Interações medicamentosas irinotecano

Irinotecano com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de Irinotecano têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Irinotecano devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



– bloqueadores neuromusculares: a interação entre Camptosar e bloqueadores neuromusculares não pode ser descartada, uma vez que o irinotecano tem atividade anticolinesterase. Fármacos com esta atividade podem prolongar o efeito neuromuscular do suxametônio e o bloqueio neuromuscular de fármacos não-despolarizantes podem ser antagonizados. – agentes antineoplásicos: eventos adversos de Camptosar (cloridrato de irinotecano), como a mielossupressão e a diarréia, podem ser exacerbados pela associação com outros agentes antineoplásicos que causem eventos adversos semelhantes. – dexametasona: foi relatada linfocitopenia em pacientes em tratamento com Camptosar, sendo possível que a administração de dexametasona como profilaxia antiemética possa aumentar a probabilidade de ocorrência desse efeito. Contudo, não foram observadas infecções oportunistas graves e nenhuma complicação foi especificamente atribuída à linfocitopenia. Foi também relatada hiperglicemia em pacientes com histórico de diabetes mellitus ou evidência de intolerância à glicose previamente à administração de Camptosar. É provável que a dexametasona, aplicada como profilaxia antiemética, possa ter contribuído para o surgimento de hiperglicemia em alguns pacientes. – proclorperazina: a incidência de acatisia nos estudos clínicos em esquema de doses semanais foi um pouco maior (8,5%, 4/47 pacientes) quando se administrou proclorperazina no mesmo dia que Camptosar, do que quando esses fármacos foram administrados em dias separados (1,3%, 1/80 pacientes). Todavia, a incidência de 8,5% de acatisia encontrase dentro da faixa relatada para o uso de proclorperazina, quando administrada como um pré-medicamento para outras terapias quimioterápicas. – laxantes: é esperado que laxantes usados durante a terapia com o irinotecano piorem a incidência ou gravidade da diarréia. – diuréticos: desidratação secundária a vômitos e/ou diarréia pode ser induzida por Camptosar. O médico pode considerar a suspensão do diurético durante o tratamento com o irinotecano e durante períodos de vômitos e diarréia ativos. – anticonvulsivantes: a co-administração de fármacos anticonvulsivantes indutores do CYP3A (por ex.: carbamazepina, fenobarbital ou fenitoína) resultam numa redução da exposição ao metabólito ativo SN-38. Deve-se ter cautela ao iniciar ou substituir anticonvulsivantes não-indutores enzimáticos pelo menos 1 semana antes do início da terapia com Camptosar. – cetoconazol: o clearance do Camptosar é reduzido significativamente em pacientes recebendo cetoconazol concomitantemente ao irinotecano, aumentando a exposição ao SN- 38. O cetoconazol deve ser descontinuado pelo menos 1 semana antes de iniciar o tratamento com Camptosar e não deve ser administrado durante a terapia com irinotecano. – erva de São João (Hypericum perforatum): a exposição ao metabólito ativo SN-38 é reduzida em pacientes utilizando concomitantemente erva de São João. Esta deve ser descontinuada pelo menos 1 semana antes do primeiro ciclo de irinotecano, e não deve ser administrada durante todo o tratamento com o quimioterápico. – sulfato de atazanavir: co-administração de sulfato de atazanavir, um inibidor da CYP3A4 e UGT1A1 tem o potencial de aumentar a exposição sistêmica ao SN-38, o metabólito ativo do irinotecano. Médicos devem levar isto em consideração quando co-administrar estes fármacos. – bevacizumabe: em um estudo, as concentrações de irinotecano presentes no plasma de pacientes recebendo apenas irinotecano/5-FU/FA foram similares às concentrações presentes no plasma de pacientes o recebendo em combinação com bevacizumabe. Concentrações de SN-38, metabólito ativo do irinotecano, foram analisadas em um subconjunto de pacientes (aproximadamente 30 por braço de tratamento). As concentrações de SN-38 foram, em média, 33% maiores em pacientes recebendo irinotecano/5-FU/FA em combinação com bevacizumabe quando comparadas às de pacientes recebendo apenas irinotecano/5-FU/FA. Devido à alta variabilidade entre os pacientes e à amostragem limitada, não é certo que o aumento observado nos níveis de SN-38 é referente ao bevacizumabe. Houve um pequeno aumento das reações adversas diarréia e leucopenia. Foram reportadas mais reduções de dose de irinotecano em pacientes recebendo irinotecano/5-FU/FA em combinação com bevacizumabe. – vacinas: a administração de vacinas vivas ou atenuadas em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo irinotecano, pode resultar em infecções graves ou fatais. A vacinação com vacinas vivas deve ser evitada em pacientes recebendo irinotecano. As vacinas mortas ou inativadas podem ser administradas. Entretanto, a resposta a tais vacinas pode ser diminuída.