Características farmacológicas tofranil pamoato

TOFRANIL PAMOATO com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de TOFRANIL PAMOATO têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com TOFRANIL PAMOATO devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Farmacodinâmica
Grupo farmacológico: Antidepressivo tricíclico. Inibidor da recaptação de noradrenalina e serotonina (inibidor não seletivo da recaptação de monoamino).
Mecanismos de ação: A imipramina tem muitas propriedades farmacológicas, incluindo-se as propriedades alfa-adrenolítica, anti-histamínica, anticolinérgica e bloqueadora do receptor serotoninérgico (5-HT). Contudo, acredita-se que a principal atividade terapêutica da imipramina seja a inibição da recaptação neuronal de noradrenalina (NA) e de serotonina (5-HT).
A imipramina é chamada de bloqueador “misto” da recaptação, isto é, ela inibe a recaptação da noradrenalina e da serotonina aproximadamente na mesma extensão.

Farmacocinética
Absorção
O pamoato de imipramina é rápida e quase que completamente absorvido a partir do trato gastrintestinal. Durante sua primeira passagem pelo fígado, a imipramina, administrada por via oral, é parcialmente convertida em desmetilimipramina, um metabólito que também exibe atividade antidepressiva.
Após a administração oral única de 75 mg de TOFRANIL Pamoato, as concentrações plasmáticas médias de steady-state (estado de equilíbrio) de 23,0 ng/mL são atingidas em 4 horas.
A disponibilidade sistêmica do pamoato de imipramina é 20% menor do que a do cloridrato de imipramina. Quando se efetuar a mudança de tratamento com TOFRANIL drágeas para tratamento com TOFRANIL Pamoato, ou vice-versa, essa diferença na área sob a curva de concentração plasmática (AUC) deve ser levada em conta.

Distribuição
Cerca de 86% da imipramina se ligam a proteínas plasmáticas. As concentrações de imipramina no fluido cerebroespinal e no plasma estão altamente correlacionadas.
O volume aparente de distribuição é de aproximadamente 21 L/kg de peso corpóreo.
Tanto a imipramina como seu metabólito, a desmetilimipramina, passam para o leite materno em concentrações análogas às encontradas no plasma.

Biotransformação
A imipramina é extensivamente metabolizada no fígado. A molécula é transformada principalmente por desmetilação e, em menor extensão, por hidroxilação. Ambas as rotas metabólicas estão sob o controle genético.

Eliminação
A imipramina é eliminada do sangue com uma meia-vida média de 19 horas.
Aproximadamente 80% do fármaco são excretados através da urina e cerca de 20% nas fezes, principalmente na forma de metabólitos inativos. As quantidades de imipramina inalterada e de seu metabólito ativo, a desmetilimipramina, excretadas através da urina são de 5% e 6%, respectivamente. Apenas pequenas quantidades são excretadas através das fezes.

Características em pacientes
Graças ao clearance (depuração) metabólico reduzido, as concentrações de imipramina são maiores em pacientes idosos do que em pacientes mais jovens.
Em pacientes portadores de distúrbios renais graves, não ocorrem alterações na cinética de excreção renal da imipramina e de seus metabólitos não conjugados biologicamente ativos.
Entretanto, as concentrações plasmáticas de steady-state (estado de equilíbrio) dos metabólitos conjugados, que são considerados biologicamente inativos, são elevadas. A importância clínica dessa descoberta é desconhecida.

Dados de segurança pré-clínicos
A imipramina não possui potencial mutagênico ou carcinogênico. Estudos experimentais, realizados com quatro espécies (camundongo, rato, coelho e macaco), levaram a conclusão de que a administração oral de imipramina não possui potencial teratogênico. Estudos com altas doses de imipramina administradas parenteralmente resultaram principalmente em toxicidade materna grave e efeitos embriotóxicos, sendo, portanto não conclusivos quanto a efeitos teratogênicos.