Advertências vancocina cp

VANCOCINA CP com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de VANCOCINA CP têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com VANCOCINA CP devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



A administração intravenosa rápida (em poucos minutos) pode provocar uma hipotensão exagerada, incluindo choque e, raramente, parada cardíaca. A vancomicina deve ser administrada em uma solução diluída, por um período de no mínimo 60 minutos, para evitar reações relacionadas com infusão rápida. Geralmente, essas reações cessam prontamente ao interromper-se a infusão.
Tem ocorrido ototoxicidade, transitória ou permanente, em pacientes recebendo vancomicina, sendo relatada na maioria das vezes em pacientes que receberam doses excessivas, que tinham algum problema de perda de audição ou que estavam recebendo terapia concomitante com outro agente ototóxico, tal como um aminoglicosídeo. A vancomicina deve ser usada com cautela em pacientes com insuficiência renal porque o risco de ototoxicidade aumenta com concentrações altas utilizadas por um longo período.
As doses de vancomicina devem ser ajustadas em pacientes com disfunção renal (ver PRECAUÇÕES e POSOLOGIA).
Tem sido reportada colite pseudomembranosa praticamente com todos os antibióticos, incluindo vancomicina, podendo variar de leve a risco de vida; portanto, é importante considerar esse diagnóstico em pacientes que desenvolvem diarreia, associada com o uso de agentes antibacterianos. Tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do cólon e pode permitir o aumento do crescimento de clostrídeos. Estudos indicam que a toxina produzida pelo Clostridium difficile é uma causa primária de “colite associada a antibióticos”.
Os casos leves de colite pseudomembranosa respondem normalmente à interrupção da droga. Em casos moderados a graves, as medidas devem incluir fluídos, eletrólitos, suplementação proteica e tratamento com uma droga antibacteriana clinicamente efetiva contra colite por Clostridium difficile.

PRECAUÇÕES
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Durante o tratamento, se ocorrer uma superinfecção devem ser tomadas medidas apropriadas, não descartando a possibilidade de crescimento de microrganismos resistentes.
Para minimizar o risco de nefrotoxicidade em pacientes com insuficiência renal ou que estejam recebendo terapia concomitante com aminoglicosídeo, deve ser feita uma monitoração contínua da função renal e cuidados especiais devem ser tomados seguindo esquemas de doses apropriados (ver POSOLOGIA).
Testes periódicos da função auditiva podem ser úteis para minimizar o risco de ototoxicidade.
Foi relatada neutropenia reversível em pacientes que estavam recebendo vancomicina (ver REAÇÕES ADVERSAS). Pacientes que vão receber tratamento prolongado com vancomicina ou que estejam recebendo concomitantemente drogas neutropênicas devem ter uma monitorização periódica na contagem de leucócitos.
A vancomicina é irritante ao tecido e só deve ser administrada por via intravenosa. Se for administrada via intramuscular ou quando houver extravasamento acidental poderá ocorrer dor, hipersensibilidade no local e até necrose. Quando administrada via infusão intravenosa pode ocorrer dor, hipersensibilidade no local e tromboflebite, cuja frequência e gravidade podem ser minimizadas administrando-se a droga em concentrações entre 2,5 a 5,0 mg/ml e velocidade lenta, de preferência menor que 10 mg/minuto, por sistema de rodízio dos locais de infusão.
A segurança e eficácia da administração de vancomicina por via intratecal não foram avaliadas. Relatos têm revelado que a administração de vancomicina por via intraperitoneal, durante a diálise peritoneal contínua em ambulatório, resultou em uma síndrome de peritonite química. Até o momento, esta síndrome tem variado de um dialisado turvo a um dialisado turvo acompanhado por dor abdominal e febre em vários graus. Esta síndrome parece ser de curta duração após a interrupção da vancomicina administrada por via intraperitoneal.

CARCINOGÊNESE, MUTAGÊNESE E DANOS À FERTILIDADE
Não foi demonstrado potencial mutagênico da vancomicina em testes padrão de laboratório. Estudos de teratologia em animais não revelaram evidência de dano ao feto devido a vancomicina.

USO NA GRAVIDEZ
Risco C de acordo com classificação do FDA.
Não foram realizados estudos de reprodução animal com a vancomicina.
Em um estudo clínico controlado, os potenciais dos efeitos ototóxicos e nefrótóxicos da vancomicina em crianças foram avaliados quando a droga foi administrada por via intravenosa a mulheres grávidas, portadoras de infecções estafilocócicas graves, complicadas por serem viciadas em drogas de abuso intravenosas. A vancomicina foi encontrada no sangue do cordão umbilical. Não foi observada perda auditiva neurossensorial ou nefrotoxicidade com a vancomicina. Uma criança cuja mão recebeu vancomicina no terceiro trimestre de gravidez apresentou perda auditiva de condução, não atribuível à administração do produto. Devido ao número de pacientes tratados neste estudo ser limitado e a vancomicina ter sido administrada somente no segundo e terceiro trimestres de gravidez, não se sabe se a vancomicina causa dano fetal. Devido ao fato dos estudos de reprodução em animais nem sempre predizerem a resposta em humanos, e a segurança do uso de vancomicina em mulheres grávidas não ter sido estabelecida, a vancomicina só deve ser administrada a mulheres grávidas se absolutamente necessário.

AMAMENTAÇÃO
A vancomicina é excretada no leite humano. Deve-se ter cuidado quando a vancomicina for administrada a mulheres que estejam amamentando. Deve-se descontinuar a droga ou a amamentação, considerando a importância da droga para a mãe.

USO PEDIÁTRICO
Em recém-nascidos prematuros e lactentes jovens é recomendável controlar a concentração sérica de vancomicina.

IDOSOS
A diminuição natural na filtração glomerular com o aumento da idade pode levar a uma elevação da concentração sérica da vancomicina se a dose não for ajustada (por isso os idosos possuem maior risco de desenvolver ototoxicidade e/ou nefrotoxicidade). Os esquemas de doses de vancomicina devem ser ajustados nos pacientes idosos (ver POSOLOGIA).