Características farmacológicas dilena

DILENA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de DILENA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com DILENA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Características
Dilena é uma preparação seqüencial bifásica combinada de estrogênio-progestagênio. Seu princípio ativo, 17-estradiol sintético, é química e biologicamente idêntico ao estrogênio natural. Ele repõe a diminuição da produção endógena de estrogênio em mulheres pósmenopausadas e alivia os sintomas da pós-menopausa. Os estrogênios previnem a perda óssea que se segue à menopausa e à ooforectomia. Uma vez que o estrogênio promove o crescimento do endométrio, seu uso isolado, sem progesterona, aumenta o risco de hiperplasia do endométrio e câncer. A adição de um progestagênio reduz significantemente o risco, induzido pelo estrogênio, de hiperplasia do endométrio em mulheres com útero. O acetato de medroxiprogesterona (MPA) é um derivado da progesterona natural, 17-α-hidroxi- 6-metilprogesterona, com menos efeitos androgênicos que os derivados 19-norprogesterona, como o acetato de noretisterona. O MPA liga-se a receptores específicos de progesterona e age sobre o endométrio convertendo-o de proliferativo para secretório. Resultados de estudos clínicos mostraram que os sintomas da pós-menopausa diminuem durante as primeiras semanas de tratamento. Em 86% das mulheres ocorreu sangramento de privação regular, com duração média de 5 dias. Os sangramentos de privação geralmente tiveram início 2 – 3 dias após o último comprimido de valerato de estradiol + MPA. Em 24% das mulheres ocorreu sangramento de privação e/ou spotting durante os 3 primeiros meses de tratamento e em 34% das mulheres durante 10 – 12 meses de tratamento. Dez por cento das mulheres apresentaram amenorréia durante o primeiro ano de tratamento.
Propriedades farmacocinéticas
Após administração oral, o valerato de estradiol é prontamente absorvido pelo trato gastrintestinal e metabolizado em estradiol livre. Em um estudo farmacocinético com Dilena, o pico da concentração plasmática de estradiol (tmax) foi atingido em 6,7 ± 2,9 horas. Em um estudo de doses múltiplas o pico da concentração plasmática (Cmáx) após uma dose de 2 mg foi de, aproximadamente, 234 ± 99 pmol/L, a concentração média (Cmédia) foi de 180 ± 81 pmol/L e a concentração mínima (Cmín) foi de 135 ± 75 pmol/L. Os resultados são apresentados como médias ± desvio padrão. No organismo o estradiol liga-se à globulina de transporte de hormônios sexuais e à albumina.
O estradiol livre é metabolizado no fígado a estrogênios menos ativos, como por ex. estrona. Concentrações plasmáticas de pico da estrona podem ser detectadas 5,9 ± 1,9 horas após a administração. A Cmáx da estrona foi de, aproximadamente, 1660 ± 871 pmol/L, Cmín de 819 ± 519 pmol/L e Cmédia de 1120± 674 pmol/L. Os resultados são apresentados como médias ± desvio padrão. A maior parte dos estrogênios é excretada na forma de conjugados (sulfatos e glicuronídeos) por via renal. O MPA é prontamente absorvido do trato gastrintestinal e rapidamente distribuído no espaço extravascular. O pico da concentração plasmática de MPA (tmax) foi atingido em 2,9 ± 1,8 horas após a administração de um comprimido combinado de Dilena. Após uma dose de 10 mg de MPA, a Cmáx foi de, aproximadamente, 720 ± 285 pg/mL, a Cmédia foi de 311 ± 117 pg/mL e a Cmín foi de 212 ± 82 pg/mL. Os resultados são apresentados como médias ± desvio padrão. A vida média terminal de eliminação é de 50 – 60 horas. O metabolismo não foi muito documentado. O MPA é metabolizado no fígado e excretado como glicuronídeos principalmente nas fezes e parcialmente também na urina e bile. Não há informações sobre a atividade farmacológica dos metabólitos.