Advertências sandoglobulina

SANDOGLOBULINA com posologia, indicações, efeitos colaterais, interações e outras informações. Todas as informações contidas na bula de SANDOGLOBULINA têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com SANDOGLOBULINA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.



Certos eventos adversos graves podem estar relacionados à velocidade de infusão. A velocidade de infusão recomendada no item Modo de Usar deve ser seguida rigorosamente. Os pacientes devem ser acompanhados de perto e cuidadosamente observados quanto a quaisquer sintomas durante e após o período de infusão.
Determinadas reações adversas podem ocorrer com maior frequência: -No caso de altas velocidades de infusão;
-Em pacientes com hipogamaglobulinemia ou agamaglobulinemia, com ou sem deficiência de IgA;
-Em pacientes tratados com imunoglobulina humana normal pela primeira vez ou, em casos raros, quando o produto contendo imunoglobulina humana normal é substituído ou quando houve um longo intervalo desde a infusão anterior.
Pacientes com agamaglobulinemia ou hipogamaglobulinemia grave que nunca receberam terapia de reposição de imunoglobulina, ou que o último tratamento foi feito há 8 semanas ou mais, podem ter maior risco de ter reações anafilactoides, ocasionalmente levando ao choque, enquanto recebem imunoglobulinas (IgG) por via intravenosa em infusão rápida. Nesses pacientes, a infusão rápida deve ser evitada, os sinais vitais devem ser monitorados continuamente e cuidadosamente durante toda a infusão. Adrenalina e corticoide parenteral devem estar disponíveis para o tratamento caso ocorra qualquer reação anafilactóide (veja item “Reações adversas”).
Reações adversas graves podem ocorrer logo após o início da administração ou, às vezes nos 30 a 60 minutos seguintes.
Complicações potenciais podem muitas vezes ser evitadas garantindo:
-que pacientes não desenvolvam hipersensibilidade à imunoglobulina humana normal, administrando a dose inicial em infusão lenta do produto (0,5 -1 mL/min; cerca de 10-20 gotas/min, de uma solução de IgG a 3%; 30mg/kg/h);
-que os pacientes estejam sendo cuidadosamente monitorados quanto a quaisquer sintomas durante todo o período de infusão. A fim de detectar potenciais efeitos adversos, os pacientes devem ser monitorados durante a primeira infusão e na primeira hora após a primeira infusão, em particular, aqueles pacientes que nunca usaram a imunoglobulina humana normal e aqueles que mudaram para um produto alternativo contendo imunoglobulina intravenosa ou quando houve um longo intervalo desde a infusão anterior. Todos os outros pacientes devem ser acompanhados durante pelo menos 20 minutos após a infusão;
-o controle da taxa de glicose, no caso de diabetes mellitus latente (que pode estar associada com glicosúria transitória), diabetes mellitus manifesto ou paciente sob dieta com baixo teor de açúcar, o teor de glicose deve ser levado em consideração (relevante apenas se uma solução de glicose 5% for utilizada como diluente).
Em todos os pacientes, a administração de imunoglobulina intravenosa requer: -Hidratação adequada antes do início da infusão do produto;
-Monitoramento da excreção urinária; -Acompanhamento dos níveis de creatinina sérica; -Evitar o uso concomitante de diuréticos de alça.
No caso de uma reação adversa, a velocidade de administração deve ser reduzida ou a infusão deve ser interrompida. O tratamento necessário depende da natureza e gravidade das reações adversas.
Em caso de choque, o tratamento médico padrão atual para choque deve ser usado.

Hipersensibilidade
As reações de hipersensibilidade verdadeiras são raras. Estas podem ocorrer em casos muito raros de deficiência de IgA com anticorpos anti-IgA.
A imunoglobulina via intravenosa não é indicada para pacientes com deficiência específica de IgA onde a única preocupação é a deficiência de IgA.
Raramente, a imunoglobulina humana normal pode induzir a uma queda de pressão arterial com uma reação anafilática, mesmo em pacientes que toleraram o tratamento anterior com imunoglobulina normal.

