Advertências mitocin

MITOCIN com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de MITOCIN têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com MITOCIN devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



MITOCIN deve ser administrado sob a supervisão de um médico qualificado e com experiência no uso de agentes quimioterápicos do câncer. A conduta apropriada no tratamento e em complicações somente é possível quando se faz um diagnóstico adequado e os recursos de tratamento estejam prontamente disponíveis. O uso de MITOCIN resulta em alta incidência de depressão medular, particularmente trombocitopenia e leucopenia. A trombocitopenia pode levar à hemorragia e a leucopenia contribui para o aparecimento de infecções em paciente já comprometido (vide eventos adversos).
Houve relatos de óbitos em decorrência de septicemia como resultado de leucopenia. Pode ser necessário ajuste de dose de acordo com o NADIR. Portanto, os exames a seguir devem ser obtidos repetidamente durante o tratamento e por pelo menos 8 semanas após o seu término: contagem de plaquetas, contagem e diferencial de leucócitos e hemoglobina. Quando o número de plaquetas for inferior a 100.000/mm3 ou o de leucócitos for inferior a 4.000/mm3 ou, ainda, ocorrer um declínio progressivo em qualquer um dos dois, será indicação para a suspensão da terapia até que a contagem sangüínea se recupere acima destes níveis.
A síndrome hemolítica urêmica (SHU) é uma complicação grave da quimioterapia, que consiste principalmente de anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e insuficiência renal irreversível, tendo sido relatada em pacientes recebendo MITOCIN por via sistêmica. A síndrome pode ocorrer a qualquer momento durante a terapia sistêmica tendo MITOCIN como agente único ou em combinação com outros agentes citotóxicos; entretanto, a maioria dos casos ocorre com doses ≥ 60 mg de MITOCIN. A transfusão de sangue pode exacerbar os sintomas associados a esta síndrome. A incidência desta síndrome não foi definida (vide eventos adversos).
Os pacientes devem ser alertados sobre a toxicidade potencial desta droga, em particular a depressão medular. Os pacientes deverão ser instruídos sobre a sintomatologia relevante e aconselhados sobre a importância de se notificar prontamente os médicos em caso de desenvolvimento destes sintomas. Os pacientes que estejam em tratamento com MITOCIN devem ser observados quanto à ocorrência de toxicidade renal. MITOCIN não deve ser administrado a pacientes com taxa de creatinina sérica superior a 1,7 mg/dl (150 μmol/l). Falta de ar aguda e broncoespasmo grave foram relatados após administração de alcalóides da vinca em pacientes que tenham recebido MITOCIN prévia ou simultaneamente. O início da angústia respiratória aguda tem ocorrido em minutos ou horas após a injeção de alcalóide da vinca. O número total de doses tem variado consideravelmente para cada droga. Broncodilatadores, corticosteróides e/ou oxigênio produziram alívio sintomático (vide EVENTOS ADVERSOS). Poucos casos de síndrome de angústia respiratória em adultos têm sido relatados em pacientes recebendo MITOCIN em combinação com outros agentes quimioterápicos, mantidos a concentrações de fio2 maiores do que 50%, perioperatoriamente. Portanto, deve-se ter cautela e usar somente o oxigênio suficiente para fornecer saturação arterial adequada, uma vez que o oxigênio por si só pode ser tóxico para os pulmões. Especial atenção deve ser dada ao equilíbrio de fluidos, devendo-se evitar a super-hidratação. Relatos de fibrose/contração da bexiga após administração intravesical, dos quais raros casos necessitaram de cistectomia, têm sido observados no período de pós-comercialização.