Resultados de eficácia pravacol

PRAVACOL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de PRAVACOL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com PRAVACOL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



A pravastatina é altamente eficaz na redução do C-total, LDL-C, TG em pacientes com formas de hipercolesterolemia heterozigótica familiar, combinada familiar e não-familiar (não-FH) e dislipidemia mista. A resposta terapêutica é evidenciada em uma semana e a resposta máxima normalmente é conseguida dentro de 4 semanas. O efeito é mantido durante períodos extensos de terapia. Uma única dose diária administrada à noite é tão efetiva quanto a mesma dose total diária administrada duas vezes ao dia. Em estudos multicêntricos, duplo-cegos, controlados por placebo, de pacientes com hipercolesterolemia primária, o tratamento com a pravastatina diminuiu significativamente as proporções entre C-total, LDL-C e C -Total/HDL-C e LDL-C/HDL-C, diminuiu o VLDL-C e os níveis de TG plasmáticos, e aumentou os de HDL-C. Se administrada uma ou duas vezes por dia, uma clara relação dose-resposta (i.e., redutora de lipídios) aparece por volta de 1 a 2 semanas após o início do tratamento.
Estudo Primário de Hipercolesterolemia Dose-Resposta de PRAVACOL* Administração única ao dia ao deitar
Dose C-total LDL-C HDL-C TG 5 mg -14% -19% 5% -14% 10 mg -16% -22% 7% -15% 20 mg -24% -32% 2% -11% 40 mg -25% -34% 12% -24% * Alteração percentual a partir da linha basal após 8 semanas Em uma análise conjunta de dois estudos multicêntricos, duplo-cegos, placebo controlados em pacientes com hipercolesterolemia primária, o tratamento com pravastatina a uma dose diária de 80 mg aumentou o HDL-C e diminuiu significativamente o C- total, LDL-C e TG a partir dos valores basais após 6 semanas. Os resultados de eficácia dos estudos individuais foram consistentes com os dados agrupados. As alterações percentuais médias a partir dos valores basais após 6 semanas de tratamento foram: C-total (-27%), LDL-C (-37%), HDL-C (+3%) e TG (-19%).
Progressão da doença aterosclerótica e eventos cardiovasculares
A monoterapia com pravastatina foi eficaz na redução da progressão da aterosclerose e dos índices de eventos cardiovasculares em dois estudos controlados com pacientes apresentando hipercolesterolemia moderada e doença cardiovascular aterosclerótica.
O ESTUDO DA LIMITAÇÃO DA ATEROSCLEROSE NAS ARTÉRIAS CORONÁRIAS PELA PRAVASTATINA (PLAC I) teve duração de três anos e foi randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, multicêntrico, que incluiu 408 pacientes com hipercolesterolemia moderada (taxa basal média de LDL-C = 163 mg/dL, C-total = 231 mg/dL) e doença da artéria coronária. A monoterapia com a pravastatina resultou em velocidade significativamente reduzida de estreitamento do lúmen da artéria coronária, como demonstrou a angiografia quantitativa. Em análise prospectivamente planejada dos eventos clínicos 90 dias após o início da terapia para possibilitar o efeito redutor máximo de lipídios, o tratamento com a pravastatina resultou em redução de 74% do índice de infartos do miocárdio (fatais e não-fatais; p=0,006) e de 62% do objetivo combinado de infarto do miocárdio não-fatal e mortes por todas as causas (p=0,02). Considerando-se a duração total do estudo, o índice de infarto do miocárdio fatal e não-fatal foi reduzido em 60% (p=0,0498).
O ESTUDO DA LIMITAÇÃO DA ATEROSCLEROSE NAS ARTÉRIAS CARÓTIDAS COM A PRAVASTATINA (PLAC II) foi um estudo randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, que incluiu 151 pacientes com hipercolesterolemia moderada (taxa basal média de LDLC= 164 mg/dl; C-total = 234 mg/dL) e com aterosclerose da coronária e carótida. A pravastatina reduziu significativamente a velocidade de progressão da aterosclerose na artéria carótida comum, como demonstrado através de ultra-som Modo-B. Uma redução de 80% do índice de infartos do miocárdio (fatais e não-fatais; p=0,018) e de 61% do objetivo combinado de infarto do miocárdio não-fatal e mortes por todas as causas (p=0,049) também foram observadas entre os pacientes tratados com a pravastatina. Na análise dos eventos clínicos cardiovasculares somados dos estudos PLAC I e II, o tratamento com a pravastatina foi associado com uma redução de 67% da taxa de infartos do miocárdio (fatais e não-fatais; p=0,003) e de 55% do objetivo combinado de infarto do miocárdio não-fatal e mortes por todas as causas (p=0,009).
