Características farmacológicas imunen

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Propriedades farmacodinâmicas
A azatioprina é um derivado imidazólico da mercaptopurina. Não se definiu claramente a atividade do radical metilnitroimidazol, um metabólito da azatioprina. Todavia, em vários sistemas, ele parece modificar a atividade desse fármaco em comparação com a molécula de mercaptopurina.
As concentrações plasmáticas da azatioprina e da mercaptopurina não estão bem correlacionadas com a eficácia terapêutica e a toxicidade da azatioprina e, portanto, não têm valor prognóstico.
Embora os mecanismos precisos de ação ainda não tenham sido elucidados, alguns desses mecanismos sugeridos incluem:
-liberação da mercaptopurina, que age como antimetabólito da purina;
-possível bloqueio de grupos SH por alquilação;
-inibição de diversas vias na biossíntese de ácidos nucleicos, o que impede a proliferação de células envolvidas na determinação e na ampliação da resposta imunológica;
-dano ao ácido desoxirribonucleico (DNA) pela incorporação de tioanálogos da purina.
Devido a esses mecanismos, o efeito terapêutico de IMUNEN pode tornar-se evidente apenas após semanas ou meses de tratamento.

Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Na administração oral, a azatioprina é bem absorvida no trato gastrintestinal superior.

Distribuição
Estudos em camundongos com a 35S-azatioprina não mostraram concentrações anormalmente elevadas em nenhum tecido em particular; entretanto, uma pequena concentração de 35S foi encontrada no cérebro.
Os nucleotídeos formados pela metabolização da azatioprina não atravessam as membranas celulares e, por essa razão, não circulam nos fluidos corporais.

Metabolismo
A azatioprina é rapidamente metabolizada in vivo, gerando mercaptopurina e um radical de metilnitroimidazol. A molécula de mercaptopurina cruza prontamente as membranas celulares e se converte intracelularmente em uma série de tioanálogos da purina, que incluem seu principal nucleotídeo ativo, o ácido tioinosínico. A taxa de conversão varia de um indivíduo para outro. A oxidação da mercaptopurina ao metabólito inativo, o ácido tiúrico, é catalisada pela xantina oxidase, enzima inibida pelo alopurinol.

Eliminação
A mercaptopurina é eliminada principalmente como metabólito oxidado inativo, na forma de ácido tiúrico, independentemente de ser administrada de forma direta ou de ser derivada in vivo da azatioprina.