Reações adversas blenoxane

BLENOXANE com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de BLENOXANE têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com BLENOXANE devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



EVENTOS ADVERSOS
Pulmonares A toxicidade pulmonar é potencialmente o efeito colateral mais sério de BLENOXANE (veja PRECAUÇÕES). Devido à falta de especificidade da síndrome clínica, a identificação dos pacientes portadores de toxicidade pulmonar devido ao BLENOXANE é extremamente difícil. O primeiro sintoma associado com a toxicidade pulmonar é a dispnéia e os primeiros sinais são os estertores finos. Radiograficamente, a pneumonite induzida pelo BLENOXANE produz opacidades não-específicas, geralmente dos campos pulmonares inferiores. As alterações mais comuns dos testes da função pulmonar são a diminuição do volume pulmonar total e diminuição da capacidade vital. Estas alterações não são fatores indicativos do desenvolvimento de fibrose pulmonar. As alterações microscópicas dos tecidos devidas à toxicidade do BLENOXANE, incluem metaplasia escamosa bronquiolar, macrófagos reativos, células atípicas do epitélio alveolar, edema fibrinoso e fibrose intersticial.
O estágio agudo pode envolver alterações capilares e subseqüente exsudação fibrinosa para os alvéolos produzindo uma alteração semelhante à formação da membrana hialina e progredindo para uma fibrose intersticial difusa, semelhante à síndrome de Hamman-Rich. Estas observações microscópicas não são específicas; alterações similares são observadas em pneumonites por irradiação ou por pneumocisto e outras condições.
Recomenda-se tirar radiografia do tórax a cada 1 a 2 semanas para a monitorização da toxicidade pulmonar. Se alterações pulmonares forem observadas, o tratamento deve ser suspenso até que se defina se têm correlação com a droga. Estudos recentes sugerem que a medida seqüencial da capacidade de difusão pulmonar do monóxido de carbono (DLCO) durante o tratamento com BLENOXANE pode ser um indicador da toxicidade pulmonar subclínica. Recomenda-se que a DLCO seja monitorizada mensalmente quando a droga for empregada para se detectar toxicidades pulmonares. A droga deve ser suspensa quando a DLCO cair para menos de 30-35% do valor prévio ao tratamento.
Pacientes tratados com BLENOXANE apresentam maior risco de desenvolver toxicidade pulmonar quando o oxigênio é administrado na intervenção cirúrgica. Embora saiba-se que a exposição prolongada a altas concentrações de oxigênio cause danos aos pulmões, após a administração de BLENOXANE isto pode ocorrer em concentrações mais baixas, que usualmente seriam consideradas seguras.
As medidas sugeridas como preventivas são as seguintes: 1. Manter o FIO2 em concentrações próximas ao ar ambiental (25%), durante a cirurgia e no período pós-operatório. 2. Monitorar cuidadosamente a infusão de fluidos, concentrando-se mais na administração de colóides do que na de cristalóides. O aparecimento repentino de uma síndrome de dor torácica aguda, sugerindo uma pericardite, foi raramente relatada durante as infusões de BLENOXANE. Embora cada paciente deva ser avaliado individualmente, ciclos adicionais de BLENOXANE não parecem ser contraindicados. Reações adversas pulmonares são raramente relatadas após administração intrapleural de BLENOXANE.
Reações idiossincráticas
Aproximadamente 1% dos pacientes portadores de linfoma tratados com BLENOXANE apresentam reações idiossincráticas clinicamente similares à anafilaxia. A reação pode ser imediata ou retardada por várias horas, e ocorre geralmente após a primeira ou segunda dose. Consiste de hipotensão, confusão mental, febre, calafrios e chiados. O tratamento é sintomático, incluindo expansão de volume, agentes pressóricos, anti-histamínicos e corticosteróides.
Pele e membranas mucosas
Reações cutâneas são as mais freqüentes, ocorrendo em aproximadamente 50% dos pacientes tratados. A toxicidade cutânea é uma manifestação relativamente tardia. Normalmente, se desenvolvem na segunda ou terceira semana de tratamento após administração de 150 e 200 unidades de BLENOXANE. A toxicidade cutânea parece estar relacionada com dose cumulativa. As reações cutâneas consistem de eritema, erupções, estrias, vesiculação, hiperpigmentação e flacidez da pele. Relata-se também hiperqueratose, alterações das unhas, alopecia, prurido e estomatite. Foi necessário suspender o tratamento com BLENOXANE em 2% dos pacientes tratados devido a estas toxicidades. Foram relatadas alterações cutâneas similares à esclerodermia como parte da farmacovigilância.
Outras
As toxicidades vasculares coincidentes com o uso de BLENOXANE em associação com outros agentes antineoplásicos foram esporadicamente relatadas. Os eventos são clinicamente heterogêneos e podem incluir infarto do miocárdio, acidente cerebrovascular, microangiopatia trombótica (síndrome hemolítico-urêmica) ou arterite cerebrovascular. Existem relatos da ocorrência do fenômeno de Raynaud em pacientes tratados com BLENOXANE e sulfato de vimblastina com ou sem cisplatina ou, em alguns casos, com o BLENOXANE isolado. Não se sabe se a causa do fenômeno de Raynaud nestes casos é devido à doença, ao comprometimento vascular basal, ao BLENOXANE, ao sulfato de vimblastina, à hipomagnesemia ou à combinação de qualquer destes fatores. Febre, calafrios e vômitos são efeitos colaterais freqüentemente observados. Anorexia e perda de peso são comuns e podem persistir por um longo tempo após o término do tratamento com o produto. Dor no local do tumor, flebite e outras reações locais são relatadas com pouca freqüência. Como parte da farmacovigilância mal-estar também foi relatado. A administração intrapleural de BLENOXANE é ocasionalmente associada com dor local. Relata-se, com freqüência rara, hipotensão com possível necessidade de tratamento sintomático. O óbito associado à administração intrapleural de BLENOXANE é de ocorrência muito rara em pacientes gravemente enfermos.