Advertências clindoxyl

CLINDOXYL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de CLINDOXYL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com CLINDOXYL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Clindoxyl® é indicado somente para uso externo.
Evite o contato de Clindoxyl® com boca, olhos, lábios, outras membranas mucosas ou pele irritada ou escoriada. Clindoxyl® não pode ser ingerido. No caso de contato acidental enxágue bem com água.
Durante as primeiras semanas de tratamento com Clindoxyl®, haverá maior descamação e eritema na maioria dos pacientes. Dependendo da intensidade dessas reações adversas, os pacientes podem utilizar um creme hidratante, reduzir temporariamente a frequência de aplicação do gel ou descontinuar temporariamente seu uso; porém, a eficácia para frequências de administração inferiores a uma vez ao dia não foi estabelecida.
A segurança e eficácia de Clindoxyl® não foram estudadas por mais de 12 semanas em ensaios clínicos para acne vulgar. O médico deve avaliar o benefício de continuar o tratamento após 12 semanas de uso ininterrupto.
É recomendado cuidado no uso simultâneo de Clindoxyl® com outros tratamentos tópicos para acne, como peelings, agentes abrasivos e produtos que tenham forte efeito secativo e com concentrações elevadas de álcool e/ou adstringentes, devido ao possível efeito irritante cumulativo. Caso ocorra irritação local intensa (por exemplo, eritema, ressecamento, coceira e ardência intensas), Clindoxyl® deve ser descontinuado.
Uma vez que o peróxido de benzoíla pode causar uma maior sensibilidade à luz solar, lâmpadas de luz ultravioleta não devem ser usadas e a exposição deliberada ou prolongada ao sol deve ser evitada ou minimizada. Quando a exposição à luz solar intensa não puder ser evitada, os pacientes devem ser aconselhados a usar um produto com filtro solar e roupas protetoras.
Se um paciente apresentar uma queimadura solar, esta deve estar completamente resolvida antes do uso de Clindoxyl®. Clindoxyl® pode desbotar ou manchar os cabelos, pelos e tecidos coloridos ou tingidos. Evite o contato com pelos/cabelos, tecidos, móveis ou tapetes/carpetes.
Até o momento, não há informações de que Clindoxyl® possa causar doping.

Colite pseudomembranosa
Colite pseudomembranosa tem sido relatada em quase todos os agentes antibacterianos, incluindo a clindamicina, e pode variar em intensidade de leve a ameaça à vida, com manifestação em até diversas semanas após o término da terapia. Embora esse evento tenha pouca probabilidade de ocorrer com a aplicação tópica de Clindoxyl®, se ocorrer diarreia prolongada ou significativa ou se o paciente apresentar cólicas abdominais, o tratamento deve ser descontinuado imediatamente e o paciente deve ser examinado mais a fundo, uma vez que os sintomas podem indicar colite associada a antibióticos.

Resistência à clindamicina
O peróxido de benzoíla reduz o potencial para o surgimento de micro-organismos resistentes à clindamicina. Entretanto, os pacientes com histórico recente de uso sistêmico ou tópico de clindamicina ou eritromicina são mais propensos a apresentar Propionibacterium acnes e flora comensal preexistentes resistentes a antimicrobianos.

Resistência cruzada
Foi demonstrada resistência cruzada entre a clindamicina e a lincomicina.
A resistência à clindamicina está associada com frequência à resistência à eritromicina.

Gravidez e lactação
Categoria C de risco de gravidez.

Fertilidade: Não existem dados sobre o efeito da clindamicina tópica ou peróxido de benzoíla na fertilidade em seres humanos.

Gravidez: Não existem estudos bem controlados em mulheres grávidas tratadas com Clindoxyl®.
Existem poucos dados sobre o uso de clindamicina tópica ou peróxido de benzoíla isolados em mulheres grávidas. Estudos em animais não indicam efeitos prejudiciais diretos ou indiretos em relação à toxicidade reprodutiva. Não são previstos efeitos durante a gravidez, uma vez que a exposição sistêmica à clindamicina e ao peróxido de benzoíla é muito baixa.
No entanto, Clindoxyl® deve ser usado durante a gravidez somente se o benefício esperado justificar o potencial de risco para o feto.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Lactação: Não foram realizados estudos com Clindoxyl® durante a amamentação.
A absorção percutânea de peróxido de benzoíla e clindamicina é baixa, no entanto não se sabe se o peróxido de benzoíla ou a clindamicina são excretados no leite materno após aplicação tópica. A clindamicina é excretada no leite humano após administração por via oral e parenteral.
Clindoxyl® deve ser usado durante a lactação somente se o benefício esperado justificar o risco potencial para a criança. Se usado durante a lactação, Clindoxyl® não deve ser aplicado na área das mamas para evitar a ingestão acidental pelo lactente.

