Resultados de eficácia concor

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Os achados em estudos clínicos hemodinâmicos de curto prazo são consistentes com aqueles observados com outros beta-bloqueadores. Os efeitos hemodinâmicos do bisoprolol são, principalmente, mais devidos a seus efeitos cronotópicos negativos do que seus efeitos inotrópicos negativos, com poucas mudanças observadas no volume sistólico, na pressão da aurícula direita ou na pressão capilar. Em dose única diária ele possui um efeito seguro, por 24 horas, em pacientes com hipertensão e angina. Em ambas as indicações o bisoprolol é eficiente em até 90% dos casos. No total, 2.647 pacientes foram incluídos no estudo CIBIS II. 83% (n = 2.202) eram NYHA classe III e 17% (n = 445) eram NYHA classe IV. Possuíam insuficiência cardíaca sistólica sintomática estável (fração de ejeção < 35%, baseado em ecocardiografia). A mortalidade total foi reduzida de 17.3% para 11.8% (redução relativa de 34%). Foram observados diminuição na morte súbita (3.6% versus 6.3%, redução relativa de 44%) e número reduzido de episódios de insuficiência cardíaca que necessitassem de internação hospitalar (12% versus 17.6%, redução relativa de 36%). Finalmente, foi mostrada uma melhora significativa do status funcional de acordo com a classificação de NYHA. Durante a iniciação e titulação de bisoprolol, foram observadas internações hospitalares devidas a bradicardia (0.53%), hipotensão (0.23%), e descompensação aguda (4.97%), mas estas não foram mais freqüentes do que no grupo placebo (0%, 0.3% e 6.74%). O número de acidentes vasculares cerebrais fatais ou incapacitantes durante o período total do estudo foi de 20 no grupo bisoprolol, e 15 no grupo placebo. O estudo CIBIS III investigou 1.010 pacientes com idade 65 anos com insuficiência cardíaca crônica (ICC; NYHA classe II ou III) de leve a moderada, e fração de ejeção ventricular esquerda < 35%, que não houvessem recebido tratamento anterior com inibidores ECA, beta-bloqueadores ou bloqueadores de receptores de angiotensina. Houve uma tendência para uma maior freqüência de descompensação da insuficiência cardíaca quando bisoprolol foi utilizado incialmente nos primeiros 6 meses de tratamento. Não-inferioridade de bisoprolol-primeiro não foi observada na análise per-protocol, apesar das duas estratégias de tratamento terem demonstrado níveis equivalentes de redução do desfecho primário (morte ou hospitalização) ao final do estudo (32.4% no grupo bisoprolol-primeiro vs 33.1% no grupo enalapril-primeiro na análise per-protocol). O estudo demontrou que bisoprolol pode também ser utilizado em idosos com insuficiência cardíaca crônica leve a moderada Referências:
1. Lancaster SG, Sorkin EM. Bisoprolol: uma revisão preliminar de sua farmacodinâmica e propriedades
farmacocinéticas, e eficácia terapêutica na hipertensão e angina de peito. Drugs 1988; 36: 256-85.
2. Johns TE, Lopez LM. Bisoprolol: apenas outro beta-bloqueador para hipertensão ou angina? Ann
Pharmacother 1995; 29: 403-14.
3. CIBIS-II Investigators and Committees. Insuficiência Cardíaca – Bisoprolol Estudo II (CIBIS-II): um
estudo randomizado. Lancet 1999;<0} 353: 9-13.
4. Willenheimer R et al. Efeito na sobrevivência e hospitalização com o início de tratamento para
insuficiência cardíaca crônica com Bisoprolol seguido por Enalapril, quando comparado com a seqüência
oposta. Resultados do Estudo Bisoprolol na Insuficiência Cardíaca III (Cardiac Insuficiency Bisoprolol
Study – CIBIS III). Circulation, 2005; 112: 2426-2435 .