Advertências purinethol

PURINETHOL com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de PURINETHOL têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com PURINETHOL devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



PURINETHOL® É UM AGENTE CITOTÓXICO ATIVO PARA USO SOB A SUPERVISÃO DE MÉDICOS COM EXPERIÊNCIA NA ADMINISTRAÇÃO DESSES AGENTES. A imunização com vacinas contendo microorganismos vivos, tem o potencial de causar infecções em pacientes imunodeficientes. Desta forma, não é recomendado a imunização com vacinas elaboradas com microorganismos vivos. É aconselhável que se tome cuidado na manipulação ou divisão dos comprimidos de Purinethol®, a fim de evitar a contaminação das mãos ou eventual aspiração da droga. Controle: COMO O PURINETHOL® É ALTAMENTE MIELOSSUPRESSOR, DEVE-SE FAZER CONTAGENS SANGÜÍNEAS TOTAIS DIARIAMENTE, DURANTE A INDUÇÃO DA REMISSÃO. OS PACIENTES DEVEM SER CUIDADOSAMENTE CONTROLADOS DURANTE O TRATAMENTO. O tratamento com mercaptopurina causa supressão da medula óssea, a qual leva a leucopenia, a trombocitopenia e com menor frequência a anemia. Durante a indução da remissão, devem ser realizados hemogramas diários, e deve ser realizado um monitoramento cuidadoso dos parâmetros hematológicos durante a manutenção da terapia. As contagens de leucócitos e plaquetas continuam a cair após a suspensão do tratamento, de modo que, ao primeiro sinal de uma queda muito grande nessas contagens, o tratamento deve ser interrompido imediatamente. A supressão da medula óssea é reversível, se Purinethol® for suspenso com suficiente antecedência. Durante a indução de remissão na leucemia mielógena aguda, o paciente pode, freqüentemente, ter que passar por um período de relativa aplasia da medula óssea, e é importante que haja disponibilidade de condições de suporte adequadas.
Purinethol® é hepatotóxico, sendo assim, testes de função hepática devem ser feitos semanalmente durante o tratamento. Um controle mais freqüente pode ser aconselhável em pacientes com doença hepática pré-existente ou que foram tratados com outra droga potencialmente hepatotóxica. Se aparecer icterícia, o paciente deve ser instruído a descontinuar o tratamento com Purinethol® imediatamente. Durante a indução da remissão, quando estiver ocorrendo rápida lise celular, os níveis sangüíneos de ácido úrico devem ser controlados, pois pode haver o desenvolvimento de hiperuricemia e/ou hiperuricosúria, com o risco de nefropatia por ácido úrico. Pacientes portadores de deficiência hereditária da enzima tiopurina-metiltransferase (TPMT) podem apresentar sensibilidade não usual ao efeito mielossupressivo da mercaptopurina e podem ser suscetíveis a desenvolver supressão da medula óssea após o início do tratamento com Purinethol®.
É possível que este problema seja exacerbado pela co-administração com drogas que inibem TPMT, como olsalazina, mesalazina ou sulfasalazina. Em indivíduos que recebem concomitantemente, mercaptopurina e outros agentes citotóxicos, tem-se relatado uma possível associação da diminuição da atividade da TPMT e o desenvolvimento de mielodisplasia e leucemia secundárias (veja Reações Adversas). Alguns laboratórios realizam testes para detectar a deficiência da TPMT, entretanto estes testes não têm demonstrado identificar todos os pacientes com risco de toxicidade severa. Portanto, é necessário fazer um rigoroso monitoramento dos hemogramas do paciente. Tem-se observado uma resistência cruzada entre a formulação de Purinethol® e 6-tioguanina. É possível que a dosagem de Purinethol® tenha que ser diminuída quando administrado com outros agentes cuja toxicidade primária e secundária sejam a mielodepressão.
Mutagenicidade e carcinogenicidade
Aumento do número de aberrações cromossômicas foi observado nos linfócitos periféricos em pacientes leucêmicos e em um paciente com hipernefroma, o qual recebeu uma dose não declarada de mercaptopurina e em pacientes com nefropatia crônica tratados com doses de 0,4 – 1,0mg/Kg/dia. Dois casos foram documentados sobre a ocorrência de leucemia não-linfática aguda em pacientes tratados com mercaptopurina em associação com outras drogas para distúrbios nãoneoplásicos. Um caso isolado foi relatado em que o paciente, em tratamento para pioderma gangrenoso, desenvolveu, posteriormente, leucemia aguda não-linfática. Porém, não ficou estabelecido se existe uma relação causal com a droga ou se este fato estava diretamente relacionado com o histórico natural da doença. Um paciente com Doença de Hodgkin, tratado com mercaptopurina e agentes citotóxicos adicionais, desenvolveu leucemia mielógena aguda. Doze anos e meio após tratamento com mercaptopurina para miastenia grave, uma paciente desenvolveu leucemia mielóide crônica. Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.