Resultados de eficácia taxol

TAXOL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de TAXOL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com TAXOL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Carcinoma de ovário
– Terapia de primeira linha:
A segurança e eficácia do TAXOL acompanhado por cisplatina em pacientes com carcinoma de ovário avançado e sem quimioterapia prévia foram avaliadas em 2 estudos FASE III multicêntricos, randomizados e controlados. Em um estudo do INTERGRUPO conduzido pela Organização Europeia de Pesquisa e Tratamento de Câncer que envolvem o Grupo Escandinavo NOCOVA, o Instituto Nacional de Câncer do Canadá e o Grupo Escocês, 680 pacientes com estágio da doença IIB–C, III, ou IV (ressecção ampla ótima ou não ótima ) receberam infusão de TAXOL 175 mg/m2 em um período de 3 horas seguida por cisplatina 75 mg/m2 (Tc) ou ciclofosfamida 750 mg/m2 seguidos por cisplatina 75 mg/m2 (Cc) por uma mediana de seis ciclos. Embora o protocolo permitisse uma terapia adicional, somente 15% dos pacientes receberam ambas as drogas por nove ou mais ciclos. Em um estudo conduzido pelo Grupo de Oncologia Ginecológica (GOG), 410 pacientes com Estágio III ou IV da doença (> 1 cm de doença residual após laparotomia para estadiamento ou metástase à distância) receberam infusão de TAXOL 135 mg/m2 num período de 24 horas seguido por cisplatina 75 mg/m2 ou, senão ciclofosfamida 750 mg/m2 seguido por cisplatina 75 mg/m2 por 6 ciclos. Em ambos os estudos, pacientes tratados com TAXOL em combinação com cisplatina tiveram um taxa de resposta significativamente maior, um tempo maior para progressão e um tempo de sobrevida maior, comparado com a terapia padrão. Estas diferenças também foram significativas para o subgrupo de pacientes no estudo do Intergrupo com doença não otimamente ressecada, embora o estudo não tenha sido totalmente capacitado para análise de subgrupo (Tabelas 1 e 2).
TABELA 1
– Eficácia em Estudo Fase 3 em Terapia de Primeira Linha para Carcinoma de Ovário Intergrupo Subgrupo de Pacientes com ressecção ampla não ótima GOG-111 T175/3a c75 (n= 218) C750a c75 (n= 227) T135/24a c75 (n= 196) C750a c75 (n= 214)
Resposta Clínica b (n= 153) (n= 153) (n= 113) (n= 127) taxa (percentual) 58 43 62 48 valor de p c 0,016 0,04
Tempo de Progressão mediana (meses) 13,2 9,9 16,6 13,0 valor de p c 0,0060 0,0008 razão de risco (HR) c 0,76 0,70 95% IC c 0,62-0,92 0,56-0,86
Sobrevida mediana (meses) 29,5 21,9 35,5 24,2 valor de p c 0,0057 0,0002 razão de risco (HR) c 0,73 0,64 95% IC c 0,58-0,91 0,50-0,81 a Dose de TAXOL em mg/m²/duração da infusão em horas; Doses de ciclofosfamida e cisplatina em mg/m² b Pacientes apenas com doenças mensuráveis c Não estratificado para o Estudo do Intergrupo, Estratificado para Estudo GOG-111. HR – Do inglês Hazard Ratio
TABELA 2 – Eficácia em Estudo Intergrupo de Fase III em Terapia de Primeira Linha para Carcinoma de Ovário T175/3a c75 (n= 342) C750a c75 (n= 338)
Resposta Clínica b (n= 162) (n= 161) taxa (percentual) 59 45 valor de pc 0,014
Tempo de Progressão mediana (meses) 15,3 11,5 valor de p c 0,0005 razão de risco (HR) c 0,74 95% ICc 0,63-0,88
Sobrevida mediana (meses) 35,6 25,9 valor de p c 0,0016 razão de risco (HR) c 0,73 95% IC c 0,60-0,89 a Dose de TAXOL em mg/m²/duração da infusão em horas; doses de ciclofosfamida e cisplatina em mg/m² b Pacientes apenas com doenças mensuráveis c Não-estratificado O perfil de eventos adversos para os pacientes que receberam TAXOL, em combinação com cisplatina nestes estudos, foi qualitativamente consistente com o que foi observado na análise dos dados dos 812 pacientes tratados unicamente com TAXOL em 10 estudos clínicos.
