Advertências implanon

IMPLANON com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de IMPLANON têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com IMPLANON devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Se qualquer dos fatores de risco/condições mencionados abaixo estiver presente, os benefícios do uso de progestagênios devem ser avaliados contra possíveis riscos para cada mulher individualmente e discutidos com ela antes da decisão de usar Implanon. No caso de agravamento, exacerbação ou ocorrência pela primeira vez de qualquer destas condições, a usuária deve contatar o médico. Ele deve então decidir se o uso de Implanon deverá ser descontinuado.
• O risco de câncer de mama aumenta, em geral, com a idade. Durante o uso de contraceptivos orais (CO) o risco de ter câncer de mama diagnosticado está levemente aumentado. Esse risco aumentado desaparece gradualmente em 10 anos após a descontinuação do uso de CO e não está relacionado à duração do uso, mas à idade da usuária quando utilizava o CO. O número esperado de casos diagnosticados por 10.000 mulheres que usam contraceptivos orais combinados (COC) (até 10 anos após a descontinuação do uso) em relação às que nunca usaram durante o mesmo período foi calculado para os respectivos grupos etários em: 4,5/4 (16–19 anos), 17,5/16 (20–24 anos), 48,7/44 (25–29 anos), 110/100 (30–34 anos), 180/160 (35– 39 anos) e 260/230 (40–44 anos). O risco em usuárias de métodos contraceptivos que somente contêm progestagênios é possivelmente de magnitude semelhante àquele associado com COC. Entretanto, para esses métodos, a evidência é menos conclusiva. Comparado ao risco de ter câncer de mama em algum momento da vida, o aumento do risco associado ao CO é baixo. Os casos de câncer de mama diagnosticados em usuárias de CO tendem a ser menos avançados que naquelas que não usaram CO. O aumento do risco observado nas usuárias de CO pode ser devido a diagnóstico precoce, a efeitos biológicos do CO ou à combinação dos dois. Uma vez que o efeito biológico dos hormônios não pode ser excluído, o estabelecimento individual do risco/benefício deve ser feito na mulher com câncer de mama preexistente e na mulher na qual o câncer de mama é diagnosticado enquanto usando Implanon.
• Uma vez que o efeito biológico dos progestagênios no câncer de fígado não pode ser excluído, o estabelecimento individual do risco/benefício deve ser feito na mulher com câncer de fígado.
• Investigações epidemiológicas associaram o uso de COC com maior incidência de tromboembolismo venoso (TEV, trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar). Embora a relevância clínica deste achado para etonogestrel (metabólito biologicamente ativo do desogestrel) usado como contraceptivo na ausência de componente estrogênico seja desconhecida, Implanon deve ser removido no caso de trombose. A remoção de Implanon deve também ser considerada em caso de imobilização prolongada devida à cirurgia ou doença. Mulheres com história de distúrbios tromboembólicos devem ser avisadas da possibilidade de recorrência.
• Embora os progestagênios possam apresentar efeito sobre a resistência à insulina e sobre a tolerância à glicose, não há evidência da necessidade de alterar o regime terapêutico em diabéticas usando contraceptivos só com progestagênios. Entretanto, mulheres diabéticas devem ser cuidadosamente observadas enquanto usarem contraceptivos só com progestagênios.
• A proteção com contraceptivos só com progestagênios tradicionais contra gravidez ectópica não é tão boa como com COC, o que tem sido associado à ocorrência frequente de ovulação durante o uso desses métodos. Apesar do fato de que o Implanon inibe a ovulação, a gravidez ectópica deve ser considerada no diagnóstico diferencial se a mulher apresenta amenorréia ou dor abdominal.
• Caso se desenvolva hipertensão persistente durante o uso de Implanon, ou se aumento significativo da pressão arterial não responder adequadamente à terapia anti-hipertensiva, deve- se considerar a descontinuação do uso de Implanon.
• Caso ocorram distúrbios crônicos ou agudos da função hepática a paciente deve ser encaminhada a um especialista para exame e aconselhamento.
• Cloasma pode ocorrer ocasionalmente, especialmente em mulheres com história de cloasma gravídico. Mulheres com tendência a cloasma devem evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta enquanto usarem Implanon.
• O efeito contraceptivo de Implanon está relacionado aos níveis plasmáticos de etonogestrel, que são inversamente proporcionais ao peso corpóreo, e decrescem com o tempo após a inserção. A experiência clínica com Implanon em mulheres com peso corpóreo elevado é limitada durante o terceiro ano de uso. Assim, não se pode excluir a possibilidade de que o efeito contraceptivo nessas mulheres durante o terceiro ano de uso seja menor que aquele em mulheres com peso normal. Desta forma, o médico deve considerar a substituição do implante em um prazo menor em mulheres com sobrepeso.
• As seguintes condições foram relatadas durante a gravidez e durante uso de esteroide sexual, mas a associação com o uso de progestagênios não foi estabelecida: icterícia e/ou prurido relacionado a colestase; formação de cálculo de vesícula; porfiria; lúpus eritematoso sistêmico; síndrome urêmica hemolítica; corea de Sydenham; herpes gestacional; perda da audição relacionada a otosclerose.
• A expulsão pode ocorrer especialmente se o implante não for inserido de acordo com as instruções do item Como usar Implanon, ou devido à inflamação local.
• Em raros casos, principalmente aqueles relacionados com inserção muito profunda (vide também “Como Inserir Implanon”) e/ou forças externas (ex. manipulação do implante ou esportes de contato), o implante pode migrar do local da inserção. Nestes casos a localização do implante pode ser mais difícil e a remoção pode requerer uma incisão maior (vide “Como Remover Implanon”). Caso Implanon não possa ser encontrado, a contracepção e o risco de reações adversas relacionadas à progesterona podem continuar além do período desejado pela mulher.

