Advertências zidovudina

ZIDOVUDINA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de ZIDOVUDINA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com ZIDOVUDINA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Toxicidade Hematológica: Podem ocorrer com freqüência anemia, que aparece com seis semanas de tratamento, neutropenia, após 4 semanas de tratamento e leucopenia, secundária à neutropenia. Os parâmetros hematológicos devem ser monitorados cuidadosamente. Nos três primeiros meses de tratamento, realizar testes sangüíneos a cada duas semanas e após, pelo menos um controle mensal. Ajustar a dose se ocorrer anemia ou mielossupressão. Estas anormalidades são reversíveis com a suspensão do tratamento.
Gravidez: A zidovudina atravessa a placenta e atinge concentrações fetais semelhantes a observada em adultos. Por isso deve ser administrada a mulheres grávidas somente após avaliação do risco/benefício.
Lactação: Não se sabe ainda se a zidovudina é excretada através do leite materno. De qualquer modo, a mãe não deve amamentar, a menos que ambas, mãe e criança estejam infectadas pelo HIV.
Odontologia: Os efeitos depressores da medula óssea podem dar lugar à maior incidência de infecções microbianas, retardo na cicatrização e hemorragias gengivais. Por isso, eventuais trabalhos odontológicos devem ser concluídos, se possível, antes do início da terapia, ou adiados até que os valores hematológicos voltem ao normal. Os pacientes devem ser instruídos para a necessidade de uma correta higiene bucal durante o tratamento, inclusive quanto a precaução no emprego de fios dentais e escovas na limpeza diária. Carcinogenicidade e Mutagenicidade: Os estudos de carcinogenicidade em animais, a longo prazo ainda não estão concluídos. A zidovudina tem se mostrado carcinogênica quando em concentrações de 0,5 mg/mL ou superiores em ensaios in vitro com células de mamíferos. Não se demonstrou que a zidovudina seja mutagênica com ou sem ativação metabólica, no teste de Ames em Salmonella. Na ausência de ativação metabólica ela é fracamente mutagênica mas, só em concentrações mais elevadas (de 4000 a 5000mg/mL). Em presença de ativação metabólica ela é fracamente mutagênica em concentrações superiores a 1000mg/mL. A zidovudina induz anomalias dose-dependentes na estrutura cromossômica em concentrações de 3mg/mL, conforme testes in vitro com linfócitos humanos. Estudos in vivo em ratos, com a zidovudina intravenosa não demonstraram presença de alterações na estrutura cromossômica. A influência da zidovudina durante a gravidez não foi testada suficientemente. Testes em ratos com doses orais de até 20 vezes superiores à dose humana, não demonstraram que a zidovudina cause efeitos adversos ao feto.
Interferência em Exames Laboratoriais: A zidovudina pode aumentar o VCM (volume corpuscular médio).
Monitorização do Paciente: O risco/benefício do uso da zidovudina deve ser cuidadosamente avaliado em presença de depressão da medula óssea, deficiência de ácido fólico ou de vitamina B12, e de comprometimento da função hepática e hipersensibilidade à zidovudina. A monitorização dos pacientes deve ser feita especialmente quanto à: CONTAGEM DE CÉLULAS SANGÜÍNEAS: A cada duas semanas (nas primeiras 8 semanas) para determinar uma freqüência. Caso ocorram anemia, granulocitopenia ou neutropenia, pode ser necessário interromper o tratamento, proceder transfusão de sangue ou tratar com eritropoetina alfa (eritropoetina humana recombinante), em pacientes com baixos níveis de eritropoetina endógena. O tratamento só deve ser reiniciado após evidência de recuperação da medula óssea. Após a recuperação, ajustar as doses e aumentá-las gradativamente dependendo das contagens sangüíneas e da tolerância do paciente, que deve ser informado sobre a necessidade e importância das contagens sangüíneas durante o tratamento.
Teste de Função Hepática:
Devem ser realizados periodicamente as deterrminações de transaminases (SGTP e SGOT) e bilirrubina sérica, já que têm sido relatadas elevações destes parâmetros. Os pacientes sob tratamento com zidovudina devem ser acompanhados clinicamente por médicos experientes no tratamento de moléstias associadas ao HIV. Os pacientes devem ser alertados quanto à necessidade de seguir o esquema posológico prescrito quanto às doses noturnas, que exigem a interrupção do sono normal.