Advertências coversyl plus

COVERSYL PLUS com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de COVERSYL PLUS têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com COVERSYL PLUS devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



ADVERTÊNCIAS:
Ligadas ao COVERSYL PLUSTM
Lítio:
O uso de lítio com COVERSYL PLUSTM não é recomendado (ver Interações medicamentosas).

Ligadas ao perindopril
Risco de neutropenia / Agranulocitose em pacientes imunodeprimidos:
Casos de neutropenia/agranulocitose, trombocitopenia e anemia têm sido reportados em pacientes que estão sendo tratados com inibidores da ECA. É raro ocorrer neutropenia em pacientes com função renal normal e que não apresentem outro fator de risco.
O risco de neutropenia depende do estado clínico do paciente e parece estar relacionado à dose e ao tipo do paciente. Esse risco raramente é encontrado em pacientes que não apresentam complicações, mas pode ocorrer em pacientes portadores de insuficiência renal associada à colagenoses como lúpus eritematoso disseminado, esclerodermia e em pacientes com terapia imunossupressora (alopurinol ou procainamida). Por isso a administração de perindopril nestes casos deve ser feita com cuidado. Alguns destes pacientes têm apresentado sérias infecções que em alguns casos, não respondem à terapia com antibióticos. Se perindopril for administrado nesses pacientes é aconselhável que se monitore regularmente a contagem de células sanguíneas (glóbulos brancos). Além disso, esses pacientes devem ser orientados à relatar qualquer sinal de infecção (como exemplo: dor de garganta, febre).
Hipersensibilidade/Angioedema (Edema de Quincke):
Raros casos de angioedema da face, extremidades, lábios, língua, glote e/ou laringe foram relatados em pacientes tratados com inibidor da ECA, incluindo perindopril. Isto pode ocorrer em qualquer momento durante o tratamento. Nesses casos, o tratamento com perindopril deve ser interrompido imediatamente e o paciente deve ser monitorado até o desaparecimento do edema. Edemas envolvendo somente a face e lábios geralmente não necessitam de tratamento, embora os anti-histamínicos sejam utilizados para aliviar os sintomas.
Angioedema associado ao edema da laringe pode ser fatal. Nos casos de edema da língua, glote e/ou laringe que podem ocasionar obstrução das vias aéreas, deve-se administrar rapidamente uma solução 1/1000 de adrenalina (0,3 mL a 0,5 mL por via subcutânea) e proceder um tratamento adequado para desobstrução dessas vias.
Inibidores da ECA não devem ser prescritos subsequentemente para esses pacientes. Em pacientes com história prévia de edema de Quincke não relacionado à terapia com inibidor da ECA, o risco de ocorrência de edema de Quincke induzido por inibidor da ECA é aumentado.
A frequência de angioedemas reportados é maior em pacientes negros do que nos demais pacientes.
Angioedemas intestinais tem sido raramente reportados em pacientes tratados com inibidores da ECA. Estes pacientes apresentam dores abdominais (com ou sem náuseas e vômitos); em certos casos não é precedido por edema de face e os níveis de esterase C-1 estão normais. O diagnóstico foi realizado por radiografia abdominal, ultrassonografia ou durante cirurgia e os sintomas desaparecem após interromper o tratamento com inibidores da ECA. O edema intestinal tem sido parte do diagnóstico diferencial em eventos de dor abdominal em pacientes que usam inibidores da ECA.
Reações Anafilactóides durante dessensibilização:
Raros casos de reações anafilactóides prolongadas com risco de vida foram relatados em pacientes tratados com um inibidor da ECA quando sofreram dessensibilização com veneno de himenópteros (abelhas, vespas). O tratamento com inibidores da ECA deve ser iniciado com precaução em pacientes alérgicos que sofreram dessensibilização e deve ser evitado em pacientes que estejam fazendo imunoterapia com veneno.
Essas reações são evitadas quando se interrompe temporariamente, por no mínimo 24 horas, o tratamento com inibidor da ECA em pacientes que necessitam tanto deste tratamento quanto da dessensibilização.
Reações Anafilactóides durante aféreses LDL:
Raros casos de reações anafilactóides com risco de vida foram relatados em pacientes que receberam um inibidor da ECA e fizeram aférese de lipoproteínas de baixa densidade por adsorção em sulfato de dextrano. Para evitar essas reações o tratamento com inibidores da ECA deve ser suspenso temporariamente nestes pacientes antes de cada aférese.

