomum: leucopenia
Distúrbios no sistema imunológico
Desconhecida: reação anafilática
Distúrbios metabólicos e nutricionais
Muito comum: hipercolesterolemia
Comuns: diminuição do apetite, aumento do apetite
Distúrbios psiquiátricos
Comum: depressão
Incomuns: ansiedade (incluindo nervosismo), irritabilidade
Distúrbios no sistema nervoso
Comuns: dor de cabeça, tontura, vertigem
Incomuns: sonolência, insônia, alterações de memória, disestesia (incluindo parestesia, hipoestesia), digeusia, acidente cerebrovascular, síndrome do túnel do carpo
Distúrbios oculares
Incomuns: catarata, irritação ocular, visão embaçada
Distúrbios cardíacos
Comum: palpitações
Incomuns: taquicardia, eventos isquêmicos cardíacos (incluindo nova angina ou agravamento de angina, angina exigindo cirurgia, infarto do miocárdio e isquemia do miocárdio)
Distúrbios vasculares
Muito comum: ondas de calor Comum: hipertensão
Incomum: tromboflebite (incluindo tromboflebite venosa superficial e profunda)
Raras: embolia pulmonar, trombose arterial, infarto vascular cerebral
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais
Incomuns: dispneia, tosse
Distúrbios gastrintestinais
Comuns: náusea, vômito, dispepsia, constipação, diarreia, dor abdominal Incomuns: estomatite, boca seca
Distúrbios hepatobiliares
Incomuns: aumento das enzimas hepáticas, hiperbilirrubina, icterícia Muito rara: hepatite
Distúrbios na pele e tecido subcutâneo
Muito comum: hiperidrose
Comuns: alopecia, pele seca, erupção cutânea (rash) (incluindo rash eritematoso, maculopapular, psoriaseforme e vesicular)
Incomuns: prurido, urticária
Desconhecidas: angioedema, necrólise epidérmica tóxica, eritema multiforme
Distúrbios musculoesquelético e dos tecidos conjuntivos
Muito comum: artralgia
Comuns: mialgia, dor óssea, osteoporose, fraturas ósseas, artrite, dores nas costas Desconhecida: dedo em gatilho
Distúrbios urinários e renais
Incomum: poliaciúria
Distúrbios do sistema reprodutivo e mamas
Comum: hemorragia vaginal
Incomuns: descarga vaginal, ressecamento vulvovaginal e dor nas mamas
Distúrbios gerais e condições no local de administração
Muito comum: fadiga (incluindo astenia, mal-estar)Comum: edema periférico, dor torácica
Incomuns: edema geral, pirexia, ressecamento da mucosa, sede
Laboratorial
Comum: aumento de peso Incomum: perda de peso
Lesões, envenenamento e complicações de procedimento
Comum2: queda3
1Reações adversas reportadas somente em presença de metástases
2Frequência determinada com base em dados do estudo FACE
3Em alguns casos, queda pode ser reportado como uma consequência de outros eventos adversos tais como tontura e vertigem.

Descrição das reações adversas ao medicamento selecionadas – Reações Adversas Cardíacas
No tratamento adjuvante, em adição aos dados apresentados na tabela 5, os seguintes eventos adversos foram relatados para letrozol e tamoxifeno, respectivamente (duração média do tratamento de 5 anos): angina requerendo cirurgia (1,0% versus 1,0%); insuficiência cardíaca (1,1% versus 0,6%), hipertensão (5,6% versus 5,7%), acidente vascular cerebral (AVC) /ataque isquêmico transitório (AIT) (2,1% versus 1,9%).
No tratamento adjuvante estendido para letrozol (duração média do tratamento de 5 anos) e placebo (duração média de tratamento de 3 anos), respectivamente: angina requerendo cirurgia (0,8% versus 0,6%), nova angina ou agravamento da angina (1,4% versus 1,0 %); infarto do miocárdio (1,0% versus 0,7%); evento tromboembólico* (0,9% versus 0,3%); AVC/ataque isquêmico transitório* (1,5% versus 0,8%) foram relatados.
Eventos marcados com * são estatisticamente significativamente diferentes nos dois braços de tratamento.

– Reações adversas esqueléticas
Para dados esqueléticos de segurança no tratamento adjuvante, por favor, consulte a Tabela 5.
No tratamento adjuvante estendido, significativamente mais pacientes tratados com letrozol apresentaram fraturas ósseas ou osteoporose (10,4% fraturas ósseas e 12,2% osteoporose) do que pacientes no braço placebo (5,8% e 6,4%, respectivamente). A duração média do tratamento foi 5 anos para letrozol, comparado com 3 anos para o placebo.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.