Capacidade de realizar tarefas que exigem habilidades motoras, julgamento ou habilidades cognitivas: Não há estudos para investigar o efeito de Clindoxyl® na capacidade de dirigir ou operar máquinas. Um efeito prejudicial sobre estas atividades não seriam esperados a partir do perfil de reações adversas da clindamicina ou peróxido de benzoíla.

Dados não clínicos
Carcinogênese / Mutagênese
Nenhum estudo de genotoxicidade ou mutagenicidade foi realizado com gel tópico de Clindoxyl®.

Clindamicina
Fosfato de clindamicina não foi genotóxico para Salmonella typhimurium, um ensaio de aberração cromossômica ou em um teste do micronúcleo em ratos.

Peróxido de benzoíla
Tanto a carcinogenicidade quanto fotocarcinogenicidade do peróxido de benzoíla têm sido extensivamente avaliadas em ratos e hamsters, por várias vias de administração, em estudos que variam entre 42 e 100 semanas de duração. A conclusão geral é que o peróxido de benzoíla não é considerado carcinogênico, nem fotocarcinogênico em produtos tópicos para a acne, a uma concentração de 2,5% a 10%.
A genotoxicidade do peróxido de benzoíla foi extensivamente avaliada in vitro e in vivo. Enquanto alguns estudos in vitro mostraram fraca mutagenicidade, o perfil de genotoxicidade geral não indicou relevância biológica significativa.

Gel clindamicina/peróxido de benzoíla
Num estudo de carcinogenicidade em ratos durante 2 anos, a administração tópica de gel de clindamicina 1% / peróxido de benzoíla 5% a uma dosagem de até 8.000 mg/kg/dia (24.000 mg/m2/dia) não mostrou evidência de aumento do risco carcinogênico, quando comparado com os controles.
Num estudo de 52 semanas de fotocarcinogenicidade, em que camundongos sem pelo foram expostos à radiação ultravioleta e gel de clindamicina 1% / peróxido de benzoíla a 5% a níveis de dosagem até 2.500 mg/kg/ dia (7.500 mg/m2/dia), uma leve redução no tempo médio para o aparecimento de tumores foi observado, em comparação com a radiação ultravioleta sozinha.

Toxicologia Reprodutiva
Fertilidade e Gravidez
Nenhum estudo de fertilidade foi conduzido com gel tópico de Clindoxyl®.

Clindamicina
Estudos de fertilidade em ratos tratados por via oral com um máximo de 300 mg/kg/dia de clindamicina, não revelaram nenhum efeito sobre a fertilidade ou a capacidade de acasalamento dos animais.
Estudos de reprodução foram realizados em ratos e camundongos utilizando doses orais e subcutâneas de fosfato de clindamicina, cloridrato de clindamicina e palmitato de clindamicina. Estes estudos não revelaram evidências de dano fetal.
A dose mais elevada utilizada nos estudos de teratogenicidade em ratos e camundongos foi equivalente a uma dose de fosfato de clindamicina de 432 mg/kg. Para um rato, esta dose é 84 vezes maior, e para um camundongo é 42 vezes maior do que a dose esperada para um ser humano, a partir de espuma de fosfato de clindamicina com 1% de fosfato de clindamicina, com base numa comparação de mg/m2.

Peróxido de benzoíla
Num estudo combinado de toxicidade dose repetida e reprodução/desenvolvimento, o peróxido de benzoíla (250, 500 ou 1000 mg/kg/dia) foi administrado via oral a ratos machos durante 29 dias e ratas durante 41-51 dias. Não houve alterações relacionadas ao tratamento observadas no período de acasalamento, taxa de acasalamento, taxa de concepção, taxa de parto, taxa de natalidade, período de gravidez, número de luteinização, número de implantação e a taxa de perda de embriões e fetos após o implante. Em filhotes, o peso corporal diminuiu significativamente no grupo de alta dose. O nível de reações adversas não observadas (NOAEL) para a toxicidade reprodutiva foi considerado como sendo de 500 mg/kg/dia.