Reações Anafilactóides em pacientes submetidos à hemodiálise:
Reações anafiláticas têm sido reportadas em pacientes que receberam um inibidor da ECA e fizeram diálise usando membranas de alta permeabilidade (exemplo: NA 69®).
É aconselhável o uso de outros tipos de membrana de diálise ou outra classe de anti-hipertensivos nestes pacientes.
Diuréticos poupadores de potássio, sais de potássio:
A combinação de perindopril e diuréticos poupadores de potássio ou sais de potássio geralmente não é recomendada (ver Interações medicamentosas).
Bloqueio duplo do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA):
Há evidências de que o uso concomitante de inibidores da ECA, bloqueadores do receptor da angiotensina II ou aliscireno aumenta o risco de hipotensão, hipercalemia e diminuição da função renal (incluindo insuficiência renal aguda). Bloqueio duplo do SRAA através do uso combinado de inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores da angiotensina II ou aliscireno não é recomendado.
Se a terapia do bloqueio duplo é considerada absolutamente necessária, isso só deve ser feito sob supervisão de um especialista e sujeita a um acompanhamento próximo e frequente da função renal, eletrólitos e pressão arterial.
Inibidores da ECA e os bloqueadores do receptor da angiotensina II não devem ser utilizados concomitantemente em pacientes com nefropatia diabética.

Gravidez:
O tratamento com os inibidores da ECA não devem ser indicados durante a gravidez, a menos que a terapêutica com esta classe de medicamentos seja considerada essencial, as pacientes que estão planejando engravidar devem modificar o tratamento anti-hipertensivo para um tratamento alternativo, com um perfil de segurança estabelecido para utilização na gravidez. Quando a gravidez for diagnosticada, o tratamento com os inibidores da ECA deve ser interrompido imediatamente e, caso seja apropriado, uma terapia alternativa deve ser iniciada.

Ligadas à indapamida
Em caso de insuficiência hepática, os diuréticos tiazídicos e substâncias relacionadas podem causar uma encefalopatia hepática. Neste caso, a administração do diurético deve ser suspensa imediatamente.
Fotossensibilidade:
Casos de reações de fotossensibilidade foram relatados com tiazidas e os diuréticos tiazídicos relacionados. Se ocorrer reação de fotossensibilidade durante o tratamento, recomenda-se a interrupção do tratamento. Se o retorno do tratamento com o diurético for considerado necessário, é recomendada a protecção das áreas expostas ao sol ou raios UVA artificiais.

PRECAUÇÕES DE USO:
Ligadas ao COVERSYL PLUSTMInsuficiência renal:
Em caso de insuficiência renal grave (clearance da creatinina < 30 mL/min), o tratamento está contraindicado.
Em certos pacientes hipertensos sem lesão renal aparente pré-existente e que venham apresentar parâmetros laboratoriais sugestivos de insuficiência renal funcional, o tratamento deverá ser interrompido e eventualmente retomado, seja com a posologia reduzida ou pela tomada de apenas um dos componentes.
Nestes pacientes, a boa prática clínica recomenda um controle periódico do potássio e da creatinina, após 2 semanas de tratamento e, em seguida, a cada 2 meses no período de estabilidade terapêutica. Foram relatados casos de insuficiência renal, principalmente em pacientes com insuficiência cardíaca grave ou insuficiência renal com estenose da artéria renal.
Este medicamento, geralmente não é recomendado em eventos de estenose arterial renal bilateral ou em pacientes que tenham apenas um único rim em funcionamento.
Hipotensão e desequilíbrio hidroeletrolítico:
Existe o risco de ocorrência de hipotensão súbita em pacientes com depleção sódica pré-existente (principalmente em pacientes com estenose da artéria renal).
Os sinais clínicos de desequilíbrio hidroeletrolítico, que podem surgir por ocasião de um episódio intercorrente de diarréia ou vômitos, deverão ser sistematicamente investigados. Uma vigilância regular dos eletrólitos plasmáticos deverá ser efetuada nestes pacientes.
Uma hipotensão importante pode necessitar de perfusão intravenosa de soro salino isotônico.
Uma hipotensão transitória não é contraindicação para a continuação do tratamento. Após o restabelecimento de uma volemia e de uma pressão arterial satisfatórias, é possível retomar o tratamento seja com posologia reduzida, seja com apenas um dos componentes.


