Características farmacológicas kanakion mm

KANAKION MM com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de KANAKION MM têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com KANAKION MM devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Farmacodinâmica
A vitamina K1, princípio ativo de Kanakion® MM pediátrico, é essencial para a formação da protrombina e dos fatores de coagulação VII, IX e X, como também dos inibidores da coagulação, proteína C e proteína S.
A vitamina K1 atravessa com dificuldade a barreira placentária e passa em pouca quantidade para o leite materno. A deficiência de vitamina K aumenta a tendência de hemorragias no recém-nascido. Os transtornos da coagulação e das hemorragias por carência de vitamina K1 podem ser revertidos com a administração da própria vitamina, a qual promove a síntese hepáticados fatores de coagulação.

Farmacocinética
A fim de solubilizar a vitamina K1 contida na solução de micelas mistas, foi utilizado um sistema coloidal fisiológico de lecitina e ácido biliar.

Absorção
A vitamina K1 é absorvida a partir do intestino delgado. A ausência de bile limita a absorção.

Distribuição
A vitamina K1 acumula-se predominantemente no fígado, liga-se em 90% às lipoproteínas e permanece no organismo por um curto período de tempo.

Metabolismo
A vitamina K1 se transforma em metabólitos mais polares, como por exemplo, a fitomenadiona-2,3-epóxido.

Eliminação
A vitamina K1 tem meia-vida de eliminação plasmática de 70 horas. É excretada com a bile e urina na forma de glicuronídeos e sulfoconjugados.

Farmacocinética da vitamina K de micelas mistas por via oral vs via intravenosa na profilaxia em populações especiais

Lactentes com doença hepática colestática
Um estudo randomizado com 44 crianças portadoras de doença colestáticas de até 26 semanas de idade comparou a farmacocinética da vitamina K micelas mistas na dose profilática de 2 mg via oralversus 1 mg intravenoso.
Os principais desfechos foram as concentrações séri cas de vitamina K1 e protrombina descarboxilada (PIVKA-II),medidas antes e por até 4 dias após uma dose única de vitamina K1 micelas mistas 1 mg por via intravenosa ou 2 mg por via oral. Uma comparação foi feita também entre os níveis de vitamina K1 após 24 horas da administração oral nesses lactentes e 14 recém-nascidos saudáveis, que receberam a mesma dose.
As concentrações séricas medianas de vitamina K 1na linha de base foram semelhantes (0,92 vs 1,15 ng / mL) nos grupos oral e intravenoso, aumentando cerca de 100 vezes seis horas após a administração intravenosa de vit amina K1quando comparado com a administração por via oral (139 ng / mL vs 1,4 ng / mL). Além disso, no grupo de administração oral em crianças colestáticas, o baixo valor da mediana e uma ampla variação nos níveis de vitamina K 1sérica foram desfavoráveis em relação aos níveis mais elevados observados em crianças saudáveis tratadas com a mesma dose oral. O estudo sugeriu uma absorção intestinal deficiente e irregular em crianças com colestase. A gravidade da má absorção foi tal que apenas 17% alcançou um aumento incremental no soro de vitamina K1> 10 ng / mL.