Bula para paciente rifampicina

RIFAMPICINA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de RIFAMPICINA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com RIFAMPICINA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Cápsula

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Este medicamento é destinado ao tratamento das infecções causadas por germes sensíveis à rifampicina.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
FURP-RIFAMPICINA é um medicamento que apresenta propriedades antibacterianas.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
FURP-RIFAMPICINA é contraindicada em pacientes que apresentam alergia a qualquer componente da fórmula e a qualquer rifampicina e quando administrada simultaneamente com a combinação de saquinavir/ritonavir (medicamentos usados para inibir o vírus do HIV) (Vide Interações Medicamentosas).

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
ADVERTÊNCIAS
Em alguns casos, pode ocorrer hiperbilirrubinemia (aumento anormal de bilirrubina no sangue), resultante da competição entre FURP-RIFAMPICINA e bilirrubina pelas vias de excreção hepática (eliminação pelo fígado) em nível celular nos primeiros dias ao tratamento.

Reações imunológicas/anafiláticas:
Devido à possibilidade de reações imunológicas incluindo anafilaxia (reação alérgica) (vide Reações Adversas) ocorrerem com terapias intermitentes (menos do que 2 a 3 vezes por semana), você deve ser rigorosamente monitorizado pelo médico. Você deve ainda ser avisado pelo médico sobre a interrupção do tratamento devido à possibilidade destas reações ocorrerem.

PRECAUÇÕES
Adultos sob tratamento de tuberculose com FURP-RIFAMPICINA deverão realizar testes no estado basal (estado de pré-tratamento) para avaliação de enzimas do fígado, bilirrubina, creatinina sérica, contagem sanguínea completa e contagem plaquetária (ou estimativa). Os testes no estado basal são desnecessários em crianças, a menos que exista uma condição agravante, preexistente ou clinicamente suspeita.
Você deve ser acompanhado por um médico no mínimo mensalmente durante o tratamento e ser questionado especificamente a respeito de sintomas associados às reações adversas. Todos os pacientes com alterações devem ser acompanhados, incluindo exames laboratoriais, se necessário.
FURP-RIFAMPICINA possui propriedades indutoras de enzimas que podem aumentar o metabolismo dos substratos endógenos, incluindo hormônios adrenais, hormônios tireoidianos e vitamina D. Relatos isolados têm associado aumento de porfiria (doença metabólica) com a administração de rifampicina como resultado da indução da delta-amino-levulínico-ácido-sintetase (enzima).
FURP-RIFAMPICINA pode causar uma coloração avermelhada na urina, suor, escarro e lágrimas e você deve ser alertado pelo médico sobre este fato.
Evite o uso de lentes de contato gelatinosas, pois elas podem ficar permanentemente manchadas.

Gravidez e amamentação
Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o término. Informar ao médico se está amamentando.
Não há estudos bem controlados com rifampicina em mulheres grávidas.
A rifampicina tem demonstrado ser teratogênico (que causa malformação congênita) em roedores quando administrada em doses elevadas.
Embora seja relatado que a rifampicina atravessa a placenta e aparece no sangue do cordão umbilical, o efeito da rifampicina, isolado ou em combinação com outros fármacos antituberculose, sobre o feto humano não é conhecido.
Quando administrada durante as últimas semanas da gravidez, FURP-RIFAMPICINA pode causar hemorragias pós- natais na mãe e na criança, para as quais o tratamento com vitamina K pode ser indicado.
Portanto, FURP-RIFAMPICINA deve ser utilizada em mulheres grávidas ou com risco de engravidar, somente se os benefícios potenciais justificarem os riscos potenciais para o feto.
Não são conhecidos dados humanos sobre o potencial, a longo prazo, de prejuízo da fertilidade.
FURP-RIFAMPICINA é eliminada no leite materno. Portanto, deve ser utilizada por mulheres que estejam amamentando somente se o benefício potencial à mãe superar o risco potencial à criança.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Populações especiais
Pacientes com comprometimento da função hepática devem receber tratamento com FURP-RIFAMPICINA somente em casos de necessidade, com cautela e sob rigorosa supervisão médica. Nestes pacientes, cuidadosa monitorização da função hepática, especialmente de alanina aminotransferase (TGP) e aspartato aminotransferase (TGO) (enzimas do fígado) devem ser realizadas antes do tratamento e a cada 2 a 4 semanas durante o tratamento. Caso surjam sinais de dano hepatocelular (células do fígado), FURP-RIFAMPICINA deve ser suspensa.

