Resultados de eficácia valium

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– Síndrome da ansiedade:
O uso de diazepam melhora os sintomas de agorafobia e ansiedade. A dose recomendada é de 2 a 10 mg administrada duas a quatro vezes ao dia (Prod Info Valium(R), 1999). A eficácia é mantida mesmo com o tratamento prolongado durante vários anos (Laughren et al, 1982; Hollister et al, 1981; Bowden & Fisher,1980). Em estudo envolvendo 228 pacientes, duplo cego com placebo, o tratamento com diazepam na dose de 2 mg três vezes ao dia e 4 mg a noite foi superior ao placebo no alívio dos sintomas da ansiedade (Hesbacher et al, 1970).
Quando comparada ao diazepam, a terapêutica com alprazolam é igualmente eficaz no tratamento de ansiedade dos pacientes ambulatoriais (Davison et al, 1983; Rickels et al, 1983; Cohn, 1981; Aden & Thein, 1980; Fabre & McLendon, 1979). Entretanto, a incidência de sedação é com o alprazolam (Rickels, 1983a; Cohn, 1981; Aden & Thein, 1980).
O bromazepam é tão eficaz quanto o diazepam como ansiolítico em pacientes com neurose de ansiedade (Carlier et al, 1974; De Geyter et al, 1975; Lapierre et al, 1978; Anon, 1984). Entretanto, há relatos que sugerem a superioridade do bromazepam (Fontaine et al, 1983; Anon, 1984). Acredita-se que o bromazepam é mais específico como ansiolítico quando comparado ao diazepam (Cherpillod & Hitz, 1976; Lapierre et al, 1978) e, portanto, mais eficaz.
A superioridade de eficácia do diazepam sobre a buspirona no tratamento de ansiedade crônica foi reportada por Jacobson et al em 1985 e Olajide & Lader em 1987.
Quanto ao lorazepam, alguns estudos indicam que a eficácia do diazepam é superior (Haider, 1971; Singh & Saxenia, 1974; Padron, 1974; Lawrence et al, 1974; Kasich, 1976) enquanto outros relatam a superioridade do lorazepam (Singh & Saxenia, 1974; Eaves et al, 1973; Scheliker, 1973).
– Espasmos musculares:
A terapêutica com diazepam é indicada e eficaz como adjuvante no tratamento de espasmos musculares causados por espasmo reflexo a patologia local como inflamação ou trauma, espasticidade causada por lesões de neurônio motor ou atetose (De Lee Rockwood, 1980; Young & Delwaide, 1981) e também, para alívio da espasticidade na esclerose multipla e lesões medulares. Porém, poderá ocorrer tolerância sendo necessária a alternância de doses e/ou modificação da terapêutica.
– Sedação basal pré procedimentos ou intervenções:
A administração de diazepam ou midazolam promove efeito sedativo eficaz em pacientes submetidos a cardioversão para taquiarritmia atrial. Sedação adequada foi atingida em 87 % dos pacientes que receberam diazepam e em 89% dos que foram tratados com midazolam. Entretanto, o tempo de despertar foi menor com o diazepam (Mitchell et al, 2003). Resultados similares foram demonstrados por Van Houten et al, 1998 em pacientes que receberam a medicação previamente à realização de endoscopia.
Ademais, a sedação com diazepam pode ser realizada pelo clínico, é custo-efetiva e permite que procedimentos como cardioversão sejam realizados mais prontamente (Pugh et al, 2001).
Em crianças, a administração de diazepam por via retal é eficaz como medicação pré-operatória (Eisenkraft et al, 1981).
Quanto à indução anestésica, a administração intravenosa de midazolam na dose de 0,15 miligrama/kilograma de peso (mg/kg) resulta em menor tempo de indução, menor incidência de apneia, e redução da incidência de flebite quando comparada à administração de diazepam 0,25 mg/kg quando ambos os agentes foram utilizados como indutores anestésicos em pacientes gravemente doentes e de alto risco (Reitan & Soliman, 1983).
– Delirium tremens – abstinência de álcool:
A administração de benzodiazepínicos é eficaz no tratamento da abstinência reduzindo a severidade e a incidência de convulsões e delírio (Mayo-Smith, 1997). Alguns clínicos preferem o diazepam devido a sua meia vida longa e a possibilidade de retirada mais branda (Peppers, 1996; Bird & Makela, 1994; Rosenbloom, 1986).
O uso de alprazolam foi tão efetivo quanto o diazepam no tratamento da abstinência do alcool (Kolin & Linet, 1981).
Abstinência de Benzodiazepínicos:
A administração de diazepam para desintoxicação de pacientes com uso abusivo de outros benzodiazepínicos tem sido eficaz (Harrison et al, 1984).
Status epilepticus:
A administração intravenosa de diazepam é indicada para o controle inicial do status epilepticus e das convulsões recorrentes graves (Delgado-Escueta et al, 1982; Tutton, 1970; Nicol et al, 1969). O tratamento é administrado para o controle inicial das convulsões enquanto a dose de ataque de um agente anticonvulsivo esteja sendo administrada. Usualmente a dosagem em adultos é de 5 a 10 mg intravenoso na velocidade de até 5 mg/minuto (Browne, 1978; Josephson, 1974; Lombroso, 1974).
O tratamento em crianças também é eficaz. Em crianças a partir de 5 anos de idade a dose recomendada é de 1 mg a cada 2 a 5 minutos de acordo com a necessidade até no máximo 10 mg. Já em crianças menores de 5 anos e acima de 30 dias de idade a dose é de 0,2 a 0,5 mg a cada 2 a 5 minutos e não deve ultrapassar 5mg (Browne, 1978; Lombroso, 1974).
A infusão contínua de diazepam por via intravenosa também se mostrou efetiva no controle de estado epilético em crianças na unidade de terapia intensiva (Singhi et al, 1998).
Por outro lado, a administração de diazepam por via retal é igualmente eficaz e segura no tratamento de status epilepticus em crianças (Dieckmann, 1994).
Para o tratamento de status epilepticus o lorazepam é igualmente eficaz diazepam. Porém, o lorazepam apresenta efeito anti-convulsivo mais prolongado (12 a 24 horas versus 15 a 30 minutos, respectivamente) (Lowenstein & Alldredge, 1998). Ademais, em crianças entre 2 semanas a 18 anos, o uso de lorazepam intravenoso quando
comparado ao diazepam foi igualmente eficaz no controle das convulsões (Giang & McBride, 1988).