Características farmacológicas estimoral

ESTIMORAL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de ESTIMORAL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com ESTIMORAL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Farmacodinâmica
O efeito de Estimoral® está baseado na ativação dos mecanismos específicos e não específicos de defesa do sistema imune das mucosas.
Após administração oral, os antígenos originários do tecido linfoide e intestinal proporcionam um aumento da imunidade específica em todas as mucosas. Adicionalmente, Estimoral®estimula vários mecanismos de defesa não específicos.
Estudos experimentais registraram os seguintes efeitos sobre o sistema imunológico específico e não específico:
-Aumento das células produtoras de IgA nas placas de Peyer;
-Aumento do IgA secretor na mucosa;
-Aumento de IgA específico no soro;
-Aumento da atividade fagocitária;
-Estimulação da ativação e proliferação dos linfócitos T (especialmente as células T-helper);
-Estimulação da produção das citocinas, como a gama interferona (no tecido linfoide associado ao brônquio e nos linfócitos mesentéricos), a interleucina-2 (nos linfonodos mesentéricos), a interleucina-5 e a interleucina-6 (no tecido linfoide associado ao brônquio);
-Diminuição da reação inflamatória pulmonar através da redução das concentrações dePMN-elastase.
As estruturas antigênicas contidas no Estimoral® são absorvidas pelo epitélio intestinal e agem sobre as células do sistema imunológico intestinal. Após o processamento dos antígenos, ocorre uma indução dos mecanismos de defesa de todo o sistema imune das mucosas, incluindo o trato brônquico.

Farmacocinética
Devido à composição complexa do produto, as propriedades farmacocinéticas não puderam ser investigadas em estudos ADME (Absorção, Distribuição, Metabolismo e Excreção) formais. Os resultados dos estudos farmacodinâmicos em animais, da cultura de tecidos humanos e de estudos clínicos posteriores dão suporte à absorção dos componentes do lisado bacteriano pelo epitélio intestinal e à sua exposição subsequente a células do GALT (tecido linfoide associado ao intestino). Após o processamento do lisado bacteriano, os mecanismos de defesa são estabelecidos no sistema imune comum das mucosas, incluindo a árvore brônquica.

Toxicidade
Os resultados dos estudos não clínicos de segurança farmacológica, toxicidade após múltiplas doses, genotoxicidade, potencial carcinogênico e toxicidade reprodutiva não demostraram riscos à saúde.
Toxicidade aguda:
Após a administração oral acima de 1500 mg/Kg do lisado bacteriano em ratos e camundongos, não foram observadas propriedades tóxicas nos ingredientes ativos.
Toxicidade subaguda:
Administração oral do lisado bacteriano em ratos e macacos durante um período de 28 dias de uma dosagem 972 vezes superior à terapêutica não demonstrou alterações nos parâmetros clínicos, químico-clínicos, hematológicos, morfológicos e histopatológicos.
Toxicidade crônica:
Estudos realizados em ratos e macacos com duração superior a 6 meses (utilizando dosagem 900 vezes superior à dose terapêutica) não demonstraram nenhum sinal de efeitos tóxicos. Toxicidade reprodutiva:
Estudos de toxicidade embrionária, teratogenicidade e fertilidade que foram realizados em ratos e coelhos não demonstraram nenhum achado anormal. Durante o estudo de toxicidade pré-natal e pós-natal, uma leve diminuição no tamanho da ninhada foi observada após a administração de dose alta (600vezes a dose terapêutica).

Mutagenicidade:
Resultados de 5 estudos in vitro e 1 estudo in vivo demonstraram que o lisado bacteriano não apresenta propriedades mutagênicas.