Reações adversas miocoron

MIOCORON com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de MIOCORON têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com MIOCORON devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Reações adversas têm sido muito comuns em praticamente todas as séries de pacientes tratados com amiodarona devido a arritmias ventriculares, ocorrendo com grandes doses da droga (400 mg/dia) em cerca de 314 de todos os pacientes e determinando descontinuação em 7 a 18% dos pacientes.
As reações mais graves da droga são a toxicidade pulmonar, exacerbação de arritmia e raramente lesão hepática grave (vide item Precauções). Contudo outras reações adversas constituem problemas importantes, que são frequentemente reversíveis com a redução da dose e praticamente sempre reversíveis com a suspensão do tratamento com amiodarona. A maioria das reações adversas mostra-se mais frequente com a continuação do tratamento por mais que 6 meses.
Problemas neurológicos são extremamente comuns, ocorrendo em 20 a 40% dos pacientes e incluem, mal-estar e fadiga, tremores e movimentos involuntários, coordenação fraca e neuropatia periférica; eles raramente são uma reação para suspensão terapêutica e podem responder à redução da dose. Reações gastrointestinais mais comuns são náuseas, vômitos, constipação e anorexia, ocorrendo em cerca de 25% dos pacientes, contudo raramente requerem descontinuação da droga. As reações comumente ocorrem durante a administração de doses elevadas (isto é, dose de ataque) e frequentemente respondem a redução da dose ou fracionamento da posologia.
Microdepósitos em córnea, assintomáticos, estão presentes em praticamente todos os pacientes adultos que têm usado a droga por mais que 6 meses. Alguns pacientes desenvolvem sintomas de halo ocular, fotofobia e olhos secos. A visão raramente é comprometida e a droga raramente necessita de ser descontinuada. Reações dermatológicas ocorrem em cerca de 15% dos pacientes com existência, mais frequente, de fotossensibilidade (cerca de 10%). Filtro solar e proteção da exposição solar pode ser útil, não sendo necessária a descontinuação da droga. Exposição prolongada à amiodarona ocasionalmente resulta em pigmentação azul-grisácea. Ela é lenta, ocasional e incompletamente reversível com a descontinuação da droga. Porém, é somente de importância cosmética.
Reações adversas cardiovasculares, além da exacerbação das arritmias, incluem ocorrência incomum de insuficiência cardíaca congestiva (3%) e bradicardia. A bradicardia frequentemente responde à redução da dose mas pode ser necessário marca-passo para seu controle. Insuficiência cardíaca congestiva raramente requer descontinuação da droga. Anormalidades da condução cardíaca ocorrem esporadicamente, sendo reversíveis com a descontinuação da droga.
Os seguintes efeitos colaterais foram citados em 10 a 33% dos pacientes:

Gastrointestinal: Náuseas e vômitos.
Os seguintes efeitos colaterais foram relatados, cada um, em 4 a 9% dos pacientes:
Dermatológico: dermatite solar/fotossensibilidade
Neurológicos: mal estar, fadiga, tremores/ movimentos involuntários anormais, deficiência de coordenação, marcha anormal/ataxia, tonteiras, parestesia
Gastrointestinais: constipação, anorexia.
Oftalmológico: distúrbios visuais.
Hepática: testes da função hepática anormal.
Respiratórios: inflamação pulmonar ou fibrose.
Os seguintes efeitos colaterais foram relatados, cada um, em menos que 1% dos pacientes: mancha cutânea azul, rash, equimoses espontâneas, alopecia, hipotensão, anormalidades da condução cardíaca.
Ocorrência rara de hepatite e cirrose têm sido citadas em pacientes usando amiodarona.
Testes laboratoriais: Elevação nos níveis das enzimas hepática (SGOT e SGPT) pode ocorrer. Se a elevação for muito intensa ou surgir hepatomegalia recomenda-se reduzir a dose ou interromper o tratamento.