Advertências betaferon

BETAFERON com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de BETAFERON têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com BETAFERON devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



-Distúrbios psiquiátricos
Pacientes que venham a ser tratados com Betaferon® (betainterferona 1b) devem ser informados que podem ocorrer distúrbios depressivos e ideias suicidas como efeitos secundários do tratamento (ver “Reações Adversas”), devendo comunicar imediatamente ao médico a ocorrência destes sintomas. Em casos raros, estes sintomas podem resultar em tentativa de suicídio. Pacientes que apresentam depressão e ideias suicidas devem ser monitorados cuidadosamente e, nesses casos, deve-se considerar a interrupção do tratamento.
Em dois estudos clínicos controlados envolvendo 1657 pacientes com Esclerose Múltipla secundária progressiva, não houve quaisquer diferenças significativas entre pacientes tratados com Betaferon® (betainterferona 1b) e aqueles tratados com placebo, com relação à depressão e ideias suicidas. Entretanto, como não se pode excluir que o tratamento com Betaferon® (betainterferona 1b) possa estar associado com a ocorrência de depressão e ideias suicidas em determinados pacientes, o medicamento deve ser administrado com cuidado aos pacientes com história ou diagnóstico de distúrbios depressivos ou com ideias suicidas. Deve-se considerar a interrupção do tratamento com Betaferon® (betainterferona 1b) se esses eventos se desenvolverem durante a terapia.
Este produto contém albumina humana, um derivado de sangue humano. Baseado em um mapeamento efetivo do doador e processos de fabricação do produto, existe um risco extremamente remoto para a transmissão de doenças virais. O risco teórico para a transmissão da doença de Creutzfeld-Jacob também é considerado extremamente remoto. Nenhum caso de transmissão de doença viral ou doença de Creutzfeld-Jacobfoi identificado para a albumina.
Betaferon® (betainterferona 1b) deve ser administrado com cautela à pacientes com histórico de convulsões.

Testes laboratoriais
Além dos testes de laboratório requeridos normalmente para o monitoramento de pacientes com Esclerose Múltipla, é recomendada a realização dos seguintes testes, antes do início e no período após a introdução do tratamento em intervalos regulares, e depois periodicamente na ausência de sintomas clínicos (ver “Reações Adversas”): hemograma completo e leucograma diferencial, contagem de plaquetas e bioquímica do sangue incluindo testes de função hepática (p. ex., ASAT (TGO), ALAT (TGP) e GT).
São recomendados testes periódicos da função tireoidiana nos pacientes com histórico de disfunção da tireoide ou com indicação clínica.
Pacientes com anemia, trombocitopenia, leucopenia (isolada ou em conjunto com outras alterações) podem requerer monitoramento mais intenso da contagem diferencial de células sanguíneas (completo) e contagem de plaquetas.

Distúrbios hepatobiliares
Durante os ensaios clínicos, ocorreram casos muito frequentes de elevações assintomáticas de transaminases séricas, na maior parte das vezes leve e transitória, em pacientes tratados com Betaferon® (betainterferona 1b) (ver “Reações Adversas”).
Assim como para outras betainterferonas, foram relatados casos de lesão hepática grave, incluindo falência hepática. Os eventos mais graves frequentemente ocorreram em pacientes que utilizavam outros fármacos ou substâncias hepatotóxicas ou na presença de condições médicas graves concomitantes (p. ex.: doença maligna com metástase, infecção grave e septicemia, abuso de bebidas alcoólicas).
Os pacientes devem ser monitorados quanto aos sinais de lesão hepática. A ocorrência de elevação nos níveis de transaminases séricas deve ser investigada e monitorada minuciosamente. Se os níveis tornarem-se significativamente elevados ou se existirem sintomas clínicos associados, como desenvolvimento de icterícia, deve-se considerar a interrupção do tratamento com Betaferon® (betainterferona 1b). Na ausência de evidência clínica de lesão hepática e após normalização das enzimas hepáticas, pode-seconsiderar a reintrodução do tratamento com acompanhamento apropriado da função hepática.

Distúrbios cardíacos
Deve ser utilizado com cuidado em pacientes com distúrbios cardíacos preexistentes significativos, como insuficiência cardíaca congestiva, doença coronária arterial ou arritmias. Enquanto não há evidência de um potencial efeito cardiotóxico direto de Betaferon® (betainterferona 1b), estes pacientes devem ser monitorados com relação ao agravamento de suas condições cardíacas. Isso se aplica particularmente durante o início do tratamento com Betaferon® (betainterferona 1b), onde sintomas parecidos com os da gripe, comumente associados com betainterferonas, exercem stress cardíaco por meio de febre, calafrios e taquicardia. Isto pode agravar os sintomas cardíacos em pacientes com significativas doenças cardíacas preexistentes.
Durante o período de pós-comercialização, relatos muito raros foram recebidos sobre o agravamento do status cardíaco em pacientes com doenças cardíacas significativas preexistentes, temporariamente associados ao início da terapia com Betaferon®(betainterferona 1b).
Foram relatados casos de cardiomiopatia: caso isto ocorra e haja suspeita de que esteja relacionado com o uso de Betaferon® (betainterferona 1b), o tratamento deve ser interrompido.