Prevenção da doença arterial coronariana
PRAVACOL (pravastatina sódica) é eficaz na redução do risco de doença arterial coronariana (DAC), morte por infarto do miocárdio fatal e morte súbita além de infarto do miocárdio não-fatal e aumento da sobrevida em pacientes hipercolesterolêmicos sem infarto do miocárdio prévio. O estudo realizado na região oeste da Escócia (WOS – West of Scotland Study) foi randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, com 6.595 pacientes do sexo masculino (com 45 a 66 anos) apresentando hipercolesterolemia moderada a grave (LDL-C = 156 – 254 mg/dL [4 – 6,6 mmol/L]), sem infarto do miocárdio prévio. Os pacientes foram tratados com os cuidados-padrão, incluindo recomendações sobre a dieta, e com a pravastatina (n=3.302) ou placebo (n=3.293) por um período médio de 4,8 anos.
O estudo foi planejado para avaliar o efeito da pravastatina sobre a doença arterial coronariana (DAC) fatal ou nãofatal. A pravastatina reduziu de forma significativa o risco de morte por doença arterial coronariana e o infarto do miocárdio não-fatal em 31% (p=0,0001). O efeito sobre estas taxas cumulativas de eventos cardiovasculares foi evidente desde o início, com 6 meses de tratamento. Esta redução foi similar e significativa em toda a faixa de níveis de colesterol LDL e para todos os grupos de idade estudados. Observou-se redução significativa de 32% (p=0,03) no total de mortes cardiovasculares. Quando ajustado em relação aos fatores basais de risco, foi observado também redução de 24% (p=0,039) da mortalidade global entre os pacientes tratados com pravastatina. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os grupos de tratamento de mortalidade não-cardiovascular, incluindo morte por câncer. A pravastatina também diminuiu o risco dos procedimentos de revascularização do miocárdio (cirurgia de implante coronariano ou angioplastia coronariana) em 37% (p=0,009) e a necessidade de angiografia coronariana em 31% (p=0,007).
Doença Cardiovascular
PRAVACOL é efetivo na redução do risco total de mortalidade, morte por doença arterial coronariana, eventos coronários recorrentes (incluindo infarto do miocárdio), freqüência de acidente vascular cerebral ou ataques isquêmicos transitórios (AIT), necessidade de procedimentos de revascularização do miocárdio, e necessidade de hospitalização em pacientes com histórico de infarto do miocárdio ou angina péctoris instável. No estudo LONG-TERM INTERVENTION WITH PRAVASTATIN IN ISCHEMIC DISEASE (LIPID), o efeito da pravastatina foi determinado em 9.014 homens e mulheres com níveis plasmáticos de colesterol normais a elevados (C-total basal =155-271mg/dL [4,0-7,0 mmol/L]; C-total médio = 219 mg/dL [5,66 mmol/L]), e que haviam sofrido infarto do miocárdio ou haviam sido hospitalizados devido a angina péctoris instável nos 3-36 meses precedentes. Pacientes com ampla variação de valores basais de triglicérides foram incluídos (≤443 mg/dL [5,0 mmol/L]) e a inclusão não foi restringida pelos valores basais de colesterol HDL. Em condições basais, 82% dos pacientes receberam aspirina e 76% receberam medicação anti-hipertensiva. Os pacientes participaram deste estudo multicêntrico, duplo-cego, controlado por placebo por uma média de 5,6 anos. O tratamento com pravastatina reduziu significativamente o risco de morte por doença arterial coronariana em 24% (p=0,0004). O risco de eventos coronários (morte por doença arterial coronariana ou infarto do miocárdio não-fatal) foi significativamente reduzido em 24% (p<0,0001) nos pacientes tratados com pravastatina. O risco de infarto do miocárdio fatal e não-fatal foi reduzido em 29% (p=0,0001). A pravastatina reduziu o risco de mortalidade total em 23% (p<0,0001) e de mortalidade cardiovascular em 25% (p<0,0001). O risco de submissão a procedimentos de revascularização do miocárdio (cirurgia de implante coronariano ou angioplastia coronariana) foi significativamente reduzido em 20% (p<0,0001) nos pacientes tratados com pravastatina. A pravastatina também reduziu significativamente o risco de acidente vascular cerebral em 19% (p=0,0477).
