Advertências stavigile

STAVIGILE com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de STAVIGILE têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com STAVIGILE devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Reações alérgicas incluindo Síndrome de Stevens-Johnson: foram relatados casos de reações dermatológicas graves que requereram hospitalização e descontinuação do tratamento, relacionados ao uso da modafinila. Em estudos clínicos realizados com a modafinila, a incidência de reação alérgica (“rash”) resultante em descontinuação do tratamento foi de aproximadamente 0,8% (13 em 1585) em pacientes pediátricos (idade < 17 anos); estas reações incluíram um caso de possível Síndrome de Stevens-Johnson (SSJ) e um caso aparente de reação de hipersensibilidade múltipla de órgãos. Muitos dos casos foram associados à febre e a outras anormalidades (vômito e leucopenia). O tempo médio de reação foi de 13 dias. Nenhuma reação alérgica séria foi relatada nos ensaios clínicos com adultos (0 de 4264) da modafinila. Casos raros de reações dermatológicas sérias com risco de vida, incluindo SSJ; necrólise epidérmica tóxica (NET); reações alérgicas com eosinofilia relacionada ao fármaco e sintomas sistêmicos foram reportadas em adultos e crianças em experiência pós-comercialização pelo mundo todo. Os níveis de relatos de NET e SSJ associados ao uso da modafinila, geralmente aceitos como de estimativa baixa ou sub-relato, excedem os níveis de incidência conhecidos. Não há fatos conhecidos que predigam o risco de ocorrência ou severidade de reação alérgica associada à modafinila. Quase todos os casos de reações alérgicas sérias associadas à modafinila ocorreram dentro de uma a cinco semanas após o início do tratamento. No entanto, casos isolados foram relatados após tratamento prolongado (três meses). Embora reações alérgicas benignas possam também ocorrer com a modafinila, não é possível prever com confiança quais das reações se tornarão sérias. Consequentemente, a modafinila deve ser normalmente descontinuada ao primeiro sinal de reação alérgica, a não ser que esteja claramente não relacionada ao fármaco. A interrupção do tratamento não previne que uma reação se torne de alto risco ou permanentemente incapacitante ou deformante.

Angioedema e reações anafilactoides: foi observado um caso sério de angioedema e um caso de hipersensibilidade (com “rash”, disfagia e broncoespasmo) em 1595 pacientes tratados com armodafinila (enantiômero R da modafinila numa mistura racêmica). Nenhum desses casos foi observado nos estudos clínicos com a modafinila. No entanto, angioedema foi reportado numa experiência pós-comercialização com a modafinila. Os pacientes devem ser alertados a descontinuar o tratamento e a relatar imediatamente a seus médicos na presença de algum sinal de angioedema ou anafilaxia (inchaço da face, olhos, lábios, língua ou laringe; dificuldade para engolir ou respirar; rouquidão).

Reações de hipersensibilidade em múltiplos órgãos: reações de hipersensibilidade em múltiplos órgãos, incluindo no mínimo uma fatalidade em experiência pós-comercialização, ocorreram em associação temporal (tempo médio de detecção de 13 dias; faixa: 4-33) ao início da modafinila, estas reações podem resultar em hospitalização ou risco de vida. Não existem fatores que prevejam o risco da ocorrência ou a severidade das reações de hipersensibilidade em órgãos múltiplos associadas à modafinila. Sinais e sintomas desse distúrbio foram variados; tipicamente, embora não exclusivamente como febre e “rash” associados aos outros sistemas orgânicos como miocardite, hepatite, anormalidades no teste de função hepática, anormalidades hematológicas (por exemplo, eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia), prurido e astenia. Sinais e sintomas de outros sistemas orgânicos não listados anteriormente podem ocorrer. Na ocorrência de tais sintomas, o tratamento com a modafinila deve ser interrompido.
Embora não haja relato de casos que indiquem sensibilidade cruzada com outros fármacos para essa síndrome, a experiência com fármacos associados à hipersensibilidade em órgãos múltiplos poderia indicar essa possibilidade.

Sonolência persistente: usuários de modafinila com níveis anormais de sonolência devem ser advertidos de que seus níveis de vigília podem não retornar ao normal. Os pacientes com sonolência excessiva, inclusive os que utilizam modafinila, devem ser frequentemente reavaliados quanto ao grau de sonolência e, quando apropriado, devem ser advertidos a não dirigir ou exercer qualquer atividade potencialmente perigosa.