Pacientes idosos
Não há advertências e recomendações especiais sobre o uso adequado desse medicamento por pacientes idosos.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Os anticoncepcionais orais podem não ser eficazes durante o tratamento, portanto, utilize outro método para evitar a gravidez. Evite tomar bebidas alcoólicas durante o tratamento. A rifampicina pode causar coloração avermelhada da urina, escarro e lágrimas.

Medicamento-medicamento
Interações com enzimas do citocromo P-450 (enzimas do fígado):
FURP-RIFAMPICINA é um potente indutor de algumas enzimas do citocromo P-450.
A coadministração de FURP-RIFAMPICINA com outros fármacos que também são metabolizados através destas enzimas do citocromo P-450 pode acelerar o seu metabolismo e reduzir a atividade destes outros fármacos. Consequentemente, deve-se ter cautela ao prescrever FURP-RIFAMPICINA com fármacos que são metabolizados pelo citocromo P-450. Exemplos de fármacos metabolizados por enzimas do citocromo P-450: anticonvulsivantes (ex.: fenitoína), antiarrítmicos (ex.: disopiramida, mexiletina, quinidina, propafenona, tocainida), antiestrógenos (ex.: tamoxifeno, toremifeno), antipsicóticos (ex.: haloperidol), anticoagulantes orais (ex.: varfarina), antifúngicos (ex.: fluconazol, itraconazol, cetoconazol), drogas antirretrovirais (ex.: zidovudina, saquinavir, indinavir, efavirenz), barbitúricos (sedativos e calmantes), betabloqueadores (medicamentos usados no tratamento das arritmias do coração), benzodiazepínicos (ex.: diazepam), fármacos benzodiazepínicos relacionados (ex.: zopiclona, zolpidem), bloqueadores dos canais de cálcio (ex.: diltiazem, nifedipina, verapamil), cloranfenicol, claritromicina, corticosteroides (medicamentos usados para controle do metabolismo), glicosídeos cardíacos (medicamentos usados em algumas doenças do coração), clofibrato (medicamento usado no tratamento dos níveis elevados de triglicerídeos no sangue), contraceptivos hormonais sistêmicos (anticoncepcionais), dapsona (medicamento usado no tratamento da lepra), doxiciclina (antibiótico), estrógenos (hormônio), fluoroquinolonas (antibióticos), gestrinona (hormônio), agentes hipoglicêmicos orais (antidiabéticos, medicamentos que reduzem os níveis de açúcar no sangue) (sulfonilureias), agentes imunossupressores (exemplo: ciclosporina, tacrolimus), irinotecana (medicamento usado no tratamento de alguns tipos de tumores), levotiroxina (hormônio), losartana (medicamento usado no tratamento da pressão alta), analgésicos narcóticos (medicamentos usados no controle de dores intensas), metadona (analgésico narcótico), praziquantel (medicamento usado no combate aos vermes), progestágenos (hormônios), quinina (medicamento usado no combate à malária), riluzol (anticonvulsivante), antagonistas seletivos do receptor 5-HT3 (medicamentos usados no controle dos sintomas de enjoos, náuseas e vômitos) (exemplo: ondansetrona), estatinas (medicamentos usados no tratamento do colesterol) metabolizadas pelo CYP 3A4, telitromicina (antibiótico), teofilina (medicamento usado no controle da asma brônquica e bronquite asmática), tiazolidinedionas (medicamentos usados no tratamento da glicemia) (exemplo: rosiglitazona) e antidepressivos tricíclicos (medicamentos usados no tratamento de depressões) (ex.: amitriptilina, nortriptilina).
Foi observada redução nas concentrações de atovaquone (medicamento usado para eliminar protozoários) e elevação nas concentrações de rifampicina quando estes fármacos foram administrados concomitantemente.
O uso concomitante de cetoconazol (medicamento usado para o tratamento de fungos) e FURP-RIFAMPICINA tem provocado redução das concentrações séricas de ambos os fármacos.
O uso concomitante de FURP-RIFAMPICINA e enalapril (medicamento usado no tratamento da pressão alta) tem resultado na redução das concentrações do enalaprilato, o metabólito ativo do enalapril. O ajuste posológico deve ser realizado se indicado pelo quadro clínico do paciente.
A administração concomitante de antiácidos (medicamentos usados para neutralizar o ácido do estômago) pode reduzir a absorção de FURP-RIFAMPICINA. A administração diária de FURP-RIFAMPICINA deve ser no mínimo uma hora antes da ingestão de antiácidos.
Quando FURP-RIFAMPICINA é administrada concomitantemente tanto com halotano (medicamento usado para induzir anestesia geral) como com isoniazida (antibiótico usado para tratar tuberculose), o potencial para hepatotoxicidade (dano no fígado causado por substâncias químicas) é aumentado. O uso concomitante de FURP- RIFAMPICINA e halotano deve ser evitado.
Pacientes recebendo tanto FURP-RIFAMPICINA como isoniazida devem ser rigorosamente monitorizados para hepatotoxicidade.
Quando FURP-RIFAMPICINA é administrada concomitantemente com a combinação de saquinavir/ritonavir (medicamentos usados para inibir o vírus do HIV), o potencial para hepatotoxicidade é aumentado. Portanto, o uso concomitante de FURP-RIFAMPICINA com saquinavir/ritonavir é contraindicado (vide item “Quando não devo usar este medicamento”).

