Advertências imunen

IMUNEN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de IMUNEN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com IMUNEN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Existem riscos potenciais no uso de IMUNEN, que deve ser prescrito somente se houver possibilidade de controlar adequadamente seus efeitos tóxicos sobre o paciente durante todo o período de tratamento.
Durante as oito primeiras semanas de tratamento, se forem usadas doses altas da medicação ou se houver manifestação de distúrbios renais e/ou hepáticos graves, deve-se realizar, semanalmente ou com maior frequência, hemogramas completos, inclusive plaquetometria. Posteriormente, no decorrer do tratamento, pode-se reduzir a frequência dos hemogramas, mas se recomenda a repetição mensal ou no mínimo trimestral desses exames.
Deve-se instruir os pacientes em tratamento com IMUNEN a relatar imediatamente toda evidência de infecção, contusão ou sangramento inesperados ou quaisquer outras eventuais manifestações de depressão da medula óssea.
Há indivíduos com deficiência hereditária da enzima tiopurina metiltransferase (TPMT) que, em geral, podem ser mais sensíveis ao efeito mielossupressor da azatioprina e, desse modo, demonstram predisposição ao desenvolvimento rápido de depressão da medula óssea após o início do tratamento com IMUNEN. Esse problema poderia agravar-se pela coadministração de drogas que inibem a TPMT, como olsalazina, mesalazina ou sulfassalazina. Relatou-se a possibilidade de haver relação entre a diminuição da atividade da TPMT e a existência de leucemias secundárias e de mielodisplasia em indivíduos que recebem mercaptopurina (metabólito ativo da azatioprina) em combinação com outros agentes citotóxicos (ver a seção Reações Adversas). Alguns laboratórios oferecem testes de deficiência de TPMT, que, entretanto, não se mostram eficientes na identificação de todos os pacientes sob risco de toxicidade grave. Dessa forma, é necessário efetuar monitoramento constante e hemogramas contínuos.

Pacientes com insuficiência renal
Há sugestões de que a toxicidade de IMUNEN pode aumentar com a presença de insuficiência renal, mas estudos controlados não confirmaram essa possibilidade.
Todavia, recomenda-se reduzir as dosagens usadas ao limite mínimo da faixa de doses terapêuticas e monitorar cuidadosamente a resposta hematológica. As dosagens devem ser reduzidas novamente caso ocorra toxicidade hematológica.

Pacientes com insuficiência hepática
É necessário ter cuidado durante a administração de IMUNEN a pacientes com disfunção hepática. Deve-se realizar regularmente hemogramas completos e testes de função hepática. Nesses pacientes, o metabolismo de IMUNEN pode ser prejudicado e sua dosagem deve, portanto, reduzir-se ao limite mínimo da faixa de doses terapêuticas. A dosagem deve ser novamente reduzida caso ocorra toxicidade hepática ou hematológica.
Evidências limitadas sugerem que IMUNEN não é benéfico para os pacientes com deficiência de hipoxantina-guanina fosforribosiltransferase (HGFRT), ou síndrome de Lesch-Nyhan. Portanto, devido ao metabolismo anormal desses pacientes, não é prudente prescrever IMUNEN.

Infecção pelo vírus da varicela-zóster
A infecção pelo vírus da varicela-zóster (VZV) pode ser grave durante a administração de agentes imunossupressores. Antes de iniciar a administração de imunossupressores, o médico deve checar se o paciente tem histórico de infecção por varicela-zóster. Testes sorológicos podem ser úteis para determinar a existência de exposição anterior. Pacientes que não têm histórico de exposição ao vírus devem evitar contato com indivíduos que apresentam varicela-zóster ou herpes-zóster.
Se o paciente for exposto ao VZV, deve-se tomar cuidados especiais para evitar que desenvolva varicela-zóster ou herpes- zóster, além de considerar a imunização passiva com imunoglobulina de varicela-zóster (VZIG).
Se o paciente for infectado por VZV, deve-se tomar medidas apropriadas, como terapia antiviral e outras medidas de suporte.

Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva (LMP)
Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP), uma infecção oportunista causada pelo vírus JC, foi relatada em alguns pacientes que receberam azatioprina em combinação com outro agente imunossupressor. A terapia imunossupressora deve ser suspensa ao primeiro sinal ou sintomas de LMP e adequada avaliação médica deve ser realizada com o objetivo de estabelecer o diagnóstico.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e de operar máquinas
Não existem dados disponíveis sobre o efeito de IMUNEN na habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas. Não está previsto nenhum efeito prejudicial relativo à farmacologia da droga.

Gravidez e lactação
O tratamento da insuficiência renal crônica por meio de transplante renal com a administração de IMUNEN tem sido relacionado ao aumento da fertilidade tanto dos homens quanto das mulheres que recebem transplante.
IMUNEN não deve ser administrado a pacientes grávidas ou que pretendem engravidar, a não ser que os benefícios se sobreponham aos riscos.
A azatioprina e seus metabólitos têm sido encontrados, em baixas concentrações, no sangue fetal e no fluido amniótico após a administração de IMUNEN à futura mãe.
Há ocorrências de leucopenia e/ou trombocitopenia em certo número de neonatos cujas mães utilizaram IMUNEN durante a gravidez. Deve-se ressaltar a necessidade de cuidados adicionais no monitoramento hematológico no período de gestação. A mercaptopurina tem sido identificada no colostro e no leite de mães tratadas com azatioprina.

Categoria D de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Teratogenicidade, mutagenicidade e reprodução.

A evidência de teratogenicidade de IMUNEN é duvidosa. Assim como em todas as quimioterapias citotóxicas, deve- se adotar medidas contraceptivas adequadas quando um dos parceiros recebe IMUNEN.
Houve relatos de nascimentos prematuros ou de bebês que nasceram abaixo do peso após a exposição materna a IMUNEN, particularmente em combinação com corticosteroides. Também houve relatos de abortos espontâneos após a exposição materna ou paterna a IMUNEN.
Demonstrou-se a ocorrência de anormalidades cromossômicas em pacientes de ambos os sexos tratados com IMUNEN. É difícil analisar o papel desse medicamento no desenvolvimento de tais anormalidades.
Registraram-se também anormalidades cromossômicas em linfócitos de descendentes de pacientes tratados com IMUNEN que, porém, desaparecem com o tempo. Exceto em casos extremamente raros, não se observou nenhuma evidência conhecida de anormalidade física em descendentes de pacientes tratados com IMUNEN.
A azatioprina e a radiação ultravioleta tiveram efeitos clastogênicos sinérgicos sobre pacientes que usaram esse fármaco para tratar uma variedade de doenças.

Carcinogenicidade (ver a seção Reações Adversas)
Os pacientes que recebem tratamento imunossupressor correm risco maior de desenvolver linfomas não-Hodgkin e outras malignidades, principalmente câncer de pele (melanoma e não melanoma), sarcoma (Kaposi e não-Kaposi) e câncer de colo de útero in situ. O risco parece relacionar-se mais à intensidade e à duração da imunossupressão do que ao uso de algum agente específico. Houve relatos de que a redução ou a descontinuação da imunossupressão pode estar ligada à regressão parcial ou completa de linfomas não-Hodgkin e sarcomas de Kaposi.
Os pacientes que recebem múltiplos agentes imunossupressores podem correr risco de imunossupressão excessiva; portanto, deve-se manter a terapia com a dosagem mínima eficaz. Como geralmente acontece com os pacientes sob risco maior de desenvolver câncer de pele, a exposição aos raios solares e à luz ultravioleta deve ser evitada, assim como se recomenda o uso de roupas protetoras e de bloqueador solar com alto fator de proteção.

Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.

ESTE MEDICAMENTO CONTÉM LACTOSE.