Advertências branta

BRANTA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de BRANTA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com BRANTA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Losartana
Hipotensão em pacientes com depleção de volume: em pacientes com depleção do volume intravascular (isto é, aqueles tratados com diuréticos), pode ocorrer hipotensão sintomática após o início da terapia com losartana. Estas condições devem ser corrigidas antes da administração da losartana, ou uma dose inicial mais baixa deve ser utilizada.

Hipersensibilidade: angioedema
Insuficiência hepática: com base nos dados farmacocinéticos que demonstraram concentrações plasmáticas de losartana significativamente aumentadas em pacientes com cirrose hepática, uma dose mais baixa deve ser considerada para pacientes com insuficiência hepática.

Insuficiência renal: alterações na função renal foram relatadas em indivíduos susceptíveis ao tratamento com losartana, como consequência da inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona, E alguns pacientes, essas alterações na função renal foram reversíveis após a descontinuação da terapia. Em pacientes cuja função renal depende da atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona (por exemplo, pacientes com insuficiência cardíaca congestiva severa), o tratamento com inibidores da enzima conversora de angiotensina foi associado com oligúria e/ou azotemia progressiva e, raramente, com falência renal aguda e/ou morte. Resultados semelhantes foram relatados com losartana.
Em estudos com inibidores da ECA em pacientes com estenose arterial renal unilateral ou bilateral, foram relatados aumento da creatinina sérica ou nitrogênio ureico no sangue (NUS) . Efeitos similares foram relatados com a losartana. Em alguns pacientes, estes efeitos foram reversíveis após a descontinuação da terapia.

Desequilíbrio eletrolítico: o desequilíbrio eletrolítico é comum em pacientes com insuficiência renal, com ou sem diabetes, e devem ser corrigidos. Em um estudo clínico que envolveu pacientes com diabetes do tipo 2 com proteinúria, a incidência de hipercalemia foi maior no grupo tratado com losartana em comparação com o grupo placebo, entretanto, poucos pacientes descontinuaram a terapia devido a hipercalemia.

Suplementos de potássio: pacientes em tratamento com losartana devem ser orientados para não utilizar suplementos de potássio ou substitutos de sal contendo potássio sem consultar o médico prescritor.

Gravidez: pacientes do sexo feminino em idade fértil devem ser informadas sobre as consequências da exposição à losartana durante a gravidez. Discutir as opções de tratamento com as mulheres que planejam engravidar.

Pediatria: os recém-nascidos com histórico de exposição in útero à losartana potássica devem ser observados cuidadosamente a fim de verificar a ocorrência de hipotensão ou oligúria. Nesses casos, deve-se direcionar os cuidados para o suporte da pressão arterial e perfusão renal. Pode ser necessário transfusões de sangue e diálise como meio de reverter à hipotensão e/ou substituição da disfunção renal.

Pacientes idosos: do número total de pacientes que receberam losartana em um estudo clínico controlado para hipertensão, 391 pacientes (19%) tinham 65 anos ou mais, enquanto que 37 pacientes (2%) tinham 75 anos ou mais. Em um estudo clínico controlado para proteção renal em pacientes diabéticos tipo 2 com proteinúria, 248 pacientes (33%) tinham 65 anos ou mais. Em um estudo clínico controlado para a redução do risco combinado de mortalidade cardiovascular, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio em pacientes hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda, 2857 pacientes (62%) tinham 65 anos ou mais, enquanto 808 pacientes (18%) tinham 75 anos ou mais. Não foram observadas diferenças significativas na eficácia ou segurança entre estes pacientes e os pacientes mais jovens; no entanto, a maior sensibilidade de indivíduos mais idosos não pode ser descartada.
Os pacientes idosos possuem um risco maior na diminuição das funções hepática, renal ou cardíaca. BRANTA® deve ser utilizado nesses pacientes com cautela, de acordo com a recomendação médica.
Raça: no estudo LIFE, pacientes negros hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda tiveram menor risco de acidente vascular cerebral com atenolol do que com losartana. Dada a dificuldade em interpretar as diferenças de subconjuntos em grandes estudos clínicos, não se sabe se a diferença observada é o resultado do acaso. No entanto, o estudo LIFE não fornece evidências de que os benefícios da losartana na redução dos riscos de eventos cardiovasculares em pacientes hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda se aplicam aos pacientes negros.

Anlodipino
Hipotensão: a hipotensão sintomática é possível, particularmente, em pacientes com estenose aórtica grave. No entanto, devido ao início gradual da ação, é improvável a evolução para um quadro de hipotensão aguda.

Agravamento da angina ou infarto agudo do miocárdio: o agravamento da angina e infarto agudo do miocárdio podem se desenvolver após o início ou aumento da dose de anlodipino, particularmente em pacientes com doença arterial coronariana obstrutiva grave.

Suspensão do tratamento com betabloqueadores: o anlodipino não é um beta- bloqueador, portanto, não promove proteção contra os riscos de uma descontinuação abrupta de betabloqueadores. Assim, qualquer descontinuação deverá ser por uma redução gradual da dose do betabloqueador.

Pacientes com insuficiência hepática: administrar com precaução em pacientes com insuficiência hepática, pois deve-se levar em consideração que o anlodipino é amplamente metabolizado pelo fígado e a sua meia-vida de eliminação plasmática (t1/2) em pacientes com insuficiência hepática é de 56 horas.

Pacientes com insuficiência cardíaca: o anlodipino está associado com aumento de relatos de edema pulmonar, apesar de não haver diferenças significativas na incidência do agravamento da insuficiência cardíaca.