Medicamento-alimento
A absorção de FURP-RIFAMPICINA é reduzida quando a mesma é ingerida com alimentos.

Medicamento-exame laboratorial
Níveis terapêuticos de rifampicina têm demonstrado inibir os testes microbiológicos padrões para folato sérico e vitamina B12. Portanto, devem ser considerados métodos alternativos de doseamento. Tem-se observado também elevação transitória de bilirrubina sérica (vide Precauções e Advertências). FURP-RIFAMPICINA pode prejudicar a excreção biliar do meio de contraste utilizado para a visualização da vesícula biliar, devido à competição pela excreção biliar. Portanto, estes testes devem ser realizados antes da administração da dose matinal de FURP-RIFAMPICINA. Reação cruzada e teste falso-positivo de triagem da urina para opioides têm sido relatados em pacientes recebendo rifampicina quando utilizado o método KIMS (interação cinética de micropartículas em solução). Testes confirmatórios, tais como cromatografia a gás/espectrofotometria de massa, distinguirão rifampicina de opioides.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Conserve este medicamento em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz e umidade.
Número de lote e data de validade: vide embalagem.
Data de fabricação: fabricado 24 meses antes da data de validade.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características do medicamento
Cápsula vermelho escarlate, contendo pó vermelho amarronzado, sem odor ou sabor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
A administração de FURP-RIFAMPICINA deve ser feita preferencialmente em jejum, pelo menos 30 minutos antes ou 2 horas após as refeições.
Para assegurar rápida e completa absorção, aconselha-se a administração de FURP-RIFAMPICINA com estômago vazio, longe das refeições.
Você deve tomar as cápsulas com líquido, por via oral.

