Advertências finasterida 5mg

FINASTERIDA 5mg com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de FINASTERIDA 5mg têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com FINASTERIDA 5mg devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



– Geral
Uma vez que a resposta benéfica de finasterida comprimido revestido pode não se manifestar imediatamente, pacientes com grandes volumes residuais de urina e/ou fluxo urinário drasticamente reduzido deverão ser cuidadosamente monitorizados para uropatia obstrutiva.

– Câncer da Próstata
Recomenda-se a realização do toque retal bem como de outras avaliações para detecção do câncer da próstata, antes do início da terapia com finasterida comprimido revestido e periodicamente durante o tratamento. A concentração de PSA no soro tem sido cada vez mais utilizada para a detecção do câncer da próstata. Em geral um valor da PSA >10 ng/ml (Hybritach) indica avaliações posteriores e eventual biópsia. Para níveis da PSA entre 4 e 10 ng/ml, aconselha-se maiores avaliações. O médico deve ter consciência de que um valor basal da PSA < 4 ng/ml não exclui o câncer da próstata. A finasterida provoca redução nas concentrações séricas da PSA mesmo na presença de câncer da próstata (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS). A redução dos níveis da PSA em pacientes com HPB tratados com
finasterida comprimido revestido deve ser considerada quando se avaliar dados de PSA e não exclui a possibilidade de ocorrência concomitante de câncer da próstata. Qualquer aumento sustentado nos níveis de PSA em pacientes tratados com finasterida deve ser cuidadosamente avaliado, inclusive considerando-se a não aderência ao tratamento com finasterida comprimido revestido. Não foi ainda demonstrado benefício clínico em pacientes com câncer da próstata tratados com finasterida. Em estudos clínicos controlados realizados em pacientes com HPB, a finasterida não pareceu alterar a taxa de detecção de câncer da próstata.

