Advertências noretisterona 0,5mg e estradiol 1mg

Noretisterona 0,5mg e Estradiol 1mg com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Noretisterona 0,5mg e Estradiol 1mg têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Noretisterona 0,5mg e Estradiol 1mg devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Para o tratamento dos sintomas da pós-menopausa, a TRH somente deve ser iniciada para sintomas que afetam negativamente a qualidade de vida. Em todos os casos, uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios deve ser realizada pelo menos uma vez por ano e a TRH deve ser continuada somente se os benefícios superarem aos riscos.
São limitadas as evidências sobre os riscos associados com TRH no tratamento da menopausa prematura. Entretanto, devido ao baixo nível de risco absoluto em mulheres mais jovens, o balanço entre os benefícios e os riscos para essas mulheres podem ser mais favoráveis do que em mulheres com idade mais avançada.

Exames médicos/acompanhamento:
Antes de iniciar ou reinstituir a TRH, um levantamento completo da história clínica pessoal e familiar deve ser realizado.
Exames físicos (incluindo pélvico e de mama) devem ser orientados por este levantamento e pelas contraindicações e advertências de uso. Durante o tratamento, controles periódicos são recomendados com frequência e natureza adaptadas a cada mulher.
As mulheres devem ser alertadas sobre as mudanças em seus seios que devem ser relatadas ao médico ou enfermeiro (veja o item “Neoplasia maligna de mama” a seguir). Rastreamentos, incluindo exames de imagem apropriados, como: mamografia deve ser realizados em conformidade com as práticas diagnósticas atualmente aceitas e ajustados às necessidades clínicas individuais.

Condições que precisam de supervisão:
Se qualquer uma das seguintes condições estiver presente, ocorreu anteriormente, e/ou foi agravada durante a gravidez ou tratamentos hormonais anteriores, a paciente deve ser atentamente monitorada. Deve-se levar em conta que estas condições podem recorrer ou agravar-se durante o tratamento com Activelle®, especialmente:
-leiomioma do útero (fibroides uterinos) ou endometriose;
-fatores de risco para distúrbios tromboembólicos;
-fatores de risco para tumores estrogênio-dependentes, por exemplo, 1° grau de hereditariedade para a neoplasia maligna de mama;
-hipertensão;
-distúrbios hepáticos (por exemplo, adenoma de fígado);
-diabetes mellitus, com ou sem envolvimento vascular;
-colelitíase;
-enxaqueca ou cefaleia (grave);
-lúpus eritematoso sistêmico;
-histórico de hiperplasia endometrial;
-epilepsia;
-asma;
-otosclerose.

Razões para interromper o tratamento imediatamente:
O tratamento deve ser interrompido no caso de ser descoberta alguma contraindicação e nas seguintes situações:
-icterícia ou agravamento da função hepática;
-aumento significativo da pressão arterial;
-aparecimento de cefaleia do tipo enxaqueca;
-gravidez.

Hiperplasia endometrial e carcinoma:
Em mulheres com útero intacto, o risco de hiperplasia endometrial e carcinoma é aumentado quando estrogênios são administrados isoladamente por períodos prolongados. O aumento relatado do risco de câncer do endométrio entre pacientes administrando estrogênio isolado varia de 2 (duas) a 12 (doze) vezes maior em comparação com as pacientes que não utilizam estrogênio isolado, dependendo da duração do tratamento e da dose de estrogênio (ver também “Reações Adversas”). Após o término do tratamento o risco pode permanecer elevado durante mais de 10 anos.
A adição de um progestogênio cíclico por, pelo menos, 12 (doze) dias em um ciclo de 28 dias/mês, ou terapia contínua combinada de estrogênio-progestogênio em mulheres não histerectomizadas evita o risco adicional associado ao uso com apenas estrogênio na TRH.
Hemorragia súbita e de escape podem ocorrer durante os primeiros meses de tratamento. Se isto continuar ocorrendo após os primeiros meses de tratamento, ocorrer depois de algum tempo de terapia, ou continuar após a interrupção do tratamento, o motivo deve ser investigado, o que pode incluir biópsia endometrial para excluir a presença de malignidade endometrial.