– Terapia de segunda linha: Dados de cinco estudos clínicos fase I e II (189 pacientes), um estudo de FASE III multicêntrico, randomizado (407 pacientes), assim como a análise dos dados de mais de 300 pacientes envolvidos em um programa de tratamento de um centro de referência foram usados para sustentar o uso de TAXOL nos pacientes que tiveram falha inicial ou subsequente da quimioterapia para carcinoma de ovário metastático.
Dois dos estudos FASE II (92 pacientes) utilizaram uma dose inicial de 135 a 170 mg/m2 na maioria dos pacientes (> 90%), que receberam infusão contínua num período de 24 horas. As taxas de resposta destes dois estudos foram 22% (lC de 95%: 11 a 37%) e 30% (lC de 95%: 18 a 46%) com um total de 6 respostas completas e 18 parciais em 92 pacientes. A duração mediana da resposta global nestes dois estudos medidos no primeiro dia do tratamento foi de 7,2 meses (faixa: 3,5-15,8 meses) e 7,5 meses (faixa: 5,3-17,4 meses), respectivamente. A sobrevida mediana foi de 8,1 meses (faixa: 0,2-36,7 meses) e 15,9 meses (faixa: 1,8-34,5+ meses). O estudo de FASE III teve um desenho bi-fatorial e comparou a eficácia e segurança do TAXOL, administrado em 2 diferentes doses (135 ou 175 mg/m2) e programações (3 ou 24 horas de infusão). A taxa de resposta global para 407 pacientes foi 16,2% (95% lC: 12,8 a 20,2%), com 6 respostas completas e 60 respostas parciais. A duração da resposta medida no primeiro dia de tratamento foi de 8,3 meses (faixa: 3,2-21,6 meses). O tempo mediano da progressão foi de 3,7 meses (faixa: 0,1+- 25,1+ meses). A sobrevida mediana foi de 11,5 meses (faixa: 0,2-26,3+ meses). As taxas de resposta, a sobrevida mediana e o tempo mediano de progressão para os 4 braços estão na tabela a seguir.
TABELA 3 – Eficácia em Estudo Fase 3 em Terapia de Segunda Linha para Carcinoma de Ovário 175/3 175/24 135/3 135/24 (n= 96) (n= 106) (n= 99) (n= 106) Resposta Clínica taxa (percentual) 14,6 21,7 15,2 13,2 95% IC (8,5-23,6) (14,5-31,0) (9,0-24,1) (7,7-21,5)
Tempo de Progressão mediana (meses) 4,4 4,2 3,4 2,8 95% IC (3,0-5,6) (3,5-5,1) (2,8-4,2) (1,9-4,0)
Sobrevida mediana (meses) 11,5 11,8 13,1 10,7 95% IC (8,4-14,4) (8,9-14,6) (9,1-14,6) (8,1-13,6) Análises foram realizadas conforme planejado no desenho do estudo bi-fatorial descrito no protocolo, comparando as duas doses (135 ou 175 mg/m2), independentemente do esquema (3 ou 24 horas) e os dois esquemas indepentemente da dose. Os pacientes que receberam a dose de 175 mg/m2 tiveram uma taxa de resposta similar aos que receberam a dose de 135 mg/m2 18% vs. 14% (p=0,28). Não foi detectada nenhuma diferença na taxa de resposta quando comparado o período de infusão de 3 horas com o período de 24 horas: 15% vs. 17% (p=0,50). Pacientes que receberam a dose de 175 mg/m2 de TAXOL tiveram um maior tempo de progressão do que aqueles que receberam a dose de 135 mg/m2 de TAXOL: mediana de 4,2 contra 3,1 meses (p= 0,03).