Calemia:
A associação de perindopril e indapamida não exclui o aparecimento de uma hipocalemia, especialmente nos pacientes diabéticos ou nos pacientes com insuficiência renal.
Como para todo anti-hipertensivo contendo um diurético, um controle regular do potássio plasmático deverá ser efetuado.
Efeitos na capacidade de condução de veículos e uso de máquinas:
Nenhuma das duas substâncias ativas de COVERSYL PLUSTM afeta a vigilância, mas podem ocorrer reações individuais em determinados pacientes relacionadas à diminuição da pressão arterial, especialmente no início do tratamento ou no caso de associação com outro medicamento anti-hipertensivo. Consequentemente, a capacidade de condução de veículos e utilização de máquinas pode estar diminuída.
Lactose:
COVERSYL PLUSTM contém lactose e, consequentemente, é contraindicado nos casos de galactosemia congênita, síndrome de má-absorção da glicose e galactose ou deficiência em lactase (doenças metabólicas raras).

Atenção: Este medicamento contém açúcar (lactose), portanto deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

Ligadas ao perindopril Tosse:
Uma tosse seca foi relatada em pacientes que fizeram uso de inibidores da ECA. A tosse é caracterizada por ser persistente e pelo seu desaparecimento quando o tratamento é interrompido. A ocorrência desse sintoma deve ser considerada de etiologia iatrogênica.
Se presente, a possibilidade desse sintoma ser fármaco-induzido deve ser considerada. Se o uso de um inibidor da ECA demonstrar ser indispensável, a continuação do tratamento deve ser avaliada.

Crianças e adolescentes:
A eficácia e a segurança do perindopril, isolado ou em associação, não foram estabelecidas em crianças e adolescentes, logo COVERSYL PLUSTM não deve ser utilizado nesta faixa etária.
Risco de Hipotensão Arterial e/ou Insuficiência Renal (nos casos de insuficiência cardíaca, depleção hidrossódica e etc): Uma estimulação importante do sistema renina-angiotensina-aldosterona é observada, principalmente em pacientes com uma depleção hidrossódica importante (dieta hipossódica severa ou tratamento prolongado com diurético), com pressão sanguínea inicialmente baixa, em casos de estenose das artérias renais, de insuficiência cardíaca congestiva ou de cirrose com edema e ascites.
O bloqueio deste sistema por um inibidor da ECA pode provocar, principalmente na primeira tomada e durante as duas primeiras semanas do tratamento, uma queda brusca da pressão sanguínea e/ou, embora raramente e dentro de um intervalo mais variável, um aumento da creatinina plasmática. Este aumento pode ocasionar insuficiência renal funcional, que, em alguns casos, pode ser aguda.
Em todos esses casos, o tratamento deve ser iniciado com doses baixas e deve-se aumentar a dosagem progressivamente.

Idosos:
A função renal e os níveis sanguíneos de potássio devem ser determinados antes de se iniciar o tratamento. A dose inicial deve ser subsequentemente ajustada dependendo da resposta da pressão arterial, especialmente em casos de depleção hidrossódica, para se evitar uma queda brusca da pressão arterial.
Pacientes com Aterosclerose Diagnosticada:
Devido ao risco existente de hipotensão em todos os pacientes, deve-se tomar um cuidado especial ao prescrever COVERSYL PLUSTM para pacientes com doença cardíaca isquêmica ou insuficiência cerebrovascular, iniciando o tratamento com uma dosagem baixa.

Hipertensão Renovascular:
O tratamento da hipertensão arterial renovascular é a revascularização. Entretanto, inibidores da ECA podem ser úteis em pacientes que apresentam hipertensão renovascular à espera de correção cirúrgica ou quando a cirurgia não é possível. O tratamento deve ser iniciado então em um hospital com uma dose baixa de COVERSYL PLUSTM e deve ser acompanhado por monitoramento da função renal e dos níveis sanguíneos de potássio, visto que foram relatados casos de insuficiência renal funcional, reversível quando o tratamento foi interrompido.