Distúrbios gastrintestinais
Foram relatados casos de pancreatite, frequentemente associada à hipertrigliceridemia, com o uso de Betaferon® (betainterferona 1b) (ver “Reações adversas”).

Investigações / Imunogenicidade
Como todas as proteínas terapêuticas, há um potencial de imunogenicidade (ver
“Reações adversas”). A decisão para continuar ou descontinuar o tratamento deve ser baseada mais em relação a todos os aspectos do status da doença do paciente que somente no status da atividade de neutralização.

Distúrbios no sistema imunológico
A administração de citocinas aos pacientes com gamopatia monoclonal preexistente foi associada com o desenvolvimento de síndrome de extravasamento capilar sistêmico, com sintomas que se assemelham ao choque e desfecho fatal.

Distúrbios gerais e reações no local de aplicação
Podem ocorrer reações graves de hipersensibilidade (reações agudas e graves tais como broncoespasmo, anafilaxia e urticária).
Foi observada necrose no local da injeção em pacientes tratados com Betaferon®(betainterferona 1b) (ver “Reações adversas”). Esta necrose pode ser extensa e pode envolver a fáscia muscular, assim como tecido adiposo e, portanto, pode resultar em formação de cicatriz. Ocasionalmente são necessários debridamento e, menos frequentemente, enxerto de pele; o restabelecimento pode levar até 6 meses.
O paciente deve ser orientado a consultar seu médico antes de continuar com as injeções de Betaferon® (betainterferona 1b) se apresentar qualquer ruptura na pele que possa estar associada com edema ou drenagem do líquido no local da injeção.
Se o paciente apresentar lesões múltiplas, o tratamento com Betaferon®(betainterferona 1b) deve ser interrompido até que o restabelecimento tenha ocorrido. Pacientes com lesões isoladas podem continuar com o uso do medicamento desde que a necrose não seja muito ampla, uma vez que alguns pacientes obtiveram cicatrização da necrose durante o uso de Betaferon® (betainterferona 1b).
Para minimizar o risco de necrose no local da injeção os pacientes devem ser orientados a:
-utilizar técnica asséptica de injeção;
-alternar os locais de injeção a cada aplicação.
O procedimento de autoadministração deve ser revisto periodicamente, especialmente se houver ocorrido reações no local da injeção.
Este medicamento contém menos que 1 mmol de sódio (23 mg) por mL, ou seja, é essencialmente livre de sódio.

Microangiopatia Trombótica
Casos de microangiopatia trombótica (MAT), com manifestações como púrpura trombocitopênica trombótica e síndrome urêmica hemolítica, incluindo casos fatais, foram reportados com produtos contendo betainterferonas, incluindo Betaferon®(betainterferona 1b). Os casos foram reportados depois de semanas a anos após o início do uso de produtos com betainterferona.
Descontinuar Betaferon® (betainterferona 1b) caso ocorram sintomas clínicos e achados laboratoriais consistentes com MAT, e tratar conforme indicado clinicamente.

Efeitos na habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas
Os efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas não foram investigados.
Em pacientes suscetíveis, os efeitos adversos relacionados ao SNC associados com o uso de Betaferon® (betainterferona 1b) podem influenciar a habilidade de dirigir e utilizar máquinas.

Gravidez e lactação
– Gravidez
Não é conhecido se Betaferon® (betainterferona 1b) pode causar lesão fetal quando administrado às mulheres grávidas ou se pode afetar a capacidade reprodutiva humana. Em estudos clínicos controlados, foram observados abortamentos espontâneos em pacientes com Esclerose Múltipla. Nos ensaios com macacos Rhesus, comprovou-seque a betainterferona 1b humana recombinante é embriotóxica, causando aumento na taxa de abortamento com as doses mais altas. Portanto, mulheres em idade fértil devem adotar medidas contraceptivas apropriadas. Se a paciente engravidar ou planejar engravidar durante a administração de Betaferon® (betainterferona 1b), ela deve ser informada sobre os riscos potenciais e deve ser recomendada a suspensão do tratamento (para resultados pré-clínicos, ver “Dados pré-clínicos de segurança”).

– Lactação
Não se sabe se a betainterferona 1b é excretada com o leite materno humano. Devido à ocorrência potencial de reações adversas graves em lactentes, deve-se decidir entre a interrupção da amamentação ou do tratamento com Betaferon® (betainterferona 1b).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. (Categoria C)