O tempo mediano de progressão para os pacientes que receberam infusão de 3 horas contra 24 horas foi de 4,0 meses contra 3,7 meses, respectivamente. A sobrevida mediana foi de 11,6 meses em pacientes que receberam dose de 175 mg/m2 de TAXOL e 11,0 meses em pacientes que receberam a dose de 135 mg/m2 (p=0,92). A sobrevida mediana foi de 11,7 meses em pacientes que receberam infusão de TAXOL em um período de 3 horas de infusão e 11,2 meses em pacientes que receberam infusão em um período de 24 horas (p=0,91). Estas análises estatísticas devem ser vistas com cautela devido às múltiplas comparações realizadas. TAXOL permaneceu eficaz em pacientes que desenvolveram resistência à terapia com platina (definido como tumor progressivo ou reincidência do tumor dentro de 6 meses após conclusão de terapia com platina), com taxas de respostas de 14% na FASE III e 31% nas Fases I e II dos estudos clínicos. O perfil dos eventos adversos neste estudo FASE III foi consistente com aquele observado na análise de dados dos 812 pacientes tratados em 10 estudos clínicos. Os resultados deste estudo randomizado suportam o uso de TAXOL nas doses de 135 a 175 mg/m2, administrados por infusão intravenosa num período de 3 horas. Estas doses administradas por infusão num período de 24 horas demonstraram maior toxicidade. Entretanto, o estudo não tinha poder suficiente para determinar se uma determinada dose e esquema produziram eficácia superior.
Câncer de mama
– Terapia Adjuvante Um estudo Intergrupo de FASE III (Cancer and Leukemia Group B [CALGB], Eastern Cooperative Oncology Group [ECOG], North Central Cancer Treatment Group [NCCTG] e o Southwest Oncology Group [SWOG]) randomizou 3170 pacientes com carcinoma de mama linfonodo positivo para terapia adjuvante com TAXOL ou sem quimioterapia adicional após quatro ciclos de doxorrubicina e ciclofosfamida (AC).
Este estudo multicêntrico foi conduzido em mulheres com linfonodos histologicamente positivos após mastectomia ou mastectomia segmentada e dissecação linfonodal O estudo fatorial 3 x 2 foi projetado para avaliar a eficácia e segurança de três níveis diferentes de doses de doxorrubicina (A) e para avaliar o efeito da adição de TAXOL administrado após o término da terapia (AC). Após estratificação do número de linfonodos positivos (1-3, 4-9, ou 10+), os pacientes foram randomizados para receber 600 mg/m2 de ciclofosfamida e doxorrubicina na dose de 60 mg/m2 (no dia 1), 75 mg/m2 (em duas doses divididas nos dias 1 e 2) ou 90 mg/m2 (em duas doses divididas nos dias 1 e 2 com suporte profilático de G-CSF e ciprofloxacina) a cada 3 semanas por quatro ciclos e TAXOL 175 mg/m2 com infusão de 3 horas a cada 3 semanas por quatro ciclos adicionais ou sem quimioterapia adicional. Os pacientes com receptores hormonais positivos para receptores hormonais receberam tratamento subsequente com tamoxifeno (20 mg por dia por 5 anos); pacientes que passaram por mastectomia segmentada antes do início do estudo, receberam tratamento radioterápico na mama após a recuperação das toxicidades relacionadas ao tratamento. Por ocasião desta análise, o acompanhamento mediano foi de 30,1 meses. Dos 2066 pacientes com receptor hormonal positivo, 93% receberam tamoxifeno.