Tromboembolismo
Há evidência clínica da associação entre a administração de imunoglobulinas via intravenosa e eventos tromboembólicos como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (incluindo derrame), embolia pulmonar e trombose venosa profunda, em que se assume estar relacionada ao aumento relativo da viscosidade do sangue devido ao alto influxo de imunoglobulinas em pacientes de risco. Deve se ter cautela ao prescrever e ao fazer a infusão intravenosa de imunoglobulina em pacientes obesos e em pacientes com fatores de risco de eventos trombóticos (como idade avançada, hipertensão, diabetes mellitus com histórico de doenças vasculares ou eventos trombóticos, pacientes com distúrbios trombolíticos adquiridos ou herdados, pacientes em imobilização por período prolongado, pacientes com hipovolemia grave, pacientes com doenças que aumentam a viscosidade sanguínea).
Em pacientes de risco para reações adversas tromboembólicas, os produtos contendo imunoglobulinas via intravenosa devem ser administrados na menor taxa de infusão possível e na menor posologia.

Insuficiência renal aguda
Casos de insuficiência renal aguda foram relatados em pacientes tratados com imunoglobulina intravenosa. Na maioria dos casos, foram identificados fatores de risco, tais como insuficiência renal pré-existente, diabetes mellitus, hipovolemia, obesidade, uso concomitante de medicamentos nefrotóxicos ou idade
superior a 65 anos.
Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

Assim como qualquer preparação de imunoglobulina via intravenosa, casos de aumento transitório dos níveis de creatinina podem ser raramente relatados após a administração de Sandoglobulina®, em alguns pacientes pode ocorrer insuficiência renal aguda. A maioria dos pacientes apresenta múltiplos fatores de risco e estavam recebendo a imunoglobulina via intravenosa pela primeira vez. Além disso, mais de 50% dos pacientes que desenvolveram insuficiência renal aguda receberam > 0,4g/kg de peso corporal por dia.
Embora na maioria dos casos o aumento do nível de creatinina tenha sido moderado, transitório (5-12dias) e detectado entre 2-5 dias após a infusão, tratamento de suporte pode ser requerido ocasionalmente.
Em caso de insuficiência renal, a interrupção do tratamento deve ser considerada.
Embora estes relatos de disfunção renal e insuficiência renal aguda tenham sido associados com o uso de muitos produtos contendo imunoglobulina intravenosa, aqueles com sacarose são responsáveis por uma grande parte do número total de relatos. Em pacientes de risco, deve-se considerar a utilização de imunoglobulina intravenosa que não contenha sacarose. Além disso, em pacientes com insuficiência renal aguda, os produtos contendo imunoglobulinas via intravenosa devem ser administrados na concentração e com velocidade de infusão mais baixas possíveis.

Síndrome da Meningite Asséptica (SMA)
Foi relatada a ocorrência da SMA em associação ao tratamento com imunoglobulina por via intravenosa. A descontinuação do tratamento com imunoglobulina por via intravenosa resultou em remissão da SMA por vários dias sem sequela. A síndrome geralmente começa entre algumas horas a 2 dias após o tratamento com imunoglobulina via intravenosa. Os estudos de fluidos cérebro-espinhais são frequentemente positivos, com pleocitoses de várias milhares de células por mm3, predominantemente com séries granulocíticas, e níveis proteicos elevados até várias centenas de mg/dL. A SMA pode ocorrer mais frequentemente em associação a tratamentos com alta dose (2g/kg) de imunoglobulina humana via intravenosa.