Outros Grupos de Risco:
Em pacientes com insuficiência cardíaca grave (estágio IV) ou diabetes insulino-dependente (tendência espontânea para o desenvolvimento de hipercaliemia), o tratamento deve ser iniciado sob estreita supervisão médica e com uma dosagem inicial baixa. Não se deve interromper o tratamento com betabloqueadores em pacientes com doença arterial coronária. O inibidor da ECA deve ser adicionado a esse tratamento.

Intervenção cirúrgica:
Em caso de anestesia e principalmente quando esta for realizada com agentes hipotensores em potencial, os inibidores da ECA podem causar hipotensão. Quando possível, o tratamento com inibidores da ECA de longa ação, como o perindopril, deve ser interrompido até no mínimo 1 dias antes da intervenção cirúrgica.
Estenose da Aorta /Cardiomiopatia Hipertrófica:
Os inibidores da ECA devem ser usados com cautela em pacientes que apresentem obstrução ao nível do ventrículo esquerdo.

Diabéticos:
Diabéticos que estejam sob tratamento com hipoglicemiantes orais ou insulina, devem ter a glicose monitorada, em particular durante o primeiro mês de tratamento com inibidores da ECA.

Diferenças étnicas:
Assim como com outros inibidores da ECA, perindopril é aparentemente menos efetivo na redução da pressão arterial em pacientes negros quando comparado aos demais pacientes. Isto se deve à elevada frequência da renina no estado baixo observado na população negra.

Insuficiência hepática:
Os inibidores da ECA têm sido raramente associados ao início da síndrome de icterícia colestática e que possa levar à necrose hepática fulminante e (algumas vezes) a morte. O mecanismo desta síndrome ainda não foi elucidado. Pacientes que estão sob tratamento com inibidores da ECA e que desenvolvem icterícia ou que apresentam elevação das enzimas hepáticas devem interromper o tratamento com inibidores da ECA e receber monitoramento médico apropriado.

Hipercalemia:
O aumento da calemia tem sido observado em certos pacientes tratados com inibidores da ECA, incluindo perindopril. Os fatores de risco de hipercalemia são: insuficiência renal, degradação da função renal, idade (maiores de 70 anos), diabetes, eventos intercorrentes tais como desidratação, descompensação cardíaca aguda, acidose metabólica, uso concomitante de diuréticos poupadores de potássio (por exemplo: espironolactona, eplerenona, triantereno, amilorida) e suplementos de potássio ou sais substitutos contendo potássio ou outros tratamentos que aumentem a calemia (por exemplo heparina). O uso de suplementos de potássio, de diuréticos poupadores de potássio ou sais substitutos contendo potássio, e particular em pacientes com insuficiência renal, podem provocar um aumento significativo na calemia. Hipercalemia pode resultar em arritmia grave e algumas vezes fatal. Se o uso concomitante dos agentes descritos acima for realmente necessário, eles devem ser usados com cautela e o monitoramento regular da calemia deve ser realizado.

Gravidez:
O uso de inibidores da ECA não é recomendada durante o primeiro trimestre da gravidez. O uso de inibidores da ECA está contraindicado durante o segundo e terceiro trimestres da gravidez.
A evidência epidemiológica relativa ao risco de teratogenicidade após a exposição aos inibidores da ECA durante o primeiro trimestre de gravidez não é conclusiva; no entanto, um pequeno aumento no risco não pode ser excluído. A menos que a terapêutica com inibidor da ECA seja considerada essencial, as pacientes que planejam engravidar devem modificar para um tratamento anti-hipertensivo alternativo, com um perfil de segurança estabelecido para utilização na gravidez. Quando a gravidez é diagnosticada, o tratamento com inibidores da ECA deve ser interrompido imediatamente e, caso apropriado, uma terapia alternativa deve ser iniciado.
A exposição ao inibidor da ECA durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez está reconhecidamente associada à indução de toxicidade fetal em humanos (diminuição da função renal, oligoâmnios, ossificação do crânio) e toxicidade neonatal (insuficiência renal, hipotensão, hipercaliemia).
No caso da exposição ao inibidor da ECA ter ocorrido a partir do segundo trimestre de gravidez, recomenda-se monitorização ultrassonográfica da função renal e do crânio.
Crianças cujas mães tenham tomado inibidores da ECA devem ser cuidadosamente observadas quanto a hipotensão.