As análises primárias de sobrevida livre de doença e sobrevida global empregaram modelos Cox multivariados, nos quais incluíram os seguintes fatores: administração de TAXOL, dose de doxorrubicina, número de linfonodos positivos, tamanho do tumor, menopausa e presença de receptores de estrogênio. Baseado no modelo de sobrevida livre de doença, os pacientes que receberam tratamento AC seguido por TAXOL e tiveram uma redução de 22% no risco de recorrência da doença comparado aos pacientes randomizados com apenas o tratamento AC (Razão de risco [HR] = 0,78, 95% IC 0,67-0,91, p=0,0022). Os pacientes também tiveram uma redução de 26% no risco de morte (HR = 0,74, 95% IC 0,60-0,92, p=0,0065). Para sobrevida livre de doença e sobrevida global, os valores de p não foram ajustados para análises intermediárias. O aumento da dose de Doxorrubicina acima de 60 mg/m2 não alterou o efeito na sobrevida livre de doença ou na sobrevida global.
– Análise dos subgrupos:
Os subgrupos foram definidos através de variáveis de importância prognóstica conhecida no carcinoma de mama, incluindo número de linfonodos positivos, tamanho do tumor, status dos receptores hormonais e status da menopausa. Estas análises devem ser interpretadas com cuidado, uma vez que o achado mais seguro é o resultado do estudo global. Em geral, uma redução do risco similar à redução global foi observada com TAXOL, tanto para a sobrevida livre de doença quanto para a sobrevida global em todos os maiores subgrupos com apenas uma exceção, pacientes com tumores com receptores hormonais positivos apresentaram uma menor redução no risco (HR = 0,92) para sobrevida livre de doença com TAXOL do que outros grupos. Os resultados de análises do subgrupo estão demonstrados na tabela a seguir:
TABELA 4 – Análises dos Subgrupos – Estudo Adjuvante no Carcinoma mamário Sobrevida Livre de Doença Sobrevida Global Subgrupo Paciente N.º de Pacientes Nº de Recorrências Razão de Risco (95% lC) N.º de Mortes Razão de Risco (95% lC) N.º de Linfonodos Positivos 1-3 1449 221 0,72 107 0,76 (0,55-0,94) (0,52-1,12) 4-9 1310 274 0,78 148 0,66 (0,61-0,99) (0,47-0,91) 10+ 360 129 0,93 87 0,90 (0,66-1,31) (0,59-1,36)
Tamanho do Tumor (cm) < 2 1096 153 0,79 67 0,73 (0,57-1,08) (045-1,18) > 2 e < 5 1611 358 0,79 201 0,74 (0,64-0,97) (0,56-0,98) > 5 397 111 0,75 72 0,73 (0,51-1,08) (0,46-1,16)
Menopausa
Pré 1929 374 0,83 187 0,72 (0,67-1,01) (0,54-0,97) Pós 1183 250 0,73 155 0,77 (0,57-0,93) (0,56-1,06)
Receptor
Positivo a 2066 293 0,92 126 0,83 (0,73-1,16) (0,59-1,18) Negativo / Desconhecido b 1055 331 0,68 216 0,71 (0,55-0,85) (0,54-0,93) a Positivo para receptores de estrogênio ou progesterona b Negativo ou não analisado para receptores de estrogênio ou progesterona (ausência de ambos= 15 pacientes) As análises retrospectivas dos subgrupos sugerem que o efeito benéfico do TAXOL foi claramente estabelecido em subgrupos receptores-negativos, mas o beneficio em pacientes receptores-positivos ainda não está claro. Em relação à menopausa, o benefício do TAXOL é consistente (vide Tabela 4). O perfil dos eventos adversos para pacientes que receberam TAXOL após terapia AC foi consistente com o observado na análise dos dados dos 812 pacientes tratados apenas com TAXOL em 10 estudos clínicos.
– Após falha da quimioterapia inicial
Dados de 83 pacientes avaliados em 3 estudos abertos FASE II e de 471 pacientes incluídos em um estudo randomizado FASE III foram utilizadas para sustentar o uso de TAXOL em pacientes com carcinoma de mama metastático. Estudos FASE II abertos: Dois estudos foram conduzidos com 53 pacientes previamente tratados com no máximo um regime quimioterápico anterior. TAXOL foi administrado nestes dois estudos com infusão de 24 horas com doses iniciais de 250 mg/m2 (com suporte G-CSF) ou 200 mg/m2. As taxas de respostas foram 57% (95% IC: 37 a 75%) e 52% (95% IC: 32 a 72%), respectivamente.