Consulta/exame médico – antes do início ou da reinserção do produto deve ser conhecida a história médica completa (incluindo história familiar) e excluída a presença de gravidez. Deve ser medida a pressão arterial e deve ser feito exame físico, considerando-se as contraindicações e as advertências. Recomenda-se que três meses após a inserção de Implanon a mulher retorne para exame médico. Durante esse exame, a pressão arterial deve ser medida e o médico deve ser informado sobre o estado da usuária, suas queixas ou ocorrências de efeitos indesejáveis. A frequência e a natureza dos próximos exames periódicos devem ser adaptadas individualmente com base no julgamento clínico. As mulheres devem ser informadas de que Implanon não protege contra HIV(AIDS) e outras doenças sexualmente transmissíveis.

Redução de eficácia – a eficácia de Implanon pode ser reduzida quando for usada medicação concomitante (veja Interações).

Alteração no padrão de sangramentovaginal – durante o uso de Implanon pode ocorrer sangramento vaginal mais frequente ou de duração mais longa em algumas mulheres, enquanto em outras o sangramento pode ser incidental ou totalmente ausente (aproximadamente em 1 a cada 5 mulheres). A aceitação do padrão de sangramento pode ser melhorada pelo uso de um diário de sangramento e aconselhamento cuidadoso às mulheres que escolheram Implanon. A avaliação do sangramento vaginal deve ser feita quando necessário e pode incluir exame que exclua patologia ginecológica ou presença de gravidez.

Desenvolvimento folicular – com todos os contraceptivos hormonais de baixa dose, o desenvolvimento folicular ocorre e ocasionalmente o folículo pode continuar o desenvolvimento além do tamanho que poderia atingir num ciclo normal. Geralmente, esses folículos aumentados desaparecem espontaneamente. Frequentemente são assintomáticos, em alguns casos estão associados à dor abdominal leve. Raramente requerem intervenção cirúrgica.