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POSOLOGIA DE DOXORRUBICINA

Via intravenosa: a dose é habitualmente calculada com base na área de superfície corpórea.
Quando usada como agente antitumoral isolado, a dose recomendada nos adultos é de 60-70 mg/m², a cada três semanas. Por outro lado, quando usada em associação a outros agentes antitumorais, a dose de doxorrubicina deverá ser reduzida para 25-50 mg/m², a cada três semanas.

Se a função hepática se apresentar insuficiente, a dose de doxorrubicina será reduzida de acordo com a tabela seguinte:

Níveis de Bilirrubina Sérica

Retenção BSP

Dose Recomendada

1,2-3,0 mg/100 ml

9 – 15%

50% da dose normal

> 3,0 mg/100 ml

> 15%

25% da dose normal




A dose cumulativa de doxorrubicina por via intravenosa, independentemente do plano de dosagem, não deve ultrapassar 550 mg/m2 de área de superfície corpórea.
Apesar da excreção renal baixa, insuficiência moderada da função renal não requer habitualmente uma redução da dose recomendada.

Via intravesical: cloridrato de doxorrubicina é usado por administração intravesical no tratamento do carcinoma monocítico, tumores papilares da bexiga e carcinoma in situ. Porém, esta via não é utilizada no tratamento de tumores invasivos que tenham penetrado na parede da bexiga. A dose recomendada para tratamento tópico intravesical é de 50 mg por instilação, a ser administrada com intervalos variáveis de 1 semana a 1 mês. Após a instilação completa, os pacientes devem ser rotacionados até 90 a cada 15 minutos. Dependendo se o tratamento for profilático ou curativo, a frequência de administração e a duração do tratamento ficam a critério médico. Para evitar a diluição excessiva pela urina, o paciente deve ser instruído a não ingerir qualquer líquido nas 12 horas que antecedem a instilação. Isto deverá limitar a produção de urina para aproximadamente 50 ml por hora. A exposição à solução medicamentosa durante uma hora é geralmente suficiente e o paciente deve ser instruído no sentido de urinar somente ao término deste período de tempo.

Os pacientes pediátricos e seus familiares e/ou cuidadores devem ser advertidos no sentido de prevenir o contato com a urina ou outro fluido corporal, utilizando luvas, por pelo menos 5 dias após cada tratamento.

Medidas de proteção
São necessárias as seguintes medidas de proteção devido à natureza tóxica desta substância:
- o pessoal deve ser treinado quanto às boas técnicas para diluição e manipulação;
- as profissionais grávidas não devem trabalhar com este medicamento;
- o pessoal que manipula cloridrato de doxorrubicina deve usar vestuário de proteção: óculos, avental, luvas e máscaras descartáveis;
- uma área designada deve ser definida para reconstituição (preferivelmente sob sistema de fluxo laminar). A superfície de trabalho deve ser protegida por papel absorvente descartável, com base de plástico;
- todos os itens utilizados para reconstituição, administração ou limpeza, incluindo as luvas, devem ser colocados em sacos de lixo descartáveis, de risco alto, para incineração em temperatura elevada;
- derramamento ou vazamento deve ser tratado com solução de hipoclorito de sódio diluída
(solução a 1%), de preferência por imersão, e depois com água;
- todos os materiais de limpeza devem ser descartados conforme indicado anteriormente;
- o contato acidental com a pele deve ser tratado imediatamente com lavagem abundante com água e sabão, ou solução de bicarbonato de sódio; no entanto, não esfregue a pele com escovas;
- em caso de contato com o(s) olho(s), segure e mantenha levantada a pálpebra do(s) olho(s) afetado(s) e lave com jato de água em quantidade abundante por pelo menos 15 minutos.
Procure, então, avaliação médica;
- sempre lave as mãos após a remoção de luvas.