Resultados de eficácia femme com flúor

FEMME COM FLÚOR com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de FEMME COM FLÚOR têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com FEMME COM FLÚOR devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Ferro
Poucas mulheres possuem reservas de ferro para suprir as necessidades na gravidez. Os estudos demonstraram que a suplementação de ferro é uma maneira de compensar a conseqüência do déficit desse mineral.
Prezioli e colaboradores demonstraram que a prevalência de anemia caiu significamente durante o último trimestre da gravidez em um grupo de mulheres suplementado com ferro e permaneceu constante no grupo tratado com placebo. Três meses depois do parto, a prevalência de anemia era maior no grupo que recebeu placebo.
Em outro estudo, Eskeland e colaboradores concluiram que 27 mg de ferro elementar com um componente heme, ingerido diariamente durante a segunda metade da gravidez é suficiente para prevenir a depleção de ferro pós – parto que ocorre na maioria das mulheres.

Ácido fólico
Em 1993, um estudo caso-controle, observou que o risco relativo para o uso de polivitamínicos contendo 400 mcg de ácido fólico foi de 0,4 (IC95% 0,2-0,6) para ocorrência de Defeitos de Tubo Neural (DTN) no concepto, se comparado com o grupo que não fez suplementação no período periconcepcional. Também foi constatado um declínio dose-dependente da suplementação de ácido fólico para o risco de DTN, de acordo com o quintil de ingestão (P = 0,02). Os achados desse estudo permitiram determinar que doses diárias de ácido fólico no período periconcepcional reduzem o risco de DTN em aproximadamente 60%.
Em meta-análise realizada, buscou-se associação de fendas orais e suplementação com ácido fólico durante a gravidez. Em 5 estudos prospectivos analisados, o risco relativo para fendas labial e palatina foi de 0,51 (IC95% 0,32-0,95), para fenda palatina isolada o RR foi de 1,19 (IC95% 0,43-3,28) e para todas as combinações de fendas orais o RR foi de 0,55 (IC95% 0,32-0,95) nas gestantes que suplementaram ácido fólico. Em 12 estudos caso-controle analisados, o risco relativo para fendas labial e palatina foi de 0,77 (IC95% 0,65-0,90), para fenda palatina isolada o RR foi de 0,80 (IC95% 0,69-0,93) e para todas as combinações de fendas orais o RR foi de 0,78 (IC95% 0,71-0,85). Os achados dessa meta-análise confirmaram a hipótese de que o ácido fólico é eficaz na prevenção de fendas orais durante a gravidez.
Recentemente, em coorte com 34.480 gestações únicas de baixo risco, avaliou-se o efeito da suplementação de ácido fólico pré-concepcional por um ano ou mais nas taxas de parto prematuro. Em comparação às gestantes que não fizeram suplementação, o folato pré-concepcional esteve associado a redução de 70% no risco de parto prematuro entre 20 e 28 semanas (incidência de 0,27% versus 0,04%; razão de chances = 0,22; IC95% 0,08-0,61; P = 0,004) e de 50% no risco de parto prematuro entre 28 e 32 semanas (incidência de 0,38% versus 0,18%; razão de chances = 0,45; IC95% 0,24-0,83; P = 0,010). O risco de parto prematuro precoce foi inversamente proporcional à duração da suplementação de folato pré-concepcional.
O ácido fólico é utilizado e recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como preventivo dos Defeitos do Tubo Neural (DTN). O período recomendado e pelo menos três meses antes da concepção.

Vitamina A
Estudos indicam que a quantidade de vitamina A no leite materno está diretamente relacionada à ingestão materna diária. Suplementos de vitamina A podem aumentar as concentrações dessa vitamina no leite materno. A suplementação com vitamina A protege contra partos prematuros e também contra o risco de displasia pulmonar.

Vitamina C
O ácido ascórbico é essencial em grande número de processos químicos no organismo. Além da síntese de colágeno, o ácido ascórbico é necessário para a manutenção de várias estruturas vasculares. Por isso sua deficiência pode resultar no desenvolvimento de lesões placentárias como necrose da decídua basal marginal e infiltração da placenta, geralmente observada no descolamento prematuro de placenta. Estudo demonstrou que os níveis maternos e fetais de ácido ascórbico nos casos de descolamento prematuro de placenta foram considerados abaixo do normal. Wideman e Baird demonstraram que a incidência de rotura prematura de membranas ovulares e de parto prematuro são maiores em mulheres que apresentam baixos níveis plasmáticos de ácido ascórbico. Também foram encontrados baixos níveis de suprimento de ácido ascórbico fetal em pacientes com esse quadro.