Na tuberculose:
A dosagem diária é de 600 mg para pacientes com 50 kg ou mais, de 450 mg para pacientes com menos de 50 kg, geralmente em uma única administração. Para crianças até 12 anos é de 10 – 15 mg/kg de peso corpóreo (recomenda-se não superar a dose diária de 600 mg). FURP-RIFAMPICINA deve, em geral, ser associada a outros tuberculostáticos.

Nas infecções inespecíficas:
Uso adulto: a dosagem diária sugerida é de 600 mg; nas formas graves esta dosagem pode ser aumentada para 900 a 1200 mg.
Nas infecções das vias urinárias, a dosagem diária sugerida é de 900 a 1200 mg. Dosagens maiores devem ser fracionadas em duas administrações.
Na blenorragia (doença sexualmente transmissível) é indicada uma única administração diária de 900 mg, que poderá ser repetida, eventualmente, também no 2º e 3º dia.
Uso em crianças: a dosagem diária aconselhada é de 20 mg/kg em uma ou duas administrações.
Em todos os casos (exceto na blenorragia), continuar o tratamento por mais alguns dias, mesmo após o desaparecimento dos sintomas.
Não há estudos dos efeitos de FURP-RIFAMPICINA administrada por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento); Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).

Reações cutâneas moderadas e autolimitadas podem ocorrer e não parecem ser reações de alergia. Tipicamente consistem de rubor (vermelhidão) e coceira com ou sem erupção cutânea. Urticária (erupção da pele, geralmente de origem alérgica, que causa coceira) e reações cutâneas de alergia mais graves têm ocorrido, porém são incomuns. Reação penfigoide (doença de pele que pode causar bolha e coceira), eritema multiforme (doença da pele e membranas, podendo causar bolhas) incluindo Síndrome de Stevens-Johnson (forma grave de reação alérgica caracterizada por bolhas em mucosas e grandes áreas do corpo), necrólise epidérmica tóxica (doença exfoliativa da pele caracterizada por bolhas flácidas e vermelhidão, de maneira que a pele tenha a aparência de ter sido queimada) e vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos) têm sido raramente relatadas.
Têm sido relatadas reações gastrintestinais como: anorexia, náusea, vômito, desconforto abdominal e diarreia. Colite pseudomembranosa (infecção do intestino por bactéria da espécie C. dificille) tem sido relatada durante o tratamento com rifampicina.
FURP-RIFAMPICINA pode causar hepatite. Portanto, testes de função hepática devem ser monitorizados. (vide Precauções e Advertências).
Sistema nervoso central: casos de psicose têm sido raramente relatados.
Trombocitopenia (diminuição no número de plaquetas sanguíneas) com ou sem púrpura (extravasamento de sangue para fora dos capilares da pele ou mucosa formando manchas) pode ocorrer geralmente associada ao tratamento intermitente, porém é reversível com a descontinuação do fármaco assim que ocorrer púrpura. Foram relatados casos de hemorragia cerebral e morte quando a administração de rifampicina foi mantida ou recomeçada após o aparecimento de púrpura.
Coagulação intravascular disseminada tem também sido raramente relatada.
Têm sido relatados casos de eosinofilia (aumento do número de um tipo de leucócito do sangue chamado eosinófilo), leucopenia (redução de leucócitos no sangue), inchaço, fraqueza muscular e miopatia (problema no sistema muscular) em uma pequena porcentagem de pacientes tratados com rifampicina.
Muito raramente foram relatados casos de agranulocitose (diminuição de alguns tipos de leucócitos do sangue).
Raros relatos de insuficiência adrenal (produção baixa de corticosteroides), em pacientes com comprometimento da função adrenal, têm sido observados.
Ocasionalmente têm sido relatados distúrbios no ciclo menstrual em mulheres recebendo tratamento antituberculoso por período prolongado com regimes contendo rifampicina.
Reações ocorrendo geralmente com regimes de dosagem intermitente, que muito provavelmente são de origem imunológica, incluem: síndrome pseudogripal (sintomas semelhantes aos da gripe) consistindo de episódios de febre, calafrios, dor de cabeça, tontura e dor óssea; respiração curta e ofegante; redução da pressão arterial e choque; anafilaxia (reação alérgica); anemia hemolítica aguda (diminuição do número de glóbulos vermelhos do sangue em decorrência da destruição prematura destes glóbulos); insuficiência renal aguda (condição nas quais os rins apresentam atividade abaixo dos níveis normais) geralmente devido à necrose tubular aguda (distúrbio que causa lesão nas células do túbulo renal) ou nefrite intersticial aguda (um tipo de inflamação nos rins).
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
Sinais e sintomas:
Náuseas, vômitos, dor abdominal, coceira, dor de cabeça e evolução com letargia (estado de lentidão) provavelmente ocorrerão dentro de um curto período após a ingestão aguda; pode ocorrer inconsciência em caso de doença do fígado grave. Pode ocorrer aumento transitório nas enzimas hepáticas e/ou bilirrubina. Coloração marrom-avermelhada ou alaranjada da pele, urina, suor, saliva, lágrimas e fezes podem ocorrer, com intensidade proporcional à quantidade ingerida. Inchaço facial ou periorbitário (ao redor dos olhos) tem sido também relatado em pacientes pediátricos. Hipotensão (pressão baixa), taquicardia sinusal (aceleração do ritmo cardíaco), arritmia ventricular (descompasso dos batimentos do coração), convulsões (contrações e relaxamentos involuntários musculares) e parada cardíaca foram relatados em alguns casos fatais e não fatais.

