Contra-indicações prandin

CONTRA- PRANDIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de CONTRA- PRANDIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com CONTRA- PRANDIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Prandin® não deve ser usado nos seguintes casos:
-Reconhecida hipersensibilidade à repaglinida ou a quaisquer dos excipientes do Prandin®
-Diabetes do Tipo 1 (diabetes mellitus insulinodependente: DMID), peptídeo C negativo
-Cetoacidose diabética, com ou sem coma
-Gravidez e lactação
-Crianças com menos de 12 anos
-Disfunções hepáticas graves

PRECAUÇÕES OU CUIDADOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS

Gerais
A repaglinida deve ser prescrita apenas se não ocorrer o controle da glicemia e se os sintomas de diabetes persistirem apesar das tentativas com dieta, exercícios e redução de peso.
A repaglinida, assim como outros secretagogos da insulina, é capaz de causar hipoglicemia.
Em muitos pacientes tal efeito diminui ao longo do tempo, possivelmente em decorrência da progressão da gravidade do diabetes ou da diminuição da resposta ao produto. Esse fenômeno é conhecido como falha secundária, que se diferencia da falha primária caracterizada pela ineficácia do fármaco especificamente quando administrado pela primeira vez a um paciente. Antes de se classificar a res- posta do paciente como falha secundária, devem ser avaliados o ajuste posológico e a adesão à dieta e ao exercício.
A repaglinida age através de um sítio distinto de ligação, desenvolvendo ação de curta duração sobre as células beta. O uso de repaglinida em caso de falha secundária de secretagogos de insulina não foi investigado em ensaios clínicos.
A associação da repaglinida com outros secretagogos de insulina e acarbose, bem como à insulina ou tiazolidenodionas, não foi investigada mediante a realização de ensaios clínicos.
O tratamento combinado com metformina está associado a um possível aumento do risco de hipoglicemia. Pode ocorrer perda do controle glicêmico quando um paciente estabilizado pelo uso de qualquer agente hipoglicemiante oral é exposto a estresse, tal como febre, trauma, infecção ou cirurgia ou em casos de problemas hepáticos ou renais. Em tais ocasiões, pode ser necessário descontinuar o trata- mento com repaglinida e administrar temporariamente insulina.
O uso concomitante de genfibrozila e repaglinida deve ser evitado. Entretanto, se for considerada necessária a combinação, os níveis de glicose sanguínea deverão ser cuidadosamente monitorados, uma vez que pode ser necessário diminuir a dose de repaglinida.

Grupos específicos de pacientes
Não foram realizados ensaios clínicos em pacientes com deficiência na função hepática, em crianças e adolescentes com menos de 18 anos e em pacientes com mais de 75 anos de idade. Portanto, o tratamento não é recomendado para estes grupos de pacientes.

Gestação e lactação
Não há estudos sobre o uso de repaglinida em mulheres grávidas ou lactantes.
Os estudos pré-clínicos demonstraram que a repaglinida não é teratogênica. Entretanto, ratos expostos a níveis elevados da repaglinida no último estágio de gravidez e durante o período de lactação apresentaram embriotoxicidade, desenvolvimento anormal dos membros em fetos e em filhotes recém-nascidos. A repaglinida foi detectada no leite de animais de experimento. Portanto, deve-se evitar o uso de repaglinida durante a gravidez e lactação.

Efeitos na habilidade para dirigir e usar máquinas
Os pacientes devem se precaver contra a hipoglicemia ao dirigir. Isto é particularmente importante para os pacientes que não apresentam sinais perceptíveis de hipoglicemia e nos que apresentam sinais leves ou sofrem frequentes episódios de hipoglicemia. Deve-se considerar com precaução o ato de dirigir em tais circunstâncias.
Interações medicamentosas
Sabe-se que vários fármacos influenciam o metabolismo da glicose, por- tanto possíveis interações devem ser consideradas pelo médico.
As substâncias a seguir podem aumentar e/ou prolongar o efeito hipoglicemiante da repaglinida: genfibrozila, claritromicina, itraconazol, cetoconazol, outros agentes antidiabéticos, inibidores da monoaminooxidase (IMAO), agentes betabloqueadores não-seletivos, inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA), salicilatos, anti-inflamatórios não- esteróides (AINES), octreotídeo, álcool e esteróides anabólicos.
A co-administração de genfibrozila, um inibidor do CYP2C8, aumentou a AUC da repaglinida em 8,1 vezes e a Cmax em 2,4 vezes em voluntários sadios. A meia-vida foi prolongada de 1,3 horas para 3,7 horas, e a concentração da repaglinida no plasma de 7 horas foi aumentada em 28,6 vezes pela genfibrozila.
As substâncias a seguir podem reduzir o efeito hipoglicemiante da repaglinida: contraceptivos orais, tiazidas, corticosteróides, danazol, hormônios tireoideanos e simpatomiméticos.

Os agentes betabloqueadores podem mascarar os sintomas de hipoglicemia.
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Quando da administração ou suspensão desses medicamentos a pacientes submetidos ao tratamento com repaglinida, o paciente deve ser rigorosa- mente observado quanto a alterações no controle glicêmico.
A repaglinida, quando administrada aos voluntários sadios, não apresentou efeito clinicamente importante sobre os parâmetros farmacocinéticos da digoxina, teofilina ou varfarina no estado de equilíbrio, portanto não é necessário o ajuste posológico destes compostos durante sua co-administração com a repaglinida.
A co-administração de outros compo- nentes que são metabolizados pelo CYP3A4, tais como cimetidina, nifedipino e estrógeno, não alterou significativamente a absorção e disposição da repaglinida durante múltiplas doses em indivíduos saudáveis.
Em um estudo de interação com voluntários sadios, a sinvastatina não alterou a exposição da repaglinida. Entretanto, a Cmax aumentou em 25% com uma alta variabilidade (95% CL 0,95 – 1,68). A relevância clínica desta constatação não está clara. Em um estudo de interação com voluntários sadios, a rifampicina reduziu a área sob a curva – (AUC) em 25%. A relevância clínica desta constatação não está clara.
Tem-se estudado em indivíduos sadios o efeito do cetoconazol, um protótipo de potentes e competitivos inibidores do CYP3A4, na farmacocinética da repaglinida. A co-administração de 200 mg de cetoconazol aumentou a AUC em 15% e a Cmax em 16% para a repaglinida.
A co-administração de 100 mg de itraconazol também foi estudada em voluntários sadios, e aumentou a AUC em 40%. Nenhum efeito significativo no nível de glicose foi obsevado em voluntários sadios.
Em um estudo de interação em voluntários sadios, a co-administração de 250 mg de claritromicina, um inibidor do mecanismo-base do CYP3A4, aumentou a AUC da repaglinida em 40% e a Cmax em 67%; A AUC média incremental da insulina no soro aumentou em 51% e a concentração máxima em 61%. O mecanismo exato desta interação não está claro. Devem ser consideradas potenciais interações quando a repaglinida é usada conjuntamente com outras drogas que sejam secretadas principal- mente pela bile, como é o caso da repaglinida.