Lactação:
Como não há informação disponível sobre o uso de perindopril durante a amamentação, perindopril não é recomendado e tratamentos alternativos com perfis de segurança melhor estabelecidos durante o aleitamento são preferíveis, especialmente durante a amamentação de um recém-nascido ou prematuro.

Ligadas à indapamida Equilíbrio hidroeletrolítico: – Natremia
Ela deve estar controlada antes de se iniciar o tratamento e, depois em intervalos regulares durante o tratamento. Todo tratamento com diuréticos pode provocar uma hiponatremia, com consequências por vezes graves. A redução na natremia pode ser inicialmente assintomática e, por isto, um controle regular é indispensável, devendo ser ainda mais frequente nos grupos de risco representados pelos pacientes idosos e pelos cirróticos.

– Calemia
A depleção de potássio com hipocalemia constitui o maior risco dos diuréticos tiazídicos e substâncias relacionadas. O risco de ocorrência de uma hipocalemia (< 3,4 mmol/L) deve ser previsto em certos grupos de risco representados pelos idosos e/ou desnutridos e/ou polimedicados, cirróticos com edema e ascite, pacientes coronarianos e os portadores de insuficiência cardíaca.
Nestes casos a hipocalemia agrava a toxicidade cardíaca dos glicosídeos cardíacos e o risco de alterações do ritmo cardíaco.
Os pacientes que apresentam um intervalo QT longo são igualmente de risco, seja a origem congênita ou iatrogênica. A hipocalemia, assim como a bradicardia, age como um fator favorecedor do surgimento de alterações graves do ritmo cardíaco, em particular de “torsades de pointes”, potencialmente fatais.
Em todos os casos, controles mais frequentes da calemia são necessários. A medição do potássio plasmático deve ser feita ao longo da primeira semana que se segue ao início do tratamento.
A constatação de uma hipocaliemia necessita de correção.

– Calcemia
Os diuréticos tiazídicos e substâncias relacionadas podem diminuir a excreção urinária de cálcio e levar a um aumento ligeiro e transitório da calcemia. Uma hipercalcemia franca pode estar relacionada a uma hiperparatireoidite não diagnosticada. Nestes casos, deve-se interromper o tratamento antes de se investigar a função paratireoidiana.

– Glicemia
É importante, no diabético, monitorar a glicemia, principalmente na presença de hipocalemia.

– Ácido úrico
Nos pacientes hiperuricêmicos, a tendência à crise de gota pode ser aumentada.

– Função renal e diuréticos
Os diuréticos tiazídicos e substâncias relacionadas são plenamente eficazes quando a função renal está normal ou pouco alterada (creatininemia < 25 mg/L, isto é, 220 µmol/L para um adulto).
No idoso, o valor da creatinina sanguínea deve ser ajustado pela idade, peso e sexo do paciente, usando a fórmula Cockroft*:
*Clcr = (140 – idade) x peso / 0,814 x creatinina sanguínea com: idade expressa em anos peso em Kg creatinina sanguínea em µmol/L.
Esta fórmula é válida para homens idosos e deve ser corrigida para as mulheres multiplicando o resultado por 0,85.
A hipovolemia, secundária à perda de água e sódio induzida pelo diurético no início do tratamento, leva a uma redução da filtração glomerular. Isto pode resultar em um aumento da uréia sanguínea e dos níveis de creatinina. Esta insuficiência renal funcional transitória não tem consequência para o paciente com função renal normal, mas pode agravar uma insuficiência renal pré-existente.

Gravidez:
A exposição prolongada a tiazidicos durante o terceiro trimestre de gravidez pode reduzir o volume plasmático materno bem como o fluxo sanguíneo uteroplacentário, o que pode causar uma isquemia e atraso no crescimento feto-placentário. Além disso, casos raros de hipoglicemia e trombocitopenia em recém-nascidos foram relatadas após exposição curto prazo.

Lactação:
A indapamida é excretada no leite humano e está intimamente relacionada com diuréticos que têm sido associados, durante a amamentação, com diminuição ou mesmo supressão da lactação de leite materno. Hipersensibilidade a fármacos derivados das sulfonamidas, hipocalemia e icterícia nuclear podem ocorrer.

Desportistas:
Deve-se atentar para o fato de que COVERSYL PLUSTM contém indapamida, um princípio ativo que pode induzir uma reação positiva nos testes realizados durante o controle antidoping.

Este medicamento pode causar doping.