Tratamento:
Medidas de suporte intensivo devem ser instituídas e os sintomas individuais tratados assim que surgirem. Visto que é provável que náusea e vômito estejam presentes, lavagem gástrica é a medida preferida a indução da êmese (vômito). Após esvaziamento do conteúdo gástrico, a instilação de carvão ativado no estômago poderá auxiliar na absorção de qualquer fármaco remanescente no trato gastrintestinal. Medicação antiemética pode ser necessária para controlar náusea e vômito graves. Ações de incentivo a diurese (produção de urina pelos rins) (com medições da quantidade ingerida e eliminada) podem auxiliar na promoção da eliminação do fármaco. Hemodiálise (procedimento que filtra o sangue) pode ser valiosa em alguns pacientes.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
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Suspensão Oral

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Este medicamento é destinado ao tratamento das diversas formas de tuberculose e de hanseníase causadas por microrganismos sensíveis, sempre em associação com outros antibióticos. A rifampicina também está indicada na prevenção em indivíduos que tiveram contato íntimo com pacientes com doença meningocócica (meningite).

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
FURP-RIFAMPICINA contém rifampicina que é um antibiótico que age inibindo a multiplicação de bactérias sensíveis a este medicamento. Embora tenha ação contra diversas bactérias, sua utilização é quase exclusiva para o tratamento da hanseníase (Mycobacterium leprae) e da tuberculose (Mycobacterium tuberculosis), sempre em associação com outros antibióticos adequados, pois é muito rápido o desenvolvimento de resistência bacteriana (o antibiótico não consegue mais agir sobre estas bactérias). Mesmo que possa haver melhora nos primeiros dias de uso, o tratamento deve ser mantido nos intervalos e na duração recomendada pelo médico para não permitir a falha na recuperação.

3.QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
CONTRAINDICAÇÕES
Não deve ser utilizada em pacientes com antecedentes de alergia à rifampicina ou a outros medicamentos do grupo das rifampicinas ou a qualquer outro componente do produto.
Alguns pacientes que apresentam doenças graves de fígado ou rins não podem utilizar rifampicina, cabe ao seu médico avaliar o risco-benefício. Uso concomitante com contraceptivos orais ou fármacos hepatotóxicos.