Neoplasia maligna de mama:
As evidências gerais sugerem um aumento do risco de neoplasia maligna de mama em mulheres que tomaram combinações de estrogênio/progestogênio e, possivelmente, também em estrogênio isolado na TRH, que é dependente da duração da Terapia de Reposição Hormonal.
O estudo randomizado e placebo-controlado Women’s Health Initiative (WHI), e os estudos epidemiológicos, são consistentes ao encontrar um aumento de risco de câncer de mama em mulheres que tomam combinados de estrogênio-progestogênio na TRH (ver também “Reações Adversas”).
O aumento do risco torna-se aparente aproximadamente depois de 3 anos de uso, mas retorna ao normal dentro de alguns anos (no máximo 5) após a interrupção do tratamento.
TRH, especialmente o tratamento combinado de estrogênio/progestogênio, aumenta a densidade de imagens mamográficas, o que pode afetar desfavoravelmente a detecção radiológica da neoplasia maligna de mama.

Câncer ovariano:
O câncer de ovário é muito mais raro do que o câncer de mama. Evidências epidemiológicas de uma extensa meta-análise sugerem um risco ligeiramente aumentado de câncer de ovário em mulheres tomando estrogênio isolado ou TRH combinada, o qual se torna evidente dentro de 5 anos de uso e diminui ao longo do tempo com a interrupção do tratamento.
Alguns outros estudos, incluindo o estudo WHI, sugerem que o uso de TRH combinada pode estar associado a um risco semelhante ou ligeiramente menor de câncer de ovário (ver “Reações Adversas”.).

Tromboembolismo venoso:
A TRH está associada a um aumento de 1.3 a 3 vezes no risco de desenvolvimento de tromboembolismo venoso (TEV), isto é, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. A ocorrência de tal evento é mais provável no primeiro ano da TRH do que posteriormente (Ver “Reações Adversas”).
Pacientes com estados trombolíticos conhecidos, têm um risco aumentado de TEV e a TRH pode aumentar este risco. A TRH é, portanto, contraindicada nestes pacientes (ver “Contraindicações”).
Geralmente os fatores de risco reconhecidos para TEV incluem o uso de estrogênios, idade avançada, cirurgia de grande porte, imobilização prolongada, obesidade (IMC> 30 kg / m²), o período de gravidez / pós-parto, lúpus eritematoso sistêmico (LES) e câncer. Não há consenso sobre o possível papel das veias varicosas no TEV.
Como em todos os pacientes no pós-operatório, medidas profiláticas devem ser consideradas para impedir o TEV após a cirurgia. Se a imobilização prolongada for necessária após cirurgia eletiva, a interrupção temporária da TRH, 4 a 6 semanas antes, é recomendada. O tratamento não deve ser reiniciado até que a paciente esteja com completa mobilidade.
Em mulheres sem histórico pessoal de TEV, mas com um parente de primeiro grau com histórico de trombose em uma idade jovem, rastreamento pode ser oferecido após aconselhamento cuidadoso considerando suas limitações (apenas uma porcentagem de deficiências trombofílicas são identificadas por exames).
Se alguma deficiência trombolítica for identificada associada à ocorrência de trombose em familiares ou se a deficiência for “grave” (por exemplo, deficiência de antitrombina, de proteína S ou de proteína C ou de uma combinação de deficiências), a TRH é contraindicada.
As mulheres que estejam em tratamento crônico com anticoagulante requerem uma avaliação cuidadosa considerando o risco-benefício da TRH.
Se o TEV se desenvolver após o início da terapia, o medicamento deve ser descontinuado. As pacientes devem ser orientadas a procurar seu médico imediatamente, quando ficarem cientes de um possível sintoma tromboembólico (por exemplo, inchaço doloroso nas pernas, dor súbita no peito, dispneia).