– Carcinogênese, Muitagênese, Fertilidade
Não foi observada evidência de efeito carcinogênico em estudos de 24 meses de duração em ratos recebendo doses de finasterida de até 320 mg/Kg/dia (3200 vezes a dose recomendada para o homem).
Em um estudo de carcinogenicidade de 19 meses de duração em camundongos, foi observado um aumento estatisticamente significativo (P £ 0,05) na incidência de adenoma de célula testicular de Leydig com doses de 250 mg/Kg/dia (2500 vezes a dose recomendada para o homem); não foram observados adenomas em camundongos recebendo doses de 2,5 ou 25 mg/Kg/dia (25 a 250 vezes a dose recomendada para o homem, respectivamente).
Em camundongos recebendo doses de 25 mg/Kg/dia e em ratos recebendo doses maiores ou iguais a 40 mg/Kg/dia (250 e 400 vezes a dose recomendada para o homem, respectivamente), foi observado aumento da incidência de hiperplasia da célula de Leydig. Foi demonstrada correlação positiva entre as alterações proliferativas das células de Leydig e o aumento dos níveis (2-3 vezes acima do controle) de hormônio luteinizante (LH) em ambas as espécies de roedores tratadas com altas doses de finasterida.
Este fato sugere que as alterações das células de Leydig são conseqüências dos níveis elevados de LH no soro e não a um efeito direto da finasterida. Não foram observadas alterações relacionadas à droga, das células de Leydig, nem em ratos nem em cães tratados com finasterida comprimido revestido durante 1 ano, com doses de 20 mg/Kg/dia e 45 mg/Kg/dia (200 e 450 vezes a dose recomendada para o homem, respectivamente) nem em camundongos tratados por 19 meses com doses de 2,5 mg/Kg/dia (25 vezes a dose recomendada para o homem).
Não foi observada evidência de mutagênese em testes de mutagênese bacteriana in vitro, em teste de mutagênese em células de mamíferos ou em teste de eluição alcalina in vitro. Em teste de aberração cromossômica in vitro, quando células de ovário de hamster chinês foram tratadas com altas doses de finasterida (450-500 mmol), houve ligeiro aumento nas aberrações cromossômicas. Estas concentrações correspondem a 4000-5000 vezes os picos dos níveis plasmáticos em um homem recebendo uma dose total de 5 mg. Ainda as concentrações (450-500 mmol) utilizadas nos estudos in vitro não podem ser atingidas em um sistema biológico. Em um estudo de aberração cromossômica in vivo, em camundongos, não foram observados aumentos na aberração cromossômica relacionados ao tratamento com finasterida comprimido revestido nas doses máximas toleradas (250 mg/Kg/dia: 2500 vezes a dose recomendada para o homem). Em coelhos do sexo masculino, sexualmente maduros, tratados com 80 mg/Kg/dia de
finasterida (800 vezes a dose recomendada para o homem) por até 12 semanas, não foi observado efeito na fertilidade, na contagem de espermas nem no volume do ejaculado. Em ratos do sexo masculino, sexualmente maduros, tratados com a mesma dose de finasterida, não se observou efeitos significativos na fertilidade após 6 ou 12 semanas de tratamento; contudo, quando o tratamento se prolongava até 24 a 30 semanas, havia aparente redução na fertilidade e na fecundidade, juntamente com decréscimo significativo, nos pesos da vesícula seminal e da próstata. Todos os efeitos foram reversíveis em um período de 6 semanas, após interrupção do tratamento.
O decréscimo da fertilidade em ratos tratados com finasterida é secundário ao seu efeito sobre os órgãos sexuais acessórios (próstata e vesícula seminal) resultando na deficiência de formação do tampão seminal. O tampão seminal é essencial para a fertilidade normal em ratos e não é relevante no homem que não forma tampão copulatório. Não foi observado efeito relacionado à droga, em testículos ou na performance sexual em ratos e coelhos.
Observou-se hipospadia na prole do sexo masculino de ratas grávidas que receberam finasterida em doses que variaram de 100 mg/Kg/dia a 100 mg/Kg/dia (1 a 100 vezes a dose recomendada para o homem), numa incidência de 3,6 a 100%. Adicionalmete, na prole do sexo masculino havia ratos com pesos da próstata e da vesícula seminal reduzidos, separação retardada do prepúcio e desenvolvimento transitório do mamilo em ratos que receberam finasterida comprimido revestido em doses maiores ou iguais a 30 mg/Kg/dia (30% da dose recomendada para o homem). O período crítico durante o qual estes efeitos podem ser induzidos foi definido em ratos, como sendo aos 16-17 dias da gestação. As alterações descritas acima são efeitos farmacológicos esperados dos inibidores da 5-α-redutase. Muitas das alterações, tais como hipospadias, observadas em ratos machos expostos à finasterida in útero, são semelhantes aos relatados em meninos com deficiência genética de 5-α-redutase. Não foram observados efeitos em recém-nascidos do sexo feminino expostos in útero, a qualquer dose de finasterida.
A administração de finasterida em ratos durante o final da gestação e no período de lactação, resulta em leve redução da fertilidade na primeira geração de recém-nascidos do sexo masculino (3 mg/Kg/dia: 30 vezes a dose recomendada para o homem). Não se observou anormalidades de desenvolvimento na primeira geração de recém-nascidos machos ou fêmeas resultantes do cruzamento com ratos do sexo masculino tratados com finasterida (80 mg/Kg/dia: 800 vezes a dose recomendada para o homem) com ratas não tratadas.
Não se observou evidência de má formação em fetos de coelhos expostos in útero, no período de 6-18 dias de gestação a doses de finasterida de até 100 mg/Kg/dia (1000 vezes a dose recomendada para o homem).

– Insuficiência hepática: finasterida comprimido revestido é metabolizada pelo fígado, portanto, pacientes com insuficiência hepática devem administrar este medicamento com precaução.