Advertências hydrea

HYDREA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de HYDREA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com HYDREA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



O tratamento com HYDREA não deve ser iniciado se a função da medula óssea estiver deprimida, ou seja, leucopenia (<2500 células/mm3) ou trombocitopenia (<100,000/mm3), ou anemia grave. HYDREA pode produzir supressão da medula óssea; a leucopenia é, em geral, a primeira e mais comum manifestação da depressão hematológica. Trombocitopenia e anemia ocorrem menos freqüentemente e são raramente observadas sem uma leucopenia precedente. A depressão da medula óssea ocorre mais provavelmente em pacientes que tenham sido submetidos anteriormente à radioterapia ou ao tratamento com agentes quimioterapêuticos citotóxicos; HYDREA deve ser usada com cautela nestes pacientes. A recuperação da mielodepressão é rápida quando o tratamento é interrompido.
A anemia grave deve ser corrigida antes do início do tratamento com HYDREA. Anormalidades eritrocíticas: eritropoiese megaloblástica, que é auto-limitante, é freqüentemente observada no início do tratamento com HYDREA. A alteração morfológica assemelha-se à encontrada na anemia perniciosa, porém não está relacionada à deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico. A macrocitose pode mascarar o desenvolvimento acidental da deficiência de ácido fólico; dessa maneira, a administração profilática de ácido fólico pode ser justificada. A hidroxiuréia também pode retardar o clearance de ferro plasmático e reduzir a proporção de ferro utilizada pelos eritrócitos, porém não parece alterar o tempo de sobrevida dos glóbulos vermelhos. Pacientes que tenham recebido radioterapia anterior podem sofrer exacerbação de eritema pós-irradiação quando tratados com HYDREA. Pancreatite fatal e não fatal ocorreu em pacientes HIV-positivos durante terapia com hidroxiuréia e didanosina, com ou sem estavudina. Hepatoxicidade e falência hepática resultando em morte foram relatadas durante a vigilância póscomercialização em pacientes HIV-positivos recebendo terapia com hidroxiuréia e outros agentes antiretrovirais. Eventos hepáticos fatais foram relatados mais freqüentemente em pacientes recebendo terapia combinada com hidroxiuréia, didanosina e estavudina. Essa combinação deve ser evitada. Neuropatia periférica, grave em alguns casos, foi relatada em pacientes HIV-positivos recebendo hidroxiuréia em combinação com agentes antiretrovirais, incluindo didanosina; com ou sem estavudina. (ver REAÇÕES ADVERSAS). Vasculite cutânea, incluindo ulcerações decorrentes da vasculite cutânea e gangrena, ocorreram em pacientes com desordens mieloproliferativas durante a terapia com hidroxiuréia.
Estas vasculites cutâneas foram relatadas mais freqüentemente nos pacientes com um histórico de, ou recebendo terapia concomitantemente com interferon. Devido aos resultados clínicos potencialmente graves das ulcerações decorrentes da vasculite cutânea relatadas em pacientes com doença mieloproliferativa, hidroxiuréia deve ser descontinuada se ulcerações decorrentes da vasculite cutânea se desenvolverem e agentes citorredutivos alternativos devem ser indicados. Os pacientes devem ser alertados para manterem uma ingestão adequada de líquidos.
Carcinogênese, Mutagênese e Comprometimento da Fertilidade
A hidroxiuréia é inequivocadamente genotóxico e um carcinógeno presumível que implica risco de carcinogenicidade para humanos. Em pacientes recebendo terapia com hidroxiuréia por longo período para desordens mieloproliferativas, como policitemia vera e trombocitemia, relatou-se leucemia secundária. Não se sabe se esse efeito leucemogênico é secundário à hidroxiuréia ou à doença de base do paciente. Câncer de pele também foi relatado em pacientes recebendo hidroxiuréia por longo período. Hidroxiuréia é mutagênico in vitro para bactérias, fungos, protozoários, e células de mamíferos. Hidroxiuréia é clastogênico in vitro (células de hamster, linfoblastos humanos) e in vivo (ensaio SCE em roedores, ensaio em micronúcleos de camundongos). Hidroxiuréia causa a transformação de células embrionárias de roedores em um fenótipo tumorigênico. Estudos convencionais de longa duração para avaliar o potencial carcinogênico de hidroxiuréia não foram realizados. No entanto, administração intraperitoneal de 125-250 mg/kg (cerca de 0,6-1,2 vezes a dose oral diária máxima recomendada para humanos, baseada em mg/m2) três vezes por semana por 6 meses a ratos fêmeas aumentou a incidência de tumores mamários em ratos sobrevivendo até 18 meses, comparada ao controle. Hidroxiuréia administrada a ratos machos a 60mg/kg/dia (cerca de 0,3 vezes a dose oral diária máxima recomendada para humanos, baseada em mg/m2) produziu atrofia testicular, diminuiu espermatogênese, e reduziu significativamente sua habilidade de fecundar as fêmeas.