Modo de usar doxorrubicina

DOXORRUBICINA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de DOXORRUBICINA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com DOXORRUBICINA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Administração
Doxorrubicina não é ativa por via oral e não deve ser administrada por via intramuscular ou intratecal. Sua administração deve ser feita somente por injeção intravenosa ou, no caso de tratamento loco-regional de tumores, por infusão intra-arterial lenta ou por administração tópica intravesical por meio de um cateter. Cloridrato de doxorrubicina deve ser dissolvido em solução de cloreto de sódio a 0,9% ou em água estéril para injeções. A concentração recomendada é de 2 mg/ml. É recomendado que a administração por via intravenosa seja feita através do tubo de um equipo de infusão de cloreto de sódio a 0,9%, independentemente do gotejamento, após a verificação de que a agulha está corretamente na veia. Essa técnica diminui o risco de extravasamento perivenoso do medicamento e permite a lavagem da veia após a administração.
Se ocorrerem sinais ou sintomas de extravasamento, a injeção ou infusão deve ser imediatamente interrompida e a pele deve ser lavada copiosamente com água morna e sabão.
Se houver suspeita de extravasamento, a aplicação intermitente de gelo no local por 15 minutos, 4 vezes ao dia pode ser útil. O uso de luvas e vestuário próprio para proteção é recomendado durante a preparação e administração do fármaco.
No caso de terapia intravesical, cloridrato de doxorrubicina deverá ser dissolvido em água para injetável à temperatura ambiente; a concentração recomendada é de 1 mg/ml. Após a introdução do solvente, o conteúdo do frasco-ampola dissolver-se-á, agitando suavemente o frasco-ampola, sem inversão, dentro de 30 segundos. Tem sido demonstrado que a administração de uma dose única a cada três semanas reduz muito o efeito tóxico desagradável representado pelas mucosites; por outro lado, dividindo a dose em três dias sucessivos (20-25 mg/m2 em cada dia), consegue-se eficácia maior mesmo à custa de toxicidade mais elevada. A dose deve ser reduzida em pacientes que tenham sido tratados anteriormente com outros citotóxicos e em pacientes idosos. As regiões periuretrais devem ser completamente lavadas tanto durante a instilação como imediatamente após a eliminação da solução pela bexiga.
Os pacientes pediátricos e seus familiares e/ou cuidadores devem ser advertidos no sentido de prevenir o contato com a urina ou outro fluido corporal, utilizando luvas, por pelo menos 5 dias após cada tratamento.

Estabilidade das soluções reconstituídas
A solução reconstituída é quimicamente estável quando armazenada por até 7 dias à temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC) e em contato com luz artificial normal. De acordo com as Boas Práticas Farmacêuticas, é recomendado que a solução reconstituída seja armazenada entre 2°C e 8 ºC, protegida da luz e seja utilizada em 24 horas após a reconstituição.