Sintomas psiquiátricos: efeitos adversos psiquiátricos foram relatados nos pacientes tratados com modafinila. Eventos adversos pós-comercialização associados ao uso da modafinila incluem mania, ilusões, alucinações, ideação suicida, muitos deles resultantes em hospitalização. Muitos pacientes, mas não todos, tinham histórico prévio psiquiátrico. Um voluntário sadio do sexo masculino desenvolveu ideias de referência, ideações paranoicas e alucinações auditivas com a associação de dosagens múltiplas diárias de 600 mg da modafinila e privação do sono. Não houve evidência de psicose 36 horas após a descontinuação. Relatos pós-comercialização da modafinila descreveram a ocorrência de sintomas decorrentes da descontinuação do tratamento: ansiedade (1%), nervosismo (1%), insônia (<1%), confusão (<1%), agitação (<1%) e depressão (<1%). Deve ser tomado cuidado quando for utilizada em pacientes com histórico de psicose, depressão ou mania. Este medicamento deve ser suspenso no caso de desenvolvimento de sintomas psiquiátricos durante seu uso.

Diagnóstico de distúrbios do sono: somente deverá ser usado após avaliação completa da sonolência excessiva e cujo diagnóstico de narcolepsia tenha sido realizado em conformidade com os critérios de diagnóstico do ICSD (International Classification of Sleep Disorders) ou do DSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders). As avaliações normalmente consistem de histórico completo e avaliação física, necessitando ser complementadas com testes laboratoriais, como a polissonografia e o teste de múltiplas latências do sono. Muitos pacientes podem apresentar mais de um distúrbio do sono causador de sua sonolência excessiva.

Geral: embora a modafinila não aparente levar à diminuição das funções cerebrais normais, qualquer fármaco que afete o SNC pode alterar as habilidades motoras, de julgamento, e raciocínio. Os pacientes devem ser advertidos sobre a operação de veículos motores ou outra maquinaria perigosa até que estejam certos de que esta terapia não afeta adversamente suas habilidades de realizar tais atividades.

Sistema cardiovascular: a modafinila é contraindicada em pacientes com hipertensão moderada a grave não controlada e em portadores de arritmias cardíacas. O monitoramento periódico de pacientes hipertensos é apropriado. Não é recomendado seu uso em pacientes com história de hipertrofia ventricular esquerda ou alterações isquêmicas ao eletrocardiograma (ECG), dor no peito, e em pacientes que apresentaram manifestações clinicamente significativas de sintomas devido ao prolapso da válvula mitral associado ao uso de estimulantes do SNC. A modafinila não foi avaliada ou utilizada em qualquer extensão apreciável em pacientes com história recente de infarto do miocárdio ou angina instável, devendo esses pacientes ser tratados com cautela.

SNC: é recomendada cautela quando da administração da modafinila em pacientes com história psiquiátrica prévia (vide item “Sintomas psiquiátricos”).

Medicação concomitante: os pacientes devem informar aos seus médicos se estiverem tomando ou planejarem tomar alguma prescrição ou medicamentos sem receita médica, devido ao potencial de interação entre a modafinila e outros fármacos.
Álcool: os pacientes devem ser alertados de que o uso deste medicamento em combinação com álcool não foi estudado. É prudente evitar o álcool enquanto estiverem em tratamento.

Reações dermatológicas: foram relatados casos raros de reações dermatológicas graves, incluindo SSJ, NET, angioedema, reações de hipersensibilidade em múltiplos órgãos (miocardite, hepatite, dentre outros). Na ocorrência de tais sintomas, o tratamento deve ser interrompido.

Reações alérgicas: os pacientes devem ser orientados a relatar ao médico qualquer ocorrência de erupção, urticária ou fenômeno alérgico ocorrido durante o tratamento.

Carcinogênese, mutagênese e comprometimento da fertilidade: foram conduzidos estudos carcinogênicos com modafinila administrada a camundongos durante 78 semanas e a ratos por 104 semanas em dosagens de 6, 30 e 60 mg/kg/d. A dosagem mais alta estudada foi de uma vez e meia a três vezes maior que a dose diária humana recomendada em adultos (200 mg/mg/m2). Não houve evidência de tumorigênese associada à administração da modafinila nesses estudos. Foi conduzido um estudo subsequente de carcinogenicidade em Tg.AC transgênico de rato. As dosagens avaliadas no teste Tg.AC foram de 125, 250 e 500 mg/kg/d, administradas cutaneamente. Não houve evidência de tumorigenicidade associada à administração da modafinila, no entanto, este modelo cutâneo não pode avaliar adequadamente o potencial carcinogênico do fármaco administrado via oral. A modafinila não demonstrou evidência de potencial mutagênico ou clastogênico em vários testes in vitro na ausência ou presença de ativação metabólica, ou in vivo. A modafinila também foi negativa no teste de síntese de ADN não programado em hepatócitos de ratos. A administração oral da modafinila (dosagens de 480 mg/kg/d) em ratos fêmeas e machos antes e depois do acasalamento e uso contínuo em fêmeas por sete dias seguidos da gestação produziu um aumento no tempo de acasalamento na dosagem mais alta; nenhum efeito foi observado nos parâmetros da fertilidade ou reprodutivos. O não efeito da dosagem de 240 mg/kg/d foi associado à exposição plasmática da modafinila (ASC) aproximadamente igual à humana de 200 mg. O potencial carcinogênico da modafinila não foi completamente avaliado.
Não houve evidência do potencial mutagênico ou clastogênico da modafinila em uma série de ensaios em animais de laboratório, mas estes estudos não utilizaram dosagens suficientemente altas e o tamanho da amostra não foi suficientemente grande. Estudos em ratos não demonstraram efeitos sobre a fertilidade.