GRAVIDEZ E LACTAÇÃO
– Losartana
Toxicidade fetal: o uso de drogas que atuam no sistema renina-angiotensina durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez diminuem a função renal do feto e aumentam a morbidade e morte fetal e do recém-nascido. O oligoidrâmnio resultante pode estar associado com hipoplasia pulmonar e deformações ósseas no feto. As potenciais reações adversas neonatais incluem deformação craniana, anúria, hipotensão, insuficiência renal e morte. Quando houver confirmação de gravidez, deve-se descontinuar o tratamento com BRANTA®o mais rápido possível.
O aparecimento destas reações é geralmente associado com o uso destes fármacos no segundo e terceito trimestres da gravidez. A maioria dos estudos epidemiológicos, que examinaram anormalidades fetais após a exposição a anti-hipertensivos no primeiro trimestre, não destinguiram as drogas que afetam o sistema renina-angiotensina dos demais agentes anti- hipertensivos. O controle adequado da hipertensão durante a gravidez é importante para otimizar os resultados tanto para a mãe quanto para o feto.
Nos raros casos em que não há alternativa adequada para a terapia com fármacos que agem no sistema renina-angiotensina para um determinado paciente, informar a gestantes sobre o potencial risco para o feto. Realizar exames de ultrassom em série para avaliar o meio intra- amniótico.
Se for detectado oligoidrâmnio, descontinue BRANTA®, ao menos que seja considerado essencial para a vida da mãe. A realização de teste fetal pode ser recomendada dependendo da semana da gestação. Pacientes e médicos devem estar cientes que o oligoidrâmnio podem não ser detectado antes do feto ter sofrido dano irreversível.
Os recém-nascidos com histórico de exposição in utero à losartana devem ser observados cuidadosamente a fim de verificar a ocorrência de hipotensão, oligúria e hipercalemia. A losartana potássica demonstrou efeitos adversos em fetos e neonatos de ratos, incluindo diminuição do peso corporal, atraso no desenvolvimento físico e comportamental, mortalidade e toxicidade renal. Com exceção do ganho de peso em neonatais (que foi afetada com doses tão baixas quanto 10mg/kg/dia), doses associadas com esses efeitos excederam 25 mg/kg/dia (aproximadamente três vezes o máximo da dose humana recomendada de 100 mg em uma base de mg / m2). Estes resultados são atribuídos à exposição da droga no final da gestação e durante a lactação. Níveis significativos de losartana e do seu metabólito ativo demonstraram estar presentes no plasma fetal de ratos durante a gestação tardia e em leite de rato.

Carcinogênese, Mutagênese e Comprometimento da Fertilidade: a losartana potássica não é carcinogênica quando administrada em doses máximas toleradas para ratos e camundongos por 105 e 92 semanas, respectivamente. As fêmeas de ratos que receberam doses mais elevadas (270 mg/kg/dia) apresentaram incidência ligeiramente maior de adenoma de células acinares pancreáticas. As doses máximas toleradas (270 mg/kg/dia em ratos, 200 mg/kg/dia em camundongos) forneceram exposições sistêmicas de losartana e seu metabólito farmacologicamente ativo em aproximadamente 160 e 90 vezes (em ratos) e 30 e 15 vezes (em camundongos) em relação a exposição de um ser humano de 50 kg recebendo 100 mg por dia.
A losartana potássica mostrou-se negativa na mutagênese microbiana, ensaios mutagênicos das células mamárias V-79, na eluição alcalina in vitro e em ensaios in vitro e in vivo de aberração cromossômica. Adicionalmente, o metabólito ativo não demonstrou evidências de genotoxicidade na mutagênese microbiana, eluição alcalina in vitro e em ensaios de aberração cromossómica in vitro.
Em estudos com ratos machos, a fertilidade e o desempenho reprodutivo não foram afetados com a administração de doses orais de losartana potássica de apróximadamente 150 mg /kg dia. A administração de doses tóxicas em fêmeas (200/300 mg/kg/dia) foi associada a uma diminuição significativa (p <0,05) no corpo lúteo, implantes e fetos vivos na cesariana. Na dose de 100 mg /kg /dia, observou-se uma diminuição no corpo lúteo. A relação destes resultados para o tratamento é incerta.
Em ratas não prenhas que receberam doses de 135 mg kg dia durante 7 dias, a exposição sistêmica (ASCs) para losartana e seu metabólito ativo foi de aproximadamente 66 e 26 vezes a exposição alcançada no homem com a dose diária máxima recomendada em humanos de 100 mg.

Lactantes: não se sabe se a losartana é excretada no leite materno, mas níveis significativos de losartana e seu metabólito ativo mostraram-se presentes no leite de ratas. Devido ao potencial de efeitos adversos em lactentes, deve-se decidir quanto a interrupção da amamentação ou descontinuação do tratamento, levando em consideração a importância do medicamento para a mãe.

– Anlodipino
O anlodipino deve ser administrado durante a gravidez apenas se os potenciais benefícios justificarem os potenciais riscos para o feto. Nenhuma evidencia de teratogenicidade ou outra toxicidade fetal foi encontrada em ratas e coelhas prenhas que foram tratadas oralmente com anlodipino em doses de até 10 mg de anlodipino/kg/dia (respectivamente, 8 vezes 2 e 23 vezes 2 da dose humana máxima recomendada de 10 mg em uma base de mg/m2), durante os seus respectivos períodos de maior organogênese.

Lactantes: não se sabe se o anlodipino é excretado no leite humano. Na ausência dessa informação, recomenda-se que a amamentação seja interrompida enquanto anlodipino é administrado.
Categoria de risco na gravidez: D.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.