4.O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Não deve ser utilizada sozinha para o tratamento da tuberculose e hanseníase.
O uso de rifampicina pode provocar uma coloração avermelhada da urina, saliva, lágrimas e de lentes de contato gelatinosas, sendo que estas últimas podem se manchar em caráter definitivo.
Em alguns pacientes podem ocorrer aumento da bilirrubina e de outras substâncias no sangue que podem ser transitórias sem exigir término do tratamento; o médico irá avaliar cada caso.
Alguns pacientes que apresentam doenças graves de fígado ou rins não podem utilizar rifampicina; cabe ao seu médico avaliar.
Evitar uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento.
ATENÇÃO: este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

USO DURANTE A GRAVIDEZ
Não existem estudos bem controlados sobre o uso de rifampicina na gravidez. Este medicamento atravessa a barreira placentária, portanto, não deve ser utilizado, a menos que, a critério médico, os benefícios para a mãe superem os possíveis riscos para o feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

USO DURANTE A AMAMENTAÇÃO
Não existem estudos bem controlados sobre o uso de rifampicina na amamentação. Este medicamento passa para o leite materno, portanto, não deve ser utilizado, a menos que, a critério médico, os benefícios para a mãe superem os possíveis riscos para o recém-nascido.

USO EM OUTROS GRUPOS DE RISCO
O uso deve ser cauteloso em pacientes com problemas no fígado e rins, pois apresentam maior risco de efeitos tóxicos. Nestes casos, o tratamento somente deve ser empregado em caso de real necessidade e sob supervisão médica.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Os antiácidos e o cetoconazol reduzem a absorção da rifampicina, portanto, devem ser tomados em horários separados, pelo menos, por duas horas.
Vários medicamentos têm sua ação diminuída pelo uso concomitante com a rifampicina. São eles: diazepam, quinidina, disopiramida, cloranfenicol, dapsona, cumarinas, varfarina (reduz o efeito anticoagulante), imipramina, clomipramina, carbamazepina, fenitoína (dificulta o controle da epilepsia), fluconazol, itraconazol, cetoconazol, haloperidol, propranolol, diltiazem, nifedipino, verapamil, isradipino, nisoldipino, ciclosporina, azatioprina (uso com rifampicina possivelmente leva à rejeição de transplantes), corticosteroides (prednisona), levotiroxina, tacrolimus, teofilina, metadona, digoxina, paracetamol, clofibrato, amitriptilina e nortriptilina.
Estrogênios combinados a progestogênios ou progestogênios (anticoncepcionais): se reduz o efeito contraceptivo, exigindo a utilização de outros métodos para evitar a gravidez.
O uso de antirretrovirais, como indinavir, nelfinavir, saquinavir, efavirenz e nevirapina, com rifampicina pode aumentar o risco de reações. O uso associado de rifampicina com ritonavir e saquinavir apresenta elevado risco de causar efeitos tóxicos no fígado.
A redução no efeito de clorpropamida, tolbutamida e, possivelmente, outros antidiabéticos orais pode dificultar o controle da doença.
O uso concomitante da rifampicina com a trimetoprima pode aumentar a eliminação desta prejudicando a eficácia. O emprego junto com o miconazol pode aumentar o risco de lesão no fígado.

INTERAÇÕES COM PLANTAS MEDICINAIS
A erva-de-São-João pode diminuir a ação de rifampicina. Evite tomá-la durante o tratamento.

INTERAÇÕES COM SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
Álcool: o consumo diário de álcool pode aumentar o risco de efeitos tóxicos e do metabolismo da rifampicina.

INTERAÇÕES COM EXAMES LABORATORIAIS E NÃO LABORATORIAIS
As concentrações plasmáticas de ALT, AST, fosfatase alcalina, bilirrubina, ureia e ácido úrico (são exames de sangue) podem estar aumentadas.

