Características farmacológicas olcadil

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Características farmacológicas
Grupo farmacoterapêutico: ansiolíticos (código ATC: N05B A22).
– Mecanismo de ação
A partir de um grande número de investigações eletrofisiológicas, sabe-se que os benzodiazepínicos potencializam as ações do neurotransmissor ácido gama-aminobutírico (GABA) no seu receptor. Acredita-se que os benzodiazepínicos produzam seus efeitos evidentes modulando o sistema GABA no cérebro, já que este efeito de reforço GABA foi encontrado em vários sistemas biológicos diferentes.
– Propriedades farmacodinâmicas
Em experimentos com animais Olcadil® exerce efeitos tranquilizantes, anticonvulsivos e de habituação. Investigações neurofisiológicas indicam que as propriedades tranquilizante e anticonvulsivante são devido a uma ação inibitória de Olcadil® no sistema límbico e do hipotálamo; a sedação (inibição do sistema de alerta) é menos pronunciada. Olcadil® apresenta um efeito relaxante muscular menos pronunciado que os tranquilizantes menores adotados como padrão. No homem, as doses terapêuticas de Olcadil® produzem alívio principalmente da ansiedade, do medo, da inquietude, da tensão, da agitação, dos sintomas depressivos e de vários tipos de insônia, não causando de modo geral, sonolência ou ataxia. Olcadil® tem propriedades tranquilizante e anticonvulsivante. Os estudos neurofisiológicos demonstraram que estes dois efeitos são devidos à inibição do sistema límbico e do hipotálamo, os efeitos sedativos (inibição do sistema de alerta) são menos acentuados. Olcadil® tem um efeito relaxante muscular menor em comparação com tranquilizantes clássicos. Em doses terapêuticas, Olcadil® elimina principalmente a ansiedade, tensão e vários tipos de insônia, geralmente sem causar sonolência ou ataxia.
– Propriedades farmacocinéticas
Absorção
O cloxazolam é rapidamente absorvido após a administração oral de 14C- Olcadil® em humanos e cerca de 50% da droga marcada radioativamente foi excretada na urina. Os estudos de radioatividade realizados em animais confirmaram que mais de 75% da droga é absorvida após a administração oral. O pico de concentração plasmática do metabólito ativo (CND) ocorre entre 2 e 3 horas após a dose Olcadil®, indicando que a droga sofre rápido metabolismo.
– Metabolismo
Duas vias foram identificadas no rápido metabolismo de cloxazolam. A primeira via leva à hidroxilação da droga e, posteriormente, resulta na formação de cloro-N-desmetil diazepam (CND). Este derivado hidróxi é então parcialmente glicuronizado e eliminado na bile. A segunda via leva à formação de derivado amino-benzofenona que sofre conjugação após a clivagem do núcleo diazepínico e, posteriormente, é hidroxilado. O cloxazolam é rapidamente metabolizado em seu principal metabólito ativo, clordesmetil diazepam (CND), resultando em um nível mensurável baixo do fármaco inalterado no plasma. O metabólito ativo (CND) tem cerca de 1.000 vezes mais afinidade ao receptor benzodiazepínico que o cloxazolam.
– Distribuição
A concentração plasmática máxima do metabolito ativo (CND) atinge 7,79 ± 1,6 ng/mL após a administração oral única de 2 mg cloxazolam. Após três vezes a administração diária de 1 mg de cloxazolam, as concentrações de estado de equilíbrio são atingidas em 8 a 10 dias. As concentrações plasmáticas do metabólito ativo no platô variam entre 24-26 ng/mL.
A ligação de cloxazolam e seu metabólito ativo, CND, às proteínas plasmáticas, é de 96% e 94%, respectivamente. Passagem para o leite Os dados disponíveis em animais demonstraram que cloxazolam é excretado no leite de ratas. A extrapolação dos resultados em ratos para o homem indica que o lactente pode receber no máximo 0,1% da dose do adulto, quando a mãe está em tratamento com cloxazolam. No entanto, não se pode excluir o risco para o lactente (veja “Gravidez e Lactação”).
– Eliminação
O fármaco é excretado principalmente por via biliar e apenas uma pequena porcentagem da dose (cerca de 18%) é eliminada por via renal. O metabólito ativo, CND, é eliminado em um padrão biexponencial com uma meia vida de eliminação lenta de cerca de 66 horas. A administração crônica de cloxazolam indica que não há acúmulo da droga e que não há impacto sobre o seu próprio metabolismo.
– Populações especiais
Pacientes pediátricos
A farmacocinética de Olcadil® não foi estudada nessa população.
– Pacientes com disfunção hepática
O principal metabólito ativo de Olcadil® (CND) foi administrado por via oral a 6 pacientes com disfunção hepática e por via intravenosa a 2 pacientes com disfunção hepática. Há uma grande variabilidade nos dados, mas a maioria dos pacientes com doença hepática mostrou depuração total de CND mais lenta e meia-vida de eliminação prolongada. Embora esses dados tenham sido obtidos após a administração do principal metabólito ativo de Olcadil®, deve-se ter cautela ao administrar Olcadil® nesta população.
– Pacientes com disfunção renal
A farmacocinética de Olcadil® não foi estudada nessa população, mas a meia-vida de eliminação pode ser aumentada e, portanto, deve-se ter cautela ao administrar Olcadil® nesta população.
– Dados de segurança pré-clínica
Estudos agudos, subcrônicos e crônicos em roedores e cães demonstraram que cloxazolam tem um baixo grau de toxicidade. A administração de cloxazolam em ratos não demonstrou efeito na fertilidade masculina ou feminina e não houve indicação de efeitos teratogênicos em camundongos, ratas e coelhas grávidas. A diminuição da sobrevida perinatal em ratos foi atribuída ao efeito tranquilizante de cloxazolam sobre a mãe durante o parto e o período pós-natal precoce, uma vez que não se observou nenhum efeito na sobrevivência da prole quando o tratamento foi interrompido antes do parto. Estudos pré-clínicos com cloxazolam não demonstraram indicação de potencial mutagênico ou carcinogênico.