O terceiro estudo FASE II foi conduzido em pacientes pré tratados extensivamente que apresentaram falha na terapia com medicamentos da classe das antraciclinas que tinham recebido um mínimo de dois regimes de quimioterapia para o tratamento de doença metastática. A dose de TAXOL foi de 200 mg/m2 com infusão de 24 horas de suporte G-CSF. Nove dos 30 pacientes apresentaram uma resposta parcial, para uma taxa de resposta de 30 % (95% IC: 15 a 50%). Estudo FASE III randomizado: Este estudo multicêntrico foi conduzido em pacientes previamente tratados com um ou dois regimes quimioterápicos.
Os pacientes foram randomizados para receber TAXOL na dose de 175 mg/m2 ou 135 mg/m2 administrados num período de infusão de 3 horas. Em 471 pacientes envolvidos na pesquisa, 60 % apresentaram doenças sintomáticas com estado de desempenho insuficiente por ocasião do início do estudo (performance status) e 73% pacientes apresentavam metástase visceral. Estes pacientes apresentavam falha na quimioterapia anterior tanto no tratamento adjuvante (30%), como para a doença metastática (39%) ou a ambos (31%). Sessenta e seis por cento dos pacientes apresentavam exposição prévia a medicamentos da classe das antraciclinas e 23% deles apresentavam resistência considerável da doença à esta classe de agentes. A taxa de resposta global para os 454 pacientes avaliáveis foi de 26% (95% IC: 22 a 30%), com 17 respostas completas e 99 respostas parciais. A duração mediana da resposta avaliada desde o primeiro dia de tratamento foi de 8,1 meses (faixa: 3,4–18,1meses). No total de 471 pacientes, o tempo mediano de progressão foi de 3,5 meses (faixa: 0,03–17,1 meses). A sobrevida mediana foi de 11,7 meses (faixa: 0-18,9 meses). As taxas de resposta, sobrevida mediana e tempo mediano de progressão para os 2 braços do estudo estão demonstrados na tabela a seguir:
TABELA 5 – Eficácia em Câncer Mamário após falha de quimioterapia inicial ou dentro de 6 meses de quimioterapia adjuvante 175/3 135/3 (n= 235) (n= 236)
Resposta taxa (percentual) 28 22,0 valor de p 0,135
Tempo de Progressão mediana (meses) 4,2 3,0 valor de p 0,027
Sobrevida mediana (meses) 11,7 10,5 valor de p 0,321 O perfil dos eventos adversos dos pacientes que receberam apenas TAXOL no estudo FASE III foi consistente com o perfil observado na análise de dados dos 812 pacientes tratados em 10 estudos clínicos.
– Terapia de primeira linha em câncer avançado ou metastático de mama, em combinação com trastuzumab, em pacientes com super expressão do HER-2 em níveis de 2+ e 3+ como determinado por imunohistoquímica
Há evidências suficientes de que a eficácia observada com a combinação de Trastuzumab e TAXOL na terapia de primeira linha da doença metastática resulta de uma contribuição significativa tanto do Trastuzumab quanto do TAXOL. Os benefícios superam os riscos desta terapia em pacientes com câncer de mama metastático com superexpressão de HER2. Isso é demonstrado através de uma melhora significativa na eficácia em comparação ao TAXOL isolado e aos dados históricos sobre o agente isolado Trastuzumab. Todos os subgrupos clinicamente estudados pareceram se beneficiar do tratamento com a associação do Trastuzumab em termos de taxa de resposta tumoral e tempo para a progressão da doença. Entretanto, os pacientes que têm um escore de 3+ de superexpressão de HER-2 apresentaram maior benefício que aqueles que têm um escore de 2+.