Anemia hemolítica
Produtos contendo imunoglobulina humana administrada por via intravenosa podem conter anticorpos contra grupos sanguíneos, os quais podem atuar como hemolisinas e induzir o revestimento in vivo das hemoglobinas com imunoglobulinas, causando uma reação positiva para o teste direto de antiglobulina (teste de Coombs) e, raramente, hemólise. A anemia hemolítica pode ser desenvolvida após o tratamento com imunoglobulina humana via intravenosa devido ao aumento do sequestro de células vermelhas. Os pacientes que recebem imunoglobulinas humanas por via intravenosa devem ser monitorados para sinais clínicos e sintomas de hemólise (veja o item “ 9. REAÇÕES ADVERSAS”).

Interferência com teste sorológico
Após a injeção de imunoglobulina, um aumento transitório de vários anticorpos transferidos passivamente no sangue do paciente pode resultar em teste sorológico falso-positivo.
A transmissão passiva de anticorpos a eritrócitos antígenos, ex. A, B, D podem interferir com alguns testes sorológicos para anticorpos pra células vermelhas, por exemplo o teste direto de antiglobulina (DAT, teste direto de Coombs).

Informação para diabetes
Após a administração intravenosa a sacarose não é metabolizada no corpo, mas é excretada inalterada via renal (na urina). No entanto, a quantidade de sacarose administrada via intravenosa no tratamento com Sandoglobulina® não influencia o estado metabólico da glicose, assim, a adaptação de terapia individual para diabetes (dieta, dose oral de antidiabéticos e ou insulina) não é indicada.

Agentes transmissíveis
Com a administração de medicamentos produzidos a partir de sangue ou plasma humanos, a possibilidade de doenças infecciosas causadas pela transmissão de agentes infecciosos, incluindo aqueles de natureza desconhecida até o momento (veja item “Segurança relacionada à infecção viral”), não pode ser totalmente excluída apesar da seleção cuidadosa do doador, triagem dos doadores individuais e “pools” de plasma para marcadores específicos de infecção, e a inclusão de etapas de fabricação eficazes para inativação e remoção viral. Isso também se aplica para patógenos emergentes de natureza ainda desconhecida (veja item “Segurança relacionada à infecção viral”).
No entanto, as seguintes medidas são tomadas para reduzir o risco da transmissão de material infeccioso:
-Seleção de doadores de acordo com critérios rigorosos;
-Testes de doações individuais para HBsAg e anticorpos de HIV e HCV;
-Teste do “pool” de plasma para material de genoma de HCV, HBsAg e anticorpos HIV;
-Procedimento de inativação / remoção introduzido no processo de fabricação e validado com modelos virais. Este procedimento é considerado eficaz contra o HIV, HCV, HAV, parvovírus B19 e HVB. Nenhuma transmissão de hepatite A ou parvovirus B19 como um resultado da administração de produtos com imunoglobulinas foram observadas, e, portanto, supõe-se que o teor de anticorpos constitui uma contribuição importante à segurança viral.
Toda vez que a Sandoglobulina® for administrada, o nome e o número do lote do produto devem ser registrados.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir e/ou operar máquinas
Não existem evidências que sugiram que as imunoglobulinas causam diminuição da capacidade de conduzir ou utilizar máquinas.

Gravidez e Lactação
A segurança deste medicamento para uso durante a gravidez não foi estabelecida em estudos clínicos controlados e, por isso, deve ser utilizado com cautela em grávidas e lactantes. Experiências clínicas com imunoglobulinas sugerem que não há efeitos prejudiciais durante a gravidez, nem ao feto e nem ao neonato.
Categoria C de risco na gravidez: Como estudos de reprodução não foram realizados em animais e a experiência com mulheres grávidas ainda é limitada, Sandoglobulina® não deve ser administrada durante a gravidez, a menos que estritamente indicado.
Imunoglobulinas são excretadas no leite e podem contribuir para a transferência de anticorpos protetores ao neonato.

Categoria C – este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.

Uso em idosos
A administração de Sandoglobulina® em pacientes idosos deve ser feita com muito cuidado, pois há maior risco de reações adversas.

Uso em crianças
Sandoglobulina® pode ser usada em crianças, adequando-se as doses.