Vitamina E
Estudo revelou que os níveis séricos maternos de vitamina E no parto eram significativamente mais baixos em mulheres que deram a luz a crianças de baixo peso que em mulheres com gravidez normal. Foi estabelecido que crianças prematuras podem desenvolver anemia hemolítica devido à deficiência de vitamina E. A suplementação da vitamina E está associada à aumento da resistência a hemólise de H2O2.

Vitamina B1
Vichai e colaboradores pesquisaram a condição de tiamina no sangue e cordão umbilical de 43 primigestas entre 6 e 12 horas antes do parto (dia 0) e nos dias 2, 4 e 12 após o parto. A atividade sanguínea total da transcetolase (ATCT) e o efeito do pirofosfato de tiamina (ETPP) foram determinados. Foi verificado que os recém-nascidos possuíam melhores condições de tiamina que as mães. Isso foi evidenciado por aumento significativo da ATCT e diminuição no ETPP. O aumento significativo no ETPP depois do parto indicou condição diminuída de tiamina nessas mães, fato que estava correlacionado a lactação e ingestão inadequada de tiamina.

Vitamina B2
A mulher durante a gestação e lactação precisa de uma quantidade maior de riboflavina. Estudo demonstrou que os níveis de riboflavina caem progressivamente durante a gravidez. A concentração de riboflavina no leite humano não é adequada às necessidades de prematuros, especialmente prematuros de muito baixo peso ao nascer. Essa concentração depende diretamente do nível de vitamina ingerida pela mãe. A suplementação durante a lactação é eficaz a fim de aumentar os níveis da riboflavina no leite materno.

Vitamina B6
A incidência de náuseas e vômitos na gravidez é alta, e apesar da sua etiologia não conhecida, parece que mais de um mecanismo está envolvido. As necessidades de piridoxina aumentam durante a gestação, mas baixas dosagens séricas não são observadas até o segundo ou terceiro trimestres da gestação.
No estudo de Sahakian e colaboradores a administração oral de 25mg/dia de vitamina B6 a cada 8 horas provocou melhora nas náuseas severas e reduziu significativamente os vômitos em todas as pacientes estudadas.
Estudos de Vtyavanich e colaboradores demonstraram melhora significante nas náuseas em pacientes que receberam piridoxina 30 mg/dia comparada ao placebo. A piridoxina reduziu significativamente o número de vômitos durante os três primeiros dias de tratamento.

Vitamina B12
A placenta pode funcionar como um depósito de determinadas vitaminas, além de ser um meio de transferência das mesmas para o feto. Para algumas vitaminas como B6 e B12, foi demonstrada grande capacidade de retenção pela placenta.8 A Vitamina B12 está envolvida na síntese do ácido fólico, que é muito importante na prevenção dos distúrbios do tubo neural.

Polivitaminicos e Poliminerais
Um estudo populacional, caso-controle foi realizado para avaliar os efeitos do uso de multivitaminas sobre o risco de defeitos no tubo neural, com 158 crianças com malformações e 3026 sem alterações. As mães que relataram o uso periconcepcional de multivitaminas tiveram risco 43% menor de terem bebês com defeitos no tubo neural do que as mães que relataram a não utilização.
Os efeitos da suplementação de vitaminas no conteúdo do leite materno foram estudados por Deodhar et al. A relação positiva entre a dieta e os níveis de vitaminas no leite de mulheres que estão amamentando foram feitas a partir de estudos transversais. A suplementação de vitamina oral foi administrada em mulheres que estavam entre o primeiro e o terceiro mês de lactação quando suas dietas eram extremamente inadequadas. Os efeitos benéficos foram obtidos em seis das nove mulheres estudadas, a suplementação foi inicialmente em baixos níveis aumentando gradativamente até níveis adicionais recomendados. Apesar do efeito benéfico, poucos estudos sugerem a suplementação prolongada.

Flúor
Os fluoretos são responsáveis por diminuir significantemente a frequência de cáries e também por prevenir e tratar a osteoporose, e proteger contra doenças degenerativas do sistema cardiovascular.
Na gravidez, o desenvolvimento da dentição inicia-se entre 10 e 12 semanas, e a dentição completa é formada e desenvolvida durante toda a gravidez. O flúor tem grande importância durante essa fase.