Características farmacológicas remilev

REMILEV com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de REMILEV têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com REMILEV devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



REMILEV é um medicamento composto pela combinação fixa do extrato seco das raízes de Valeriana officinalis L. e dos estróbilos de Humulus lupulus L., resultando num princípio ativo complexo, com efeitos resultantes do sinergismo entre seus componentes, e diferenciando-se, portanto, dos efeitos atribuídos apenas aos seus constituintes isoladamente.
A ação sedativa da valeriana resulta de sua interferência sobre os neurotransmissores cerebrais. Estudos experimentais demonstraram sua grande afinidade pelos receptores GABA-A. Da mesma forma, os flavonoides presentes na composição do lúpulo podem apresentar interações com esses receptores, provocando um efeito inibitório similar ao observado com os benzodiazepínicos.
Além disso, uma possível ação de inibição do catabolismo central do GABA, aumentando sua disponibilidade na fenda sináptica, bem como a estimulação direta para a liberação desse mediador, foi demonstrada em estudos avaliando a ação farmacológica da valeriana.
Recentemente demonstrou-se também a capacidade de interação da valeriana com o receptor de adenosina A1 na área colinérgica basal posterior cerebral, antagonizando os efeitos da adenosina, mediador que apresenta-se em níveis elevados em casos de insônia e de vigília prolongada.
Em estudos in vitro, observou-se que a combinação de valeriana e lúpulo utilizada no extrato Ze 91019 também apresentou ação agonista parcial sobre os receptores de adenosina A1, o que pode determinar um importante efeito na indução do sono obtida pela medicação.
De forma similar às observações realizadas com seus componentes isolados, o extrato Ze 91019 apresentou afinidade de ligação com os receptores de melatonina e serotonina, os quais apresentam relação não só com os distúrbios do sono, mas também com a performance cognitiva e com a modulação do ritmo circadiano.
Assim, a ação do complexo resultante da associação de valeriana e lúpulo provavelmente se dá através de múltiplas interações com diversos receptores cerebrais, incluindo-se o GABA, adenosina, serotonina e melatonina, atuando diretamente nos mecanismos envolvidos com o controle do sono e cognição.