O tratamento com a pravastatina reduziu significativamente o número de dias de hospitalização por 100 pessoas-anos de acompanhamento em 15% (p<0,001). O efeito da pravastatina na redução dos eventos da doença arterial coronariana foi consistente independente de idade, sexo ou condição diabética. Entre os pacientes com histórico de infarto do miocárdio, a pravastatina reduziu significativamente o risco para a mortalidade total e para o infarto do miocárdio fatal ou não fatal (redução do risco para mortalidade total = 21%, p=0,0016; redução do risco para infarto do miocárdio fatal ou não fatal = 25%, p=0,0008). Entre os pacientes com histórico de hospitalização devido a angina péctoris instável, a pravastatina reduziu significativamente o risco para a mortalidade total e para o infarto do miocárdio fatal ou não fatal (redução do risco para mortalidade total = 26%, p=0,0035, redução do risco para infarto do miocárdio fatal ou não-fatal=37%, p=0,0003). No estudo Cholesterol and Recurrent Events (CARE) o efeito da pravastatina sobre a morte por doença arterial coronariana e sobre o infarto do miocárdio não fatal foi determinado em 4159 homens e mulheres com níveis plasmáticos de colesterol médios (valor basal médio Ctotal= 209 mg/dL), e que sofreram infarto do miocárdio nos 3 – 20 meses precedentes. Os pacientes participaram por uma média de 4,9 anos deste estudo duplo-cego, controlado por placebo. O tratamento com a pravastatina reduziu significativamente a taxa de um evento cardíaco recorrente (morte por doença arterial coronariana ou infarto do miocárdio não fatal) em 24% (p=0,003). A redução no risco desse objetivo combinado foi significativa tanto para homens como mulheres. O risco de submissão a procedimentos de revascularização do miocárdio ou angioplastia coronariana foi significativamente reduzido em 27% (p<0,001) nos pacientes tratados com pravastatina. A pravastatina também reduziu significativamente o risco de acidente vascular cerebral em 32% (p=0,032), e acidente vascular cerebral ou ataque isquêmico transitório (AIT) combinados em 26% (p=0,025). Transplante de órgãos sólidos: a segurança e a eficácia do tratamento com a pravastatina em pacientes recebendo terapia imunodepressora após transplante cardíaco e renal foram determinadas em dois estudos controlados prospectivos randomizados. Os pacientes foram tratados concomitantemente com pravastatina (20-40 mg) ou sem pravastatina, e um regime imunodepressor padrão de ciclosporina e prednisona. Pacientes cardio-transplantados também receberam azatioprina como parte do regime imunodepressor. O tratamento com a pravastatina reduziu significativamente a taxa de rejeição cardíaca com comprometimento hemodinâmico em um ano (p=0,005), aumentando a sobrevida em um ano (p=0,025), e diminuiu o risco de vasculopatia coronária no transplante como determinado pela angiografia e autópsia (p=0,049). Em pacientes que sofreram transplante renal, a pravastatina reduziu significativamente a incidência de episódios de rejeição aguda comprovados por biópsia (p=0,01), a incidência de episódios de rejeição múltiplos (p<0,05), e o uso de injeções de metilprednisolona (p=0,01) e OKT3 (p=0,02).
Os níveis de lipídios plasmáticos foram alterados favoravelmente pelo tratamento com pravastatina. A pravastatina foi bem tolerada, sem aumento significativo na creatinina fosfoquinase ou nas transaminases hepáticas. Além disso, não foram relatados casos de miosite ou rabdomiólise. Uso Pediátrico: um estudo duplo cego placebo controlado em 214 pacientes pediátricos com hipercolesterolemia heterozigótica familiar foi conduzido por 2 anos. As crianças (8 – 13 anos) foram randomizadas para o placebo ou para 20 mg de pravastatina e os adolescentes (14 a 18 anos) foram randomizados para o placebo ou 40 mg de pravastatina. Houve uma redução percentual média no LDL-C de –22,9% e também no C-total (-17,2%) a partir da análise conjunta dos dados, similar à eficácia demonstrada em adultos recebendo 20 mg de pravastatina. Reduções também foram observadas na apolipoproteína B. Em pacientes recebendo pravastatina não houve diferenças observadas em nenhum dos parâmetros endócrinos monitorados (ACTH, cortisol, DHEAS, FSH, LH, TSH, estradiol ou testosterona) em relação ao placebo. Não houve diferenças no desenvolvimento, alterações do volume testicular ou escala Tanner em relação ao placebo.