Resultados de eficácia sygen

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A administração do produto, tendo como base as evidências clínicas, tem aplicação terapêutica como coadjuvante no tratamento e prevenção das sequelas pós-ictais e pós-traumáticas do sistema nervoso central. Resultados de estudo multicêntrico publicado por Geisler e colaboradores (2001), na revista Spine, demonstraram significância na aceleração da melhora de pacientes com traumaraquimedurar (TRM), sobretudo naqueles com classificação “C” ou “D” na escala ASIA (American Spinal Injury Association). O produto demonstrou também capacidade de contribuir com a melhora de sensibilidade a dor e função vesical. Neste estudo, os pacientes com TRM que não necessitaram ser operados apresentaram melhora mais acentuada, quando comparado a terapêutica padrão, do que aqueles submetidos a intervenção cirúrgica. Apesar do exposto, não existem evidências acerca de sua eficácia em casos de TRM provocadas por armas de fogo.
Estudo multicêntrico, controlado, duplo-cego e randomizado, realizado com 287 pacientes que sofreram acidente vascular encefálico (AVE) isquêmico, avaliou a eficácia da administração gangliosídeo GM1 (GM1). Os pacientes receberam injeção de 100 mg/dia (i.m.) de gangliosídeo GM1 ou solução salina (placebo) por 28 dias. A frequência de eventos adversos, as causas e o número de mortes foram semelhantes entre os dois grupos. Todavia, os pacientes tratados com GM1 apresentaram melhora neurológica, do déficit motor e da capacidade funcional nas atividades de vida diária durante os 84 dias após o AVC. Como a terapia com GM1 melhorou a independência do paciente em realizar suas atividades cotidianas, os autores afirmaram que isso poderia reduzir o tempo de alta hospitalar, e, consequentemente, diminuir os gastos econômicos com essa patologia (The SASS Investigators, 1994).
Em outro estudo multicêntrico, controlado, duplo-cego e randomizado, realizado por Lenzi e equipe (1994), 792 pacientes com AVE isquêmico foram submetidos ao seguinte esquema de tratamento – grupo tratado: 1º dia: GM1 200 mg (i.v.) em até 5 horas após o AVE, e GM1 100 mg (i.v.) após 12 horas; 2º ao 10ºdia: GM1 100mg/dia (i.v.); 11º ao 21º dia: GM1 100 mg/dia (i.m.), ou grupo controle: solução salina (placebo) durante os 21 dias. Não foram registradas diferenças estatisticamente significantes na mortalidade e na freqüência de reações adversas entre os dois grupos de pacientes durante os 120 dias de estudo. O tratamento com GM1 melhorou a condição neurológica (segundo Escala Neurológica Canadense) dos pacientes após 120 dias do AVE. Além disso, análise post-hoc do subgrupo de pacientes tratados nas primeiras 4 horas após o AVE, mostrou diferença estatisticamente significante e favorável ao GM1 na Escala Neurológica Canadense. Angeleri e colaboradores, em 1992, realizaram estudo clínico multicêntrico, duplo-cego, controlado e randomizado. Foram recrutados 112 pessoas com AVE isquêmico. Esses pacientes receberam tratamento com GM1 300 mg (i.v.) no primeiro dia (200 mg + 100 mg), 100 mg (i.v.) diariamente do 2º ao 21º dia, ou solução salina (placebo). Não foi observado diferença significante nos casos de fatalidade entre os 2 grupos de pacientes (GM1 e placebo), durante os 180 dias de avaliação. O grupo tratado com GM1 apresentou melhora neurológica (segundo escala de Mathew, modificada por Frithz-Werner 1975) e da capacidade funcional nas atividades de vida diária (índice de Barthel) durante os dias 21º a 180º de avaliação após o tratamento com GM1.
Em estudo clínico multicêntrico, duplo-cego, controlado e randomizado, também foi investigada a eficácia do uso do GM1 na terapia do AVE isquêmico. Quinhentos e dois pacientes com AVE supratentorial isquêmico foram tratados com GM1 100 mg (i.v.) nas primeiras 12 horas do após o AVE, repetidos diariamente por 15 dias; GM1 100 mg (i.v.) combinado com hemodiluição diariamente por 15 dias; solução salina (placebo) ou solução salina com hemodiluição diariamente por 15 dias. Não foi observado diferença significante nos casos de fatalidade entre os grupos de pacientes durante os 120 dias de avaliação. Os pacientes tratados com GM1 100mg apresentaram melhora neurológica (segundo Escala Neurológica Canadense) significante durante os 15 primeiros dias de tratamento, coincidindo com o tempo de tratamento com o fármaco (Argentino e cols, 1989).