Características farmacológicas alfaepoetina eritina

Alfaepoetina Eritina com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Alfaepoetina Eritina têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Alfaepoetina Eritina devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



A alfaepoetina é uma glicoproteína produzida pelo rim, mais precisamente pelas células adjacentes aos túbulos proximais renais; sua produção é estimulada por hipóxia. Ela atua como fator hormonal de estimulação mitótica e de diferenciação, aumentando a formação de eritrócitos maduros a partir das células progenitoras eritróides. A alfaepoetina contém 165 aminoácidos e é obtida por tecnologia de DNA recombinante. Possui um peso molecular de 34.000 Dalton e é produzida em células CHO (células de ovário de hamster chinês) nas quais o gene da alfaepoetinha humana foi inserido. O produto contém uma sequência de aminoácidos idêntica à da alfaepoetina natural.
T1/2 = 5,21 h
CL = 0.47 l/h
AUC = 8967,42 mUI*h/ml
Vc = 3,24 l
MRT = 7,58 h
Co = 1766,12 mUI/ml

Pacientes com insuficiência renal crônica
A produção endógena de alfaepoetina normalmente é regulada pelo nível de oxigenação dos tecidos. A hipóxia e a anemia geralmente incrementam a produção de alfaepoetina, que, por sua vez, estimula a eritropoiese.
Em pessoas normais, os níveis plasmáticos de alfaepoetina oscilam num intervalo entre 10 e 30mUI/mL e podem ser incrementados até 100 vezes durante períodos de hipóxia ou anemia. No entanto, em pacientes com insuficiência renal crônica, a produção de alfa epoetina endógena é deficiente e ainda que a patogenia da anemia nestes pacientes seja multifatorial, esta deficiência é a causa primária.
A insuficiência renal crônica é a situação clínica na qual ocorre uma diminuição progressiva e geralmente irreversível da função renal e a anemia se apresenta como sequela desta disfunção. Os pacientes em est ágio final de insuficiência renal requerem diálise ou ansplantetr para a sua sobrevida. Foi demonstrado que a alfaepoetina estimula a eritropoiese em pacientes anêmicos, tanto os que se submetem à diálise quantos que não o fazem regularmente.
A primeira evidência de resposta à alfaepoetina é o incremento na contagem de reticulócitos nos primeiros 10 dias de tratamento, seguido de um incremento na contagem de eritrócitos, hemoglobina e hematócrito, geralmente nas 2-6 semanas seguintes.
Uma vez alcançada a meta proposta de hematócrito (3 3%-36%), este nível deve ser mantido, se não existir deficiência de ferro ou outra doença concomitante.


Pacientes com câncer
A alfaepoetina é uma glicoproteína responsável pela estimulação da formação de eritrócitos, atuando como fator hormonal de estimulação mitótica e diferenciação e aumentando a formação de eritrócitos a partir dos precursores do compartimento celular de origem.
A anemia é frequentemente um sintoma concomitante em pacientes com câncer. A origem depende de uma combinação de fatores, onde os efeitos tóxicos dire tos dos agentes quimioterápicos utilizados desempenham um papel importante. Nestes pacientes, a resposta ao tratamento com Alfaepoetina também depende do nível endógeno da alfaepoetina. Pacientes com nível endógeno superior a 200mUI/mL não respondem ao tratamento.