Resultados de eficácia norestin

NORESTIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de NORESTIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com NORESTIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Em humanos, a noretisterona provou ser um inibidor altamente efetivo da ovulação. 1 O contraceptivo oral noretisterona previne a concepção através da supressão da ovulação em aproximadamente metade das usuárias, do espessamento do muco cervical para inibir a penetração do esperma, da diminuição do ciclo médio do hormônio luteinizante e de picos hormonais de estimulação folicular, da diminuição do movimento do óvulo pelas trompas de falópio, e afetando adversamente a implantação por alteração do endométrio.2
Se usados perfeitamente, a taxa de falha no primeiro ano para contraceptivos orais à base de progestagênios é de somente 5%. No entanto, a taxa de falha típica é estimada como próxima a 5%, devido a pílulas atrasadas ou omitidas. A tabela 1 lista as taxas de gravidez para usuárias de todos os principais métodos de contracepção. 3

Tabela 1: Porcentagem de mulheres experienciando uma gravidez indesejada durante o primeiro ano de uso típico e o primeiro ano de uso perfeito de contraceptivos e a porcentagem continuando o uso ao final do primeiro ano. Estados Unidos.

Método

% de mulheres experienciando uma

gravidez indesejada dentro do primeiro ano de uso

% de mulheres continuando o uso no 1º ano3

Uso típico1

 

Uso perfeito2

 

 

 

Sem uso de método contraceptivo4

85

85

 

Espermecidas5

26

6

40

Abstinência periódica

Tabelinha (Ogino-Knaus)

Método de ovulação

Sintotérmico

Pós-ovulação

25

 

 

 

 

 

9

3

2

1

63

 

 

 

 

Capuz cervical

Mulheres com paridade

Mulheres nuligestas

 

40

20

 

26

9

42

56

Esponja cervical

Mulheres com paridade

Mulheres nuligestas

 

40

20

 

20

9

42

56

Diafragma

20

6

56

Coito interrompido

19

4

 

Preservativo

Feminino

Masculino

 

21

14

 

5

3

 56

61

Pílula

Progestagênio somente

Combinada

5

 

 

 

0,5

0,1

 

Dispositivo intrauterino

Cobre T380A

Sistema intrauterino de

liberação hormonal –

levonorgestrel 20 mcg/dia

 

0,8

0,1

 

 

 

0,6

0,1

 

 

 78

81

 

Depo-Provera®

0,3

0,3

70

Norplant® e Norplant-2®

0,05

0,05

88

Esterilização feminina

0,5

0,5

100

Esterilização masculina

0,15

0,10

100


Fonte: referência 1

1Dentre os casais típicos que iniciam o uso de um método (não necessariamente pela primeira vez), a porcentagem daqueles que experienciam uma gravidez acidental durante o primeiro ano se eles não pararam o uso por qualquer outra razão.
2Dentre os casais que iniciaram o uso de um método (não necessariamente pela primeira vez) e aqueles que o usaram perfeitamente (ambos consistente e corretamente), a porcentagem daqueles que experienciaram uma gravidez acidental durante o primeiro ano se eles não pararam o uso por nenhuma outra razão.
3Dentre os casais tentando evitar gravidez, a porcentagem que continuou a usar o método por 1 ano.
4As porcentagens em mulheres experienciando uma gravidez não pretendida dentro do primeiro ano de uso foram baseadas em dados de população onde a contracepção não é usada e de mulheres que cessaram o uso de contracepção com o intuito de engravidarem. Dentre estas populações, cerca de 89% engravidaram dentro de 1 ano. Esta estimativa diminuiu levemente (para 85%) para representar a porcentagem que iria engravidar dentro de 1 ano dentre as mulheres agora contando com métodos reversíveis de contracepção se elas abandonassem a contracepção como um todo.
5Espuma, cremes, géis, supositórios vaginais, e filme vaginal.
6Método do muco cervical (ovulação) suplementado por calendário na fase pré-ovulatória e temperatura basal corporal na fase pós-ovulatória.
7Com creme ou geleia espermicida.
8Sem espermicidas.

A eficácia de noretisterona como um contraceptivo oral foi avaliada em 2.925 pacientes em um estudo clínico de noretisterona 0,35 mg administrado diariamente. Um total de 1.801 pacientes completaram 6 meses de terapia, 1.380 pacientes completaram 12 meses, 828 completaram 18 meses, 203 pacientes completaram 24 meses, e 24 pacientes completaram 30 meses de terapia.
Durante o total de 26.713 meses de terapia, 52 casos de gravidez foram registrados (taxa de gravidez de 2,34 por 100 mulheres-ano). Destes, 26 casos de gravidez foram relatadas como associadas ao uso incorreto dos comprimidos. Os 26 casos de gravidez restantes foram relatados como associados à falha do método (taxa de gravidez de 1,17 por 100 mulheres-ano).

As taxas cumulativas de gravidez para este estudo estão mostradas na Tabela 2.

Meses de terapia Meses de uso Falha do método Uso incorreto dos comprimidos
n(%) pacientes
1 2.925 0 1 (0,41)
2 5.705 0 1 (0,21)
3 8.231 1 (0,15) 6 (0,87)
4 10.475 2 (0,23) 7 (0,80)
5 12.505 5 (0,48) 10 (0,96)
6 14.305 6 (0,50) 11 (0,92)
7 15.905 9 (0,68) 11 (0,83)
8 17.324 9 (0,63) 12 (0,84)
9 18.593 12 (0,77) 13 (0,84)
10 19.681 14 (0,85) 14 (0,85)
11 20.634 15 (0,87) 15 (0,87)
12 21.465 17 (0,95) 15 (0,84)
13 22.181 18 (0,97) 17 (0,92)
14 22.790 20 (1,05) 17 (0,90)
15 23.338 22 (1,13) 18 (0,93)
16 23.831 25 (1,26) 19 (0,96)
17 24.270 25 (1,24) 23 (1,14)
18 24.649 26 (1,27) 25 (1,22)
19 24.982 26 (1,25) 25 (1,20)
20 25.281 26 (1,23) 26 (1,23)
21 25.554 26 (1,22) 26 (1,22)
22 25.803 26 (1,21) 26 (1,21)
23 26.027 26 (1,20) 26 (1,20)
24 26.230 26 (1,19) 26 (1,19)
25 26.394 26 (1,18) 26 (1,18)
26 26.495 26 (1,18) 26 (1,18)
27 26.559 26 (1,17) 26 (1,17)
28 26.597 26 (1,17) 26 (1,17)
29 26.713 26 (1,17) 26 (1,17)


Tabela 2: Taxa cumulativa de gravidez. Estudo clínico com 30 meses com noretisterona.

Referências bibliográficas
1Rudel HW, Kincl FA. The biology of anti-fertility steroids. Acta Endocrinol (Copenh). 1966;51(Suppl105):1-45.
2ORTHO MICRONOR® Tablets (norethindrone). United States Patient Information. June 2008.
3Trussel J. Contraceptive efficacy. In Hatcher RA, Trussel J, Stewart F, Cates W, Stewart GK, Kowal D, Guest F. (1998). Contraceptive Technology: Seventeenth Revised Edition. New York NY: Ardent Media, Inc. p. 216-221, 405, 408, 785. Doc ID EDMS-USRA-4040755.