Uso pediátrico: a segurança e eficácia em indivíduos com menos de 18 anos não foram estabelecidas, o uso da modafinila em pacientes pediátricos foi associado a reações cutâneas sérias como eritema multiforme e SSJ.

Uso em idosos: a segurança e eficácia em indivíduos com mais de 65 anos de idade não foram estabelecidas. Como os pacientes idosos podem ter a função renal e/ou hepática diminuída, deve ser considerada a redução da dosagem.

Uso em pacientes com insuficiência renal grave: não existem informações adequadas para determinação da segurança e da eficácia em pacientes com insuficiência renal grave.

Uso em pacientes com insuficiência hepática grave: nos pacientes com insuficiência hepática grave, com ou sem cirrose, a modafinila deve ser administrada em dosagens menores, pois sua eliminação está reduzida em comparação aos indivíduos normais.

Mulheres grávidas: Categoria de risco na gravidez: C
Nos estudos realizados em ratos e coelhos, a toxicidade desenvolvida foi observada em exposições clinicamente relevantes. A modafinila (50, 100 ou 200 mg/kg/d) administrada via oral em ratos prenhes durante o período de organogênese causou um aumento na reabsorção e uma incidência aumentada de variações esqueléticas e viscerais da prole na dosagem mais alta. A dosagem mais alta que não produziu efeito embriofetal de toxicidade em ratos foi associada à exposição plasmática da modafinila de aproximadamente ½ ASC humana na dosagem diária recomendada de 200 mg. No entanto, num estudo subsequente de 480 mg/kg/d não foram observados efeitos adversos no desenvolvimento embriofetal. A administração oral da armodafinila (enantiômero R da modafinila, 60, 200 ou 600 mg/kg/d) em ratas prenhas durante o período de organogênese resultou em incidências aumentadas de variações esqueléticas e viscerais na dosagem intermediária ou maior e reduzido peso fetal na dosagem mais alta. A dosagem que não produziu efeito embriotóxico foi associada à exposição plasmática de modafinila (ASC) de aproximadamente 1/10 da ASC da modafinila humana. A administração da modafinila em ratas durante a gestação e lactação em dosagens orais acima de 200 mg/kg/d resultou na viabilidade reduzida da prole em dosagens maiores que 20 mg/kg/d (ASC aproximadamente 0,1 vez a ASC humana). Não foram observados efeitos no desenvolvimento e nos parâmetros neurocomportamentais da prole sobrevivente. Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Foram reportados dois casos de retardo no crescimento intrauterino e um caso de aborto espontâneo associado à modafinila e à armodafinila. Alguns desses fármacos foram associados ao retardo no crescimento intrauterino e abortos espontâneos. Não se sabe, porém, se esses relatos estão relacionados ao fármaco.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Não existem pesquisas adequadas e bem controladas com a modafinila em mulheres grávidas e este fármaco somente deve ser usado durante a gravidez se o potencial benéfico sobrepujar o risco potencial. Não se sabe se a modafinila ou seus metabólitos são excretados no leite humano.

Efeitos na habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas: pacientes com níveis anormais de sonolência que utilizam a modafinila devem ser avisados de que seus níveis de vigília podem não ter retornado ao normal. Pacientes com sonolência excessiva, incluindo aqueles que estão tomando modafinila devem ser frequentemente reavaliados sobre seu grau de sonolência e, se apropriado, advertido para evitar dirigir ou alguma outra atividade potencialmente perigosa sobre os efeitos indesejáveis tais como visão embaçada ou tontura podem afetar a habilidade de dirigir.

Este medicamento pode causar doping. Este medicamento contém LACTOSE.