INTERAÇÕES COM ALIMENTOS
A absorção da rifampicina é diminuída quando tomada junto com alimentos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Conserve este medicamento em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz. Após aberto, conservar o frasco bem fechado na mesma condição.
Número de lote e data de validade: vide embalagem.
Data de fabricação: fabricado 24 meses antes da validade.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto físico: suspensão homogênea de cor vermelho escuro.
Características organolépticas: suspensão com sabor adocicado e odor de cereja.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
A suspensão oral deve ser tomada com o estômago vazio, preferencialmente uma hora antes ou duas após as refeições. Em caso de dor de estômago, recomenda-se administrar junto com uma leve refeição.
O frasco da suspensão sempre deve ser agitado antes de usar, e após a abertura deve ser mantido bem fechado.

POSOLOGIA
Deve-se observar o Manual de Normas para o Controle de Tuberculose, 4ª edição modificada e revisada, da Fundação Nacional de Saúde do Ministério da Saúde (1995) ou edição subsequente.

Tratamento da tuberculose pulmonar e extrapulmonar:
-Pacientes com peso inferior a 20 kg: 10 mg/kg de peso corporal ao dia (criança de 10 kg de peso, por exemplo, receberá 5 mL da suspensão oral).
-Pacientes com mais de 20 kg de peso até 35 kg: 300 mg/dia (15 mL da suspensão oral).
-Pacientes com mais de 35 kg de peso até 45 kg: 450 mg/dia (22,5 mL da suspensão oral).
-Pacientes com mais de 45 kg de peso: 600 mg/dia (30 mL da suspensão oral).
A duração do tratamento é de seis meses, sempre em associação com outros medicamentos para o tratamento da tuberculose.
Para tuberculose meningoencefálica as doses de rifampicina seguem o mesmo esquema exposto acima, mas tem duração de nove meses.
Para a prevenção de doença meningocócica (meningite não tuberculosa), a dose é igual a citada para meningite tuberculosa, durante apenas dois dias. Os recém-nascidos formam uma exceção porque devem receber 5 mg/kg de peso corporal, duas vezes ao dia, durante dois dias.
Hanseníase: dose mensal de 600 mg (30 mL da suspensão oral) para adultos, sempre sob forma combinada. Pacientes adultos com menos de 35 kg de peso devem receber doses mensais de 450 mg. Crianças podem receber doses equivalentes a 10 mg/kg, desde que não ultrapassem as doses mencionadas acima.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Se houver esquecimento de uma dose, tome-a assim que possível, a menos que esteja próximo da dose seguinte. Nunca tome duas doses ao mesmo tempo. Se houver esquecimento de duas ou mais doses, o médico deverá ser avisado.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Os mais comuns são: perda de apetite, náuseas, vômitos e diarreia. Pode ocorrer colite (inflamação intestinal) associada ao uso do antibiótico. Também podem ocorrer alterações na pele (vermelhidão facial, urticária e erupções), pancreatite (inflamação no pâncreas), icterícia (amarelamento da pele e/ou olhos), insuficiência do fígado (problema no fígado), presença de pontos ou manchas avermelhadas na pele, sangramento do nariz ou gengiva, sangramento vaginal, anemia por destruição dos glóbulos vermelhos do sangue, sintomas de gripe (como: febre, fraqueza, dor de cabeça, tremores e dor muscular) e problemas graves nos rins, com perda do órgão e choque, distúrbios do sistema nervoso central (confusão mental, distúrbios de coordenação motora, alterações visuais transitórias), neurite periférica (inflamação dos nervos periféricos) e trombose venosa (formação de coágulos no interior das veias). Podem surgir ainda coloração avermelhada e marrom da urina, fezes, saliva, suor e lágrimas. Outras reações incluem calafrios, respiração ofegante, tontura, dores musculares, tremores e hematúria (urina com sangue).
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
O uso de grandes doses de rifampicina pode provocar coloração da pele em tom vermelho alaranjado, inchaço ao redor dos olhos ou na face, coceira, náuseas, vômitos, diarreia e outras manifestações como as descritas no item anterior.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.