Reações adversas oxaliplatina

Oxaliplatina com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Oxaliplatina têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Oxaliplatina devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Sistema hematopoiético: oxaliplatina é pouco hematotóxica. Quando em monoterapia, pode causar os seguintes efeitos indesejáveis: anemia, leucopenia, granulocitopenia e trombocitopenia, às vezes de grau 3 ou 4 (grau 4: neutrófilos < 500/mm3, plaquetas < 25000/mm3, hemoglobina < 6,5 g %). A associação com 5-fluoruracila aumenta a toxicidade quanto à neutropenia e à trombocitopenia. Foram observados raros casos de anemia hemolítica imuno-alérgica.

Sistema digestivo: administrada em monoterapia, a oxaliplatina pode causar mucosite, dor abdominal, anorexia, náuseas, vômitos e diarreia, algumas vezes graves podendo gerar desidratação, hipocalemia, acidose metabólica e comprometimento renal ou hepático, principalmente quando associado com 5-fluoruracila. Os pacientes devem ser orientados a informar imediatamente ao seu médico a ocorrência destas reações. Aconselha-se o uso profilático e/ou terapêutico de um antiemético potente.

Sistema nervoso: observa-se com frequência neuropatias periféricas sensitivas, caracterizadas por parestesias das extremidades. Podem ser acompanhadas de cãibras, de disestesias da região peri-oral e laringe, podendo mesmo simular quadro clínico de espasmos de laringe sem substrato anatômico, reversível espontaneamente sem sequelas. Tais manifestações são frequentemente provocadas ou agravadas por temperaturas baixas. As parestesias geralmente regridem entre os ciclos de tratamento, mas podem tornar-se permanentes e provocar distúrbio funcional após dose acumulada, geralmente superior a 800 mg/m2 (6 ciclos). A neurotoxicidade regride ou desaparece em mais de ¾ dos pacientes nos meses que se seguem à interrupção do tratamento. A ocorrência de parestesias espontaneamente reversíveis não requer adaptação da dose nos eventuais novos ciclos de tratamento. Entretanto, aconselha-se adaptar a posologia da oxaliplatina em função da duração e gravidade dos sintomas neurológicos observados. O aumento do tempo de infusão nos ciclos subsequentes ajuda a reduzir a incidência destes sintomas. Em caso de parestesias persistentes entre dois ciclos, de parestesias dolorosas e/ou de início de comprometimento funcional, recomenda-se reduzir em 25% a dose de oxaliplatina (ou seja, 100 mg/m2); caso a sintomatologia se mantenha ou se agrave a despeito da redução da dose, aconselha-se interromper o tratamento. A critério médico, o tratamento poderá ser reiniciado na dose padrão ou com dose reduzida após regressão total ou parcial dos sintomas.

Outros efeitos foram observados, em caráter excepcional: casos de disartria, neurite óptica, surdez, febre, erupção cutânea e mal estar geral.
No caso de sintomas como tosse não produtiva, dispneia, estertores ou presença radiológica de infiltrado pulmonar, a oxaliplatina deve ser descontinuada até que a possibilidade de doença pulmonar seja completamente descartada.
Não se constatou ocorrência de alopecia nem toxicidade auditiva, renal, hepática ou cardíaca por ocasião dos estudos clínicos.