Reações adversas betaferon

BETAFERON com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de BETAFERON têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com BETAFERON devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Frequentemente foram observados sintomas semelhantes aos gripais (febre, calafrios, artralgia, indisposição, sudorese, cefaleia ou mialgia). A incidência destes sintomas diminuiu com o passar do tempo.
De modo geral, recomenda-se a titulação da dose no início do tratamento, a fim de aumentar a tolerabilidade ao Betaferon® (betainterferona 1b) (ver item “Posologia”).
Sintomas semelhantes aos gripais também podem ser reduzidos com a administração de um anti-inflamatório não esteroidal.
Reações no local de injeção (p. ex.: vermelhidão, inchaço, alteração de cor, inflamação, dor, hipersensibilidade, necrose e reações não específicas) ocorreram frequentemente após a administração de Betaferon® (betainterferona 1b).
De modo geral, a incidência de reações no local de injeção diminuiu com o passar do tempo. A incidência de reações no local de injeção pode ser reduzida com o uso de um autoinjetor.
Os termos das reações adversas aos medicamentos foram baseados no MedDRA (versão 9.1).
Foi utilizado o termo MedDRA mais apropriado para descrever uma determinada reação e seus sinônimos e condições relacionadas.
As frequências das reações adversas ao medicamento (RAMs)* reportadas com Betaferon® (betainterferona 1b) estão resumidas abaixo.
As frequências são definidas como muito comum (> 1/10) e comum (> 1/100 a < 1/10). As reações adversas identificadas somente durante a vigilância na pós-comercialização,e para as quais uma frequência não pode ser estimada, estão listadas abaixo de “frequência desconhecida”.
Reação muito comum (> 1/10): contagem diminuída de linfócitos (< 1500/mm3)x, contagem diminuída de células brancas (< 3000/mm3)x, contagem absoluta diminuída de neutrófilos (< 1500/mm3)x, cefaleia, insônia, descoordenação, dor abdominal, aumento de alanina aminotransferase (ALAT (TGP) > 5 vezes a linha basal)x, erupção cutânea, distúrbio na pele, mialgia, hipertonia, incontinência urinária, reações no local de injeção (vários tiposo), sintomas semelhantes aos gripais (complexo§), dor, febre, calafrios, edemas periféricos, astenia.
Reação comum (> 1/100 a <1/10): linfoadenopatia, hipertensão, dispneia, aumento de aspartato aminotransferase (ASAT (TGO) > 5 vezes a linha basal)x, impotênciab, metrorragiaa, necrose no local de injeção, dor no peito, indisposição.
Reação de frequência desconhecida: anemia, trombocitopenia, leucopenia, microangiopatia trombótica, reações anafiláticas, síndrome do extravasamento capilar sistêmico em gamopatia monoclonal preexistente, distúrbios na tireoide, hipertireoidismo, hipotireoidismo, aumento de triglicérides no sangue, anorexia, redução de peso, aumento de peso, depressão, tentativa de suicídio, confusão, ansiedade, instabilidade emocional, convulsão, tontura, cardiomiopatia, taquicardia, palpitação, vasodilatação, broncoespasmo, náusea, vômito, pancreatite, diarreia, aumento de bilirrubina no sangue, aumento da gama-glutamiltransferase, lesão hepática (incluindo hepatite), falência hepática, urticária, alopecia, prurido, alteração de cor na pele, artralgia, lúpus eritematoso induzido pelo medicamento, distúrbio menstrual, menorragia, sudorese.
“Reações adversas ao medicamento” foram definidas baseadas em incidências comparativas: qualquer evento adverso que ocorreu em pacientes tratados com Betaferon® (betainterferona 1b) com uma frequência de pelo menos 2% acima do observado em pacientes tratados com placebo foi considerado possivelmente relacionado à Betaferon® (betainterferona 1b), independente da causalidade originalmente associada nos relatórios de caso individuais.
x anormalidade laboratorial a mulheres na pré-menopausab homens o “Reação no local de injeção (vários tipos)” compreende todos os eventos adversos que ocorrem no local de injeção (exceto necrose no local de injeção), p. ex. os seguintes termos: reação no local de injeção, hemorragia no local de injeção, hipersensibilidade no local de injeção, inflamação no local de injeção, intumescimento no local de injeção, dor no local de injeção, edema no local de injeção e atrofia no local de injeção.
“Complexo de sintomas semelhantes aos gripais” denota a síndrome gripal e/ou uma combinação de pelo menos duas reações adversas de febre, calafrios, mialgia, indisposição e sudorese.

-Investigações / Imunogenicidade
Como ocorre com todas as proteínas com finalidade terapêutica, há um potencial para imunogenicidade. Em estudos clínicos controlados, foram coletadas amostras de soro a cada 3 meses (no estudo com pacientes com um único evento clínico sugestivo de Esclerose Múltipla, a cada 6 meses) para monitorar o desenvolvimento dos anticorpos ao Betaferon® (betainterferona 1b).
Em diferentes estudos clínicos controlados, observou-se que entre 23% e 41% dos pacientes desenvolveram atividade neutralizante à betainterferona 1b do soro, confirmada ao menos por dois títulos positivos consecutivos; destes pacientes, entre 43% e 55% foram convertidos, de maneira estável, ao status negativo para anticorpo (baseado em dois títulos negativos consecutivos) durante o período de observação subsequente do respectivo estudo.
Em estudo com pacientes com um único evento clínico sugestivo de Esclerose Múltipla, a atividade neutralizante medida a cada 6 meses foi observada pelo menos uma vez em 32% (89 pacientes) dos pacientes imediatamente tratados com Betaferon®(betainterferona 1b); destes, 60% (53 pacientes) retornaram ao status negativo baseado na última análise disponível dentro do período de 5 anos. Dentro do período de estudo de 5 anos, o desenvolvimento da atividade neutralizante não foi associado com redução da eficácia clínica (no que diz respeito ao tempo para chegar a Esclerose Múltipla clinicamente definida – EMCD, tempo para a progressão confirmada da escala expandida do grau de incapacidade – EDSS e índice de remissão).
Não foi demonstrado qualquer efeito atenuador consistente nos resultados clínicos, relacionado à presença de anticorpos neutralizantes no decorrer dos estudos, parâmetros de eficácia, diferentes abordagens estatísticas e diversas definições de status positivo para o anticorpo neutralizante. Os eventos adversos não foram associados com o desenvolvimento da atividade neutralizante.
A decisão para continuar ou interromper o tratamento deve ser baseada em todos os aspectos do status da doença do paciente do que somente no status da atividade neutralizante.

“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.”