Câncer de Não-pequenas Células do Pulmão (CNPCP)
Em estudo Fase III, aberto, randomizado e conduzido pelo ECOG, 599 pacientes foram randomizados com TAXOL (T) na dosagem de 135 mg/m2 com infusão de 24 horas em combinação com cisplatina (c) 75 mg/m2, com TAXOL (T) na dosagem de 250 mg/m2 com infusão de 24 horas em combinação com cisplatina (c) 75 mg/m2 com suporte G-CSF, ou cisplatina (c) 75 mg/m2 no dia 1, seguido por etoposídeo (VP) 100 mg/m2 nos dias 1, 2, e 3 (controle ). As taxas de resposta, o tempo mediano para progressão, a sobrevida mediana e as taxas de 1 ano de sobrevida estão descritos na tabela a seguir. Os valores de p fornecidos não foram ajustados para múltiplas comparações. Houve diferenças estatisticamente significativas a favor de cada um dos braços de TAXOL + cisplatina, para a taxa de resposta e tempo de progressão da doença. Não houve diferenças estatisticamente significativas na sobrevida entre o braço TAXOL + cisplatina e o braço cisplatina + etoposídeo.
TABELA 6
– Parâmetros de eficácia em Estudo Fase III na terapia de Primeira linha no CNPCP T135/24 T250/24 VP100 a c75 (n= 198) c75 (n= 201) c75 (n= 200) Resposta taxa (percentual) 25 23 12 valor de p b 0,001 <0,001
Tempo de Progressão mediana (meses) 4,3 4,9 2,7 valor de p b 0,05 0,004
Sobrevida mediana (meses) 9,3 10,0 7,4 valor de pb 0,12 0,08
Um ano de sobrevida percentual de pacientes 36 40 32 a etoposídeo (VP) 100 mg/m2 foi administrado IV nos dias 1,2 e 3. b Comparado a cisplatina/etoposídeo No estudo ECOG, o questionário da Avaliação Funcional da Terapia de Câncer do Pulmão (FACT-L) teve sete sub-escalas que mediram a avaliação subjetiva do tratamento. Das sete, a sub-escala dos sintomas específicos do câncer de pulmão favoreceu o braço TAXOL 135 mg/m2 (24 horas) + cisplatina, comparado ao braço cisplatina + etoposídeo. Para todos os outros fatores, não houve diferença entre os grupos de tratamento. O perfil dos eventos adversos dos pacientes que receberam TAXOL em combinação com cisplatina no estudo em geral foi consistente com o perfil observado na análise de dados dos 812 pacientes tratados apenas com TAXOL, em 10 estudos clínicos realizados.
Sarcoma de Kaposi Relacionado à AIDS
Dados de dois estudos abertos FASE II suportam o uso de TAXOL como segunda linha de tratamento em pacientes com sarcoma de Kaposi Relacionado à AIDS. Cinquenta e nove dos 85 pacientes envolvidos nestes estudos receberam previamente terapia sistêmica, incluindo Interferon Alfa (32%), DaunoXome® (31%), DOXIL® (2%) e quimioterapia com doxorrubicina ( 42%), sendo que 64 % haviam recebido medicamentos da classe das antraciclinas. Oitenta e cinco por cento dos pacientes pré-tratados progrediram ou não toleraram a terapia sistêmica prévia. No estudo CA 139-174, os pacientes receberam TAXOL 135 mg/m2 com infusão de 3 horas a cada 3 semanas (intensidade da dose pretendida 45 mg/ m²/semana). Os pacientes receberam 155 mg/m2 e 175 mg/m2 em ciclos subsequentes, caso nenhuma toxicidade dose limitante fosse observada. Fatores de crescimento hematopoiético não foram utilizados inicialmente. No estudo CA 139-281 os pacientes receberam TAXOL 100 mg/m2 com infusão de 3 horas a cada 2 semanas (intensidade da dose pretendida 50 mg/ m²/semana). Neste estudo os pacientes poderiam receber suporte hematopoiético antes de iniciar a terapia com TAXOL, ou este suporte poderia ser iniciado como indicado; a dose de TAXOL não foi aumentada. A intensidade da dose de TAXOL utilizado nesta população foi menor do que a intensidade da dose recomendada para outros tumores sólidos. Todos os pacientes apresentavam doenças disseminadas e de baixo risco. Aplicando os critérios da escala (ACTG) para os pacientes submetidos à terapia sistêmica prévia, 93 % eram de baixo risco em relação à extensão da doença (T1), 88 % com a contagem de CD4 <200 células/mm3 (I1) e considerando respectivas doenças sistêmicas 97 % apresentavam baixo risco (S1). Todos os pacientes no estudo CA 139-174 apresentavam um status do desempenho Karnofsky de 80 ou 90 no valor basal; no estudo CA 139-281, havia 26 (46%) pacientes com um status do desempenho Karnofsky de 70 ou pior no valor basal.