Doença arterial coronariana (DAC):
Não há evidência, proveniente de estudos randomizados controlados, de proteção contra o infarto do miocárdio em mulheres com ou sem DAC que receberam a combinação de estrogênio-progestogênio ou somente estrogênio isolado na TRH.
O risco relativo de DAC durante o uso combinado de estrogênio-progestogênio na TRH é ligeiramente aumentado. Como o risco basal absoluto do DAC é fortemente dependente da idade, o número de casos adicionais de DAC devido ao uso de estrogênio-progestogênio é muito baixo em mulheres saudáveis perto da menopausa, mas aumenta com a idade mais avançada.

Acidente Vascular Cerebral Isquêmico:
A terapia combinada de estrogênio-progestogênio e estrogênio isolado estão associadas a um aumento de até 1.5 vezes do risco de acidente vascular cerebral isquêmico. O risco relativo não muda com a idade ou com o tempo desde a menopausa. No entanto, como o risco basal de AVC é fortemente dependente da idade, o risco em geral de AVC em mulheres que utilizam TRH irá aumentar com a idade (ver também “Reações Adversas”).

Outras condições:
Os estrogênios podem causar retenção de fluidos e, por isso, pacientes com disfunção cardíaca ou renal devem ser cuidadosamente observadas.
Mulheres com hipertrigliceridemia preexistente devem ser acompanhadas com atenção, durante a reposição de estrogênio ou terapia de reposição hormonal, uma vez que casos raros de grande aumento de triglicerídios plasmáticos, levando a pancreatite, foram relatados com a terapia de estrogênio, nesta condição.
Os estrogênios aumentam a globulina ligadora de tiroxina (TBG), levando a um aumento do hormônio tireoidiano total circulante, medido através do iodo ligado à proteína (PBI), níveis de T4 (por coluna ou por radioimunoensaio) ou níveis de T3 (por radioimunoensaio).
A captação de T3 por resina é reduzida, o que reflete o elevado nível de TBG. As concentrações de T4 e T3 livres ficam inalteradas. Outras proteínas ligadoras podem ficar elevadas no soro, ou seja, globulina ligadora de corticosteroide (CBG), globulina ligadora de hormônio sexual (SHBG), levando a um aumento de corticosteroides e esteroides sexuais circulantes, respectivamente. As concentrações de hormônio livre ou biologicamente ativo mantêm-se inalteradas.
Outras proteínas plasmáticas podem ficar aumentadas (substrato renina/angiotensinogênio, alfa-I-antitripsina,ceruloplasmina). O uso da TRH não melhora a função cognitiva. Há alguma evidência do aumento do risco de demência em mulheres que começaram a usar a terapia combinada contínua ou de estrogênio isolado na TRH após a idade de 65 (sessenta e cinco) anos.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco.

Idosos: A experiência do tratamento em mulheres com mais de 65 (sessenta e cinco) anos é limitada. Crianças: Não há indicações para crianças.

Fertilidade, gravidez e lactação: Gravidez
Activelle® não é indicado durante a gravidez. Se ocorrer gravidez durante o uso de Activelle®, o tratamento deve ser interrompido imediatamente.
Os dados clínicos de um número limitado de grávidas expostas indicam efeitos adversos da noretisterona sobre o feto. Em doses maiores do que as normalmente utilizadas em contraceptivos orais e na TRH, foi observada a masculinização de fetos femininos.
Os resultados da maioria dos estudos epidemiológicos até o momento, relacionados à exposição fetal inadvertida às combinações de estrogênios e progestogênios não indicam efeito teratogênico ou fetotóxico.

Lactação
Activelle® não é indicado durante a lactação.

Efeitos sobre a capacidade de conduzir veículos e utilizar máquinas:
Activelle® não possui efeitos conhecidos sobre a capacidade de dirigir ou operar máquinas.

Categoria de risco na gravidez: X
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.

Este medicamento contém LACTOSE.
Activelle® contém lactose monoidratada. Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de Lapp lactase, ou má absorção de glicose-galactose, não devem tomar este medicamento.

Este medicamento pode interromper a menstruação por período prolongado e/ou causar sangramentos intermenstruais severos.