TABELA 7 – Extensão da Doença no Início do Estudo
– Percentual de Pacientes Terapia Sistêmica Prévia (n= 59) Visceral + edema + oral + cutâneo 42 Edema ou linfonodo + oral + cutâneo 41 Oral + cutâneo 10 Somente Cutâneo 7 Embora a intensidade da dose planejada em dois estudos tenha sido ligeiramente diferente (45 mg/m2/semana no estudo CA 139-174 e 50 mg/m2/semana no estudo CA 139-281), a intensidade da dose administrada foi de 38-39 mg/m2/ semana em ambos estudos, com uma variação similar ( 20-24 a 51-61).
– Eficácia: A eficácia do TAXOL foi avaliada através da resposta tumoral cutânea, de acordo com os critérios da Emenda da ACTG e também através da busca de evidências de benefícios clínicos aos pacientes em 6 domínios de sintomas e/ou condições que estivessem comumente relacionadas ao sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS.
– Resposta tumoral cutânea: O objetivo da taxa de resposta era de 59% (95% IC: 46% a 72%) (35 de 59 pacientes) em pacientes com terapia sistêmica prévia. As respostas cutâneas foram primariamente definidas como rebaixamento de mais de 50% das lesões previamente elevadas.
TABELA 8 – Melhor Resposta Global (Critério da Emenda ACTG)
– Percentual de Pacientes
Terapia Sistêmica Inicial (n=59) Resposta Completa 3 Resposta Parcial 56 Doença estável 29 Progressão 8 Morte precoce / Toxicidade 3 O tempo mediano de resposta foi de 8,1 semanas e a duração mediana da resposta medida no primeiro dia de tratamento foi de 10,4 meses (95% IC: 7,0 a 11,0 meses) para os pacientes que previamente receberam terapia sistêmica. O tempo mediano de progressão foi de 6,2 meses (95% lC: 4,6 a 8,7 meses) Benefícios Clínicos Adicionais: A maioria dos dados dos pacientes beneficiados foi avaliada retrospectivamente (planos para esta análise não foram incluídos nos protocolos dos estudos). No entanto, as descrições clínicas e fotográficas indicaram benefícios claros em alguns pacientes, incluindo melhora da função pulmonar em pacientes com comprometimento pulmonar, melhora na deambulação, resolução de úlceras e diminuição de necessidade de analgésicos em pacientes com Sarcoma de Kaposi nos pés e melhora de lesões faciais e edema em pacientes com SK na face, extremidades e genitália. Segurança: O perfil dos eventos adversos apresentados pelos pacientes com AIDS avançada ou de baixo risco de Sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS foi, em geral, semelhante ao observado na análise de dados dos 812 pacientes com tumores sólidos. Nos pacientes imunossuprimidos, entretanto, é recomendada uma menor intensidade de dose de TAXOL e terapia de apoio, incluindo fatores de crescimento hematopoiético em pacientes com neutropenia grave. Pacientes com Sarcoma de Kaposi relacionado à AIDS podem apresentar toxicidade hematológica mais severa do que